Battlefield 6 chegou no começo de outubro de 2025 chamando muita atenção, a ponto de vender mais de 7 milhões de cópias só no período de lançamento. O shooter fez o famoso arroz com feijão com sucesso ao essencialmente voltar às raízes da franquia e trazer uma experiência sem grandes novidades. Mas o foco da EA, claro, está em competir com Call of Duty, e, para dar continuidade a isso, os estúdios responsáveis pelo game estão lançando REDSEC, o equivalente ao Warzone do título. É um jogo quase à parte distribuído gratuitamente, sendo uma boa adição, apesar de ter um potencial inexplorado.
Desenvolvimento: Battlefield Studios
Distribuição: Electronic Arts
Jogadores: 1-100 (online)
Gênero: Tiro
Classificação: 16 anos (violência extrema)
Português: Interface, dublagem e legendas
Plataformas: PC, PS5, Xbox Series X|S
Duração: Sem registros
O battle royale de sempre

O conteúdo de REDSEC é tratado pela EA como um jogo à parte, mas o título integra Battlefield 6, sendo uma opção adicional no menu que complementa a campanha e o multiplayer tradicional. Para quem não tem o jogo base, apenas o modo gratuito é liberado e baixado, enquanto os outros ficam travados. O modo é situado em Fort Lyndon, o maior mapa da franquia Battlefield como um todo desde Halvøy, a região do Firestorm de BFV, que era o battle royale daquela ocasião.
As partidas são ambientadas sob o pretexto narrativo de uma explosão na região californiana que causou uma ameaça de precipitação tóxica, e é necessário entrar em um pelotão de elite para proteger materiais confidenciais e eliminar intrusos que invadiram o local. Há dois modos distintos, que podem ser jogados com equipes de dois ou quatro combatentes – ou seja, não há uma opção solo e nem de trios. Na gameplay, é preciso adentrar o campo de batalha e sobreviver sem nada nas mãos de início, coletando itens e armamentos pelo mapa enquanto se completam missões que outros jogadores também tentam realizar ao mesmo tempo.

Esse modo battle royale se diferencia de Warzone principalmente por contar com um ritmo lento e cadenciado, com encontros menos constantes. Além disso, há a presença do sistema de pelotões tradicional de Battlefield – então, nas batalhas, é preciso assumir, por exemplo, o papel de médico, o que torna a experiência mais colaborativa. Ainda assim, embora o modo funcione bem, a sensação que fica é a de que não há tanta identidade da série nele, sendo, no fim das contas, só mais um battle royale.
Modo arena surpreende

Além do battle royale, Battlefield REDSEC traz um modo de arena que é muito mais interessante e distintivo do que a experiência principal. Essas partidas ocorrem no mesmo mapa, mas com os jogadores concentrados em partes específicas e menores de Fort Lyndon. O objetivo é disputar pontos em um ranking de pelotões, sendo necessário completar objetivos antes dos rivais para acumular uma boa pontuação e avançar para a próxima rodada – são quatro rodadas distintas, cada uma com menos esquadrões.
Para ter sucesso nas partidas, que duram cerca de 25 minutos, é importante prestar muita atenção ao ambiente, com bastante coordenação entre o time. É um modo empolgante, embora nem todos os objetivos sejam empolgantes – uma partida pode começar exigindo tática para capturar vários pontos ao mesmo tempo, mas terminar colocando dois esquadrões em confronto direto, sem nada além disso. Vai de oito a oitenta, de certa forma, variando entre momentos frenéticos e maçantes no decorrer das rodadas.

Além dos dois modos, Battlefield REDSEC também concede acesso ao Portal, a plataforma que permite que jogadores criem seus próprios modos personalizados. O problema é que esse acesso é um tanto incompleto, já que somente o mapa do battle royale pode ser jogado por quem não possui o restante do jogo na conta e, portanto, boa parte das experiências disponíveis ficam bloqueadas. Além disso, o Portal apresenta muitos erros de conexão, sendo um ponto em que o shooter não deveria ter problemas, ainda mais porque o pico de demanda devido ao lançamento já passou há um tempo considerável.
É uma opção válida
Numa época em que todo jogo precisa atingir todos os públicos e ser tudo ao mesmo tempo para justificar os altos valores investidos ao longo do período de desenvolvimento, é mais do que natural que Battlefield 6 tenha um Warzone para chamar de seu (e é importante ressaltar que o modo da franquia Call of Duty já surgiu surfando na onda de outros jogos bem-sucedidos). Enfim, REDSEC não é tão legal quanto os modos principais do BF6, como o Conquista, mas não deixa de ser uma boa alternativa para os fãs de jogos de tiro em primeira pessoa – valendo a pena testar o modo arena, que é mais divertido do que o battle royale em si.
Revisão: Ailton Bueno




