Demon Slayer: Sweep the Board é um game que não esconde sua inspiração na série Mario Party. Dessa vez, ao invés de batalhas épicas contra demônios, a ação rola em um tabuleiro, com minigames rolando a cada final de turno, lembrando aqueles episódios filler do anime.
Desenvolvimento: CyberConnect2, Aniplex
Distribuição: SEGA
Jogadores: 1-4 (local e online)
Gênero: Party, Tabuleiro, Multiplayer, Ação
Classificação: 12 anos
Português: Não
Plataformas: Switch
Duração: Sem registros
Imitador nato
No tabuleiro, você joga com até mais 3 players. Igual no Mario Party, cada um tem seu próprio conjunto de dados, incluindo um chamado Slayer’s Dice, que pode ser usado a cada três turnos. Dá pra recrutar aliados em certos espaços, que trazem dados únicos – pra melhor ou pior, como um que só vai até 4.
Cada ponto do tabuleiro em que você cai tem efeitos diferentes, podendo ser vantajosos ou não. Dá pra ganhar moedas pra gastar com o mercador ou usar em transportes que te levam pra lugares específicos no tabuleiro. Ou perder moedas se cair em um espaço com sinal negativo, indicando efeitos ruins. Além disso, alguns ícones permitem jogar uma roleta e ganhar um prêmio aleatório, que pode dobrar se você tiver comprado um item especial antes.
Minigames é o que importa
O ponto alto do game são os minigames – 35 ao todo -, que definem sua pontuação final e variam bastante. Existe desde batalha de bola de neve até luta com espada de madeira, podendo jogar em dupla ou solo, a depender do minigame. Infelizmente, vários são sem inspiração e nada têm a ver com o anime, sendo mais genéricos do que temáticos.
Outro ponto negativo é que alguns minigames poderiam ser mais ágeis e menos arrastados na apresentação e ritmo, insistindo em mostrar a pontuação geral após cada jogada. Fora isso, a maioria é sem graça e bem parecida com os do Mario Party, mas com menos qualidade, como o de pular corda ou o de tiro ao alvo. E pra piorar a CPU perde de propósito em minigames mesmo na dificuldade mais difícil se você aguentar firme por muito tempo.
Vencendo e nodo online
Pra vencer no tabuleiro, você precisa que acumular e manter a maior quantidade de rank points, sendo a forma mais direta coletando nos espaços do corvo (pense na estrela do Mario), derrotando demônios nos minigames que exigem balançar a espada (usando o sensor de movimento do joy-con ou os botões frontais) e realizando tarefas menores.
Essas tarefas são bem ao estilo Mario Party – é claro -, e você precisa fazer coisas como vencer a maior quantidade de minigames, gastar mais dinheiro, etc. São maneiras secundárias de ganhar no tabuleiro.
Além disso, existe o modo online, no qual dá pra criar salas públicas e privadas. A galera pode até sair no meio da sessão e a CPU assume o personagem, então todo mundo continua jogando – algo que agradeço.
No online, dá pra mandar emojis durante a partida e customizar seu avatar, fundo e título, igual em qualquer outro party game em que você monta um perfil pra galera ver e ficar babando.
Menos divertido que o concorrente
Falando sério: o game é basicamente um clone do Mario Party, até na interação e interface. No geral, o tabuleiro é “ok” e decente, mas não dá pra dizer o mesmo dos minigames. As lutas contra demônios são o fator mais inovador aqui, mas não rendem muita diversão pela simplicidade excessiva. Além disso, os minigames em si são genéricos e não têm muito a ver com o anime. Pouquíssimos são mais temáticos, mas até esses são de baixa qualidade e faltam aquela originalidade. Por isso, fica difícil recomendar a versão party game de Demon Slayer se você já tem Mario Party em casa. Caso não seja essa sua situação, talvez valha a pena dar uma olhada.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Demon Slayer Kimetsu no Yaiba: Sweep the Board
Prós
- Alguns minigames são razoáveis
- Interação com tabuleiro
- Opções de tabuleiro
- Online funciona bem
Contras
- Minigames bem genéricos
- Já vi tudo isso em outro lugar
- Partidas são bem sem emoção
- Lutas com demônios são maçantes e simplistas
