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Review Elderand (Switch) – Só mais um?

A primeira aposta da desenvolvedora Mantra e Sinergia não foi muito alta, mas pode se dizer que foi uma tentativa razoável, e que eles jogaram numa área confortável de um gênero muito bem estabelecido – e isso tem suas vantagens e suas desvantagens. 

Em Elderand, vamos para uma empreitada num estilo de jogo que já está bem consolidado. A mistura dos subgêneros souls like e metroidvania já vem sendo usada faz um certo tempo, e em pixel arte ainda mais. Essa é um tipo de obra que vemos em todos os lados no mundo dos jogos. Mas, sendo sincero, se o jogo for bom, ele será bom mesmo num gênero que já começa a saturar. Será que esse é o caso? 

Desenvolvimento: Mantra e Sinergia Games
Distribuição: Grafitti Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Aventura, Plataforma
Classificação: 14 anos
Português: Legendas e Interface
Plataformas:  Switch, PC, PS4, PS5, Xbox Series X/S
Duração
: Sem registros 

Primeiros passos

Aqui temos um game que realmente mata a cobra e mostra a espada, além de muito sangue em uma pixel art bem legal.

No jogo assumimos o papel de um caçador customizável sem nome que apareceu em uma terra misteriosa, com uma tripulação morta e sem orientações. Este lugar é repleto de monstros e ameaças, e ao longo de nossa jornada desvendaremos uma trama intensa envolvendo um culto, uma sociedade de serpentes e uma vila ameaçada.

Embora a história seja muito mais fácil de seguir do que as de Dark Souls. Elderand também conta muito de sua história por meio do uso de descrições de itens, cartas encontradas em todo o mundo e narrativa ambiental. Sinceramente, a história não é assim tão boa, com muito dela sendo o texto sempre aparecendo na tela. No entanto, a construção do mundo é bem interessante, e cada uma das áreas são super coesas.

Construindo uma atmosfera

No jogo assumimos o papel de um caçador customizável sem nome que apareceu em uma terra misteriosa

Aqui temos um game que realmente mata a cobra e mostra a espada, além de muito sangue em uma pixel art bem legal. Vemos vários abates durante nossa jogatina. Enquanto algumas animações são equivalentes aos fatalities bobos de Mortal Kombat, outras dão reviravoltas no estômago. Pra completar essa atmosfera sombria, vemos os sacrifícios de culto espalhados pelo mundo que usam alguns dispositivos de tortura medievais. Isso não é o suficiente para nos desanimar totalmente, mas Elderand certamente não é um jogo para os fracos de coração. E os sacrifícios são opcionais, mas de saber que eles estão lá já causa “algo estranho” em você. 

Elderand funde a atmosfera sombria a um combate brutal. Temos acesso a diferentes tipos de armas, como espada e escudo, grandes espadas, arcos, cajados mágicos e por aí vai. O combate é punitivo e não podemos subir de nível e aumentar estatísticas de saúde, força e destreza, mas em vez disso estamos apenas a alguns golpes da vida ou da morte. Dito isso, grande parte da estratégia de luta tende a ser pular atrás do inimigo enquanto ele ataca e corta, mesmo com alguns dos chefes – tal qual Dark Souls, sem surpresas. 

Como esperado de um metroidvania, o game tem aquele loop de exploração, lutar contra chefes e encontrando atualizações para abrir novos caminhos, embora haja apenas um punhado de atualizações no jogo todo e nenhuma delas seja particularmente interessante. Obviamente, um salto duplo, gancho de agarrar e um traço aéreo são adições bem-vindas a qualquer kit, mas essas são as únicas melhorias reais, e elas são um pouco abaixo do esperado. Apesar dessa limitação, a jogabilidade é simples e sólida, e lembra bastante não só os jogos recentes como Blasphemous e Dead Cells, mas também tem uma vibe muito grande de Castlevania. 

Só mais um? 

Elderand é outra obra boa do gênero Metroidvania, embora não ultrapasse nenhum novo limite no que diz respeito à jogabilidade. Dito isso, é complicado para ele ser um competidor num gênero onde estão obras como Dead Cells, Hollow Knight e outros. 

Levando em consideração que é o primeiro lançamento dos desenvolvedores, Elderand consegue se destacar um pouco graças à construção de mundo, bem como uma boa trilha sonora. Mas há muito pouco aqui que você não tenha visto em outro lugar neste gênero quase saturado, e com certeza não será o primeiro pensamento de alguém que queira uma obra do gênero mas, no fim, é um bom jogo. Talvez o título precise de uma sequência para atingir todo o seu potencial.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Elderand

7.5

Nota final

7.5/10

Prós

  • Combates brutais
  • Gameplay sólida
  • Bom level design
  • Boa trilha sonora

Contras

  • Nada de novo
  • Você já viu isso em outros lugares