Título do jogo

Review Drawn to Life: Two Realms (Switch) – Salvo pelo Criador mais uma vez

A série Drawn to Life foi criada pelo estúdio 5th Cell, conhecida por Scribblenauts. Assim como outros títulos da desenvolvedora, a série era distribuída pela THQ e, após a publisher decretar falência, os direitos ficaram com a 505 Games. Uma continuação foi planejada e desenvolvida, porém nas mãos de outro estúdio que cuidou de jogos anteriores.

Desenvolvimento: Digital Continue

Edição: 505 Games

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Aventura, Plataforma, Puzzle

Classificação indicativa: Livre

Português: Legendas e interface

Plataformas: PC, Switch, iOS, Android

Duração: Sem Registros

Novos problemas, novo herói

herói conversando com Mari, a raposa

Muitos anos depois do jogo anterior de Drawn to Life, que possuía um final bem problemático para um produto de classificação livre, a jovem Mari, moradora da vila Raposa, conta a história de seu pai e sua excelente carreira como prefeito da cidade, mas que foi capturado pelo vilão Shadow. Preocupada e já prevendo o que viria pela frente, ela ora para que o Criador traga novamente um ser capaz de impedir o antagonista, chamado de Herói. E assim, Drawn to Life: Two Realms apresenta ao jogador a tela de customização deste protagonista.

Aqui já temos a primeira essência da série: customizar seu personagem. Há alguns modelos já prontos para quem quer iniciar a aventura rapidamente, mas o jogador poderá desenhar cada membro se assim desejar e poderá voltar ao menu quando quiser para modificar seu modelo. Infelizmente, na versão de Switch não é possível utilizar a tela de toque para desenhar, sendo obrigado a utilizar os analógicos dos controles.

Seja criativo

Momento da fase de platafroma

Após a criação do herói, o jogador receberá o Livro das Imaginações, artefato capaz de entrar na mente dos outros e alterar seus comportamentos após uma série de desafios cumpridos. Ao experimentá-lo, temos o tutorial, mostrando como as mecânicas funcionam. Os desafios consistem em completar fases de plataforma mediante uma regra específica, como derrotar todos os inimigos ou simplesmente atravessar a fase, chegando a uma porta no final.

Já a última fase de cada personagem possui uma peculiaridade: o jogo entra em um modo de edição quadriculada no mesmo estilo de Mario Maker e é necessário posicionar uma quantidade de inimigos no cenário para passar de fase, por exemplo, usando-os como trampolim para acessar locais mais altos. Um ponto negativo aqui é o fato dos jogos anteriores poderem criar ferramentas únicas para passar de fase, limitando a apenas criar objetos que não serão utilizados durante sua aventura.

Exigindo mais esforços

premiações dependendo da quantia de estrelas

Os desafios em fases só começam ao encontrar um NPC responsável pela missão principal, e dão continuidade à história. Eles estão espalhados por vilas que o Herói visitará, podendo passear por lá e coletar moedas antes disso. Toda vila possui alternância de dia e noite, podendo trocar as posições de alguns personagens durante sua aventura. 

Após um certo progresso, tudo se tornará um pouco mais livre e exigirá que o jogador ganhe estrelas ao completar fases de plataformas, ganhando-as baseada em quantos pontos foi adquirido na fase. Para isso, é necessário terminar no menor tempo possível e coletar todas as moedas da fase para aumentar sua pontuação, chegando em, no máximo, três estrelas por estágio. Estas moedas então são trocadas por novos modelos e adesivos para seu protagonista ou podem ser usadas para liberar um monstro ou plataforma extra a ser usada nas fases editáveis do jogo. E nesse ponto, Drawn to Life: Two Realms começa a ficar um pouco misto em dificuldade, pois haverão fases que o jogador levará bastante tempo para entender a estratégia e em outras será extremamente fácil.

Apenas sonho de criança

Drawn to Life: Two Realms possui ideias interessantes, porém se tornam monótonas muito rápido. Além das estrelas, as recompensas por obter a maior pontuação nas fases resumem sempre a apenas adesivos, que muito provavelmente não serão utilizados. O fato de não poder utilizar a tela de toque também dificulta um pouco mais seu principal foco de customização, pela imprecisão de utilizar o controle de forma convencional.

Por se tratar de um jogo para todas as idades, a história também não é empolgante ou muito desenvolvida, além do desenvolvimento dos personagem ser bem superficial e estar ali apenas para ter conteúdo e ligar com a transição para fases. Apesar disso, os gráficos “pixelados” são bem bonitos e existem quebras-cabeças desafiadores que irão exercitar seu cérebro, exigindo bastante raciocínio para completá-los e sendo um prato cheio para os que gostam de um bom desafio lógico.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Drawn to Life: Two Realms

6.5

Nota final

6.5/10

Prós

  • Gráficos bonitos
  • Puzzles interessantes

Contras

  • Experiência com customização ruim pela falta da tela de toque
  • Torna-se monótono com o tempo
  • Recompensas simples para completar uma fase perfeitamente