A coletânea Fallen Legion: Rise to Glory/Fallen Legion Revenants traz dois jogos para a nova geração. Eles compartilham uma série de semelhanças, mas são algumas de suas características próprias que os transformam em jogos únicos, divertidos, e, por vezes, muito repetitivos.
Desenvolvimento: Yummi Yummi Tummy
Distribuição: NIS America
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG
Classificação: 12 anos
Português: Nao
Plataformas: PS5, Xbox Series X/S, PC
Duração: 20 horas(campanha)
Política à moda antiga

Vamos separar as coisas aqui e falar de um jogo de cada vez. Em Rise to Glory podemos escolher entre dois personagens principais: um rapaz que deseja uma rebelião, ou uma princesa que recebeu um presente de seu falecido pai. Cabe a você escolher a sua jornada e seguir os diversos caminhos e escolhas que o jogo te proporciona.
Aqui, escolhemos o caminho da rebelião, e descobrimos que o presente que a princesa recebeu é, na verdade, um livro das trevas, e ele precisa ser destruído. Sem entrar em muitos detalhes nas motivações, a monarca faz algumas escolhas bastante duvidosas, é bastante compreensível ir contra essa essa escolha, e combater pessoas malignas é a coisa certa.
O desenvolvimento da história passa por pontos no mapa. Alguns deles possuem somente diálogos e aprofundamento da história, enquanto outros têm combate e decisões. Esses momentos de decisão afetam o desenrolar da aventura, por exemplo; e ao ceder demais ou de menos para as demandas, o moral dos exércitos pode cair ou permitir passar algum traidor, e coisas do tipo.
Agora, em Revenants, as disputas também são políticas, mas diferentes do outro jogo. A jogatina pode ser dividida em duas seções: uma com combates, e outra com, literalmente, jogo político.
Na parte política nós controlamos Lucien, que precisa fazer com que o povo se vire Ivor, governante de Edwin. Para isso, nosso herói precisa juntar informação, realizar pequenos subornos, fazer favores, e muitas outras coisas, enquanto Rowena está no campo lutando, literalmente, pela sobrevivência de todos. Aqui não há mapas, Lucien envia Rowena em missões de acordo com o que vai descobrindo, e pode redirecionar sua rota em certas situações.
A forma como a estrutura dos jogos foi montada faz com que eles sejam repetitivos, já que é, basicamente, tudo composto por diálogos, lutas, diálogos, lutas, e por aí vai. Não que isso seja ruim, mas, pelo menos pra mim, podia ter um algo a mais.
Usando almas

O combate dos dois jogos é o mesmo, mas com algumas mudanças. A grosso modo, as lutas lembram bastante o primeiro jogo da franquia Valkyrie Profile, no qual selecionamos um lutador dentre os botões designados e nosso personagem pode usar magias ou ressuscitar nossos heróis quando eles caem.
No decorrer do jogo, de acordo com as escolhas que vamos fazendo, entramos em lugares novos, e lá pode ou não ter novas almas para adicionar ao nosso banco, quase como que em Pokémon. Eles possuem características únicas e habilidades singulares, que ajudam muito em determinadas batalhas.
Além de dominar os tempos de ataque dos nossos guerreiros, precisamos dominar a defesa. Uma vez realizada no tempo certo, ela devolve projéteis para cima dos adversários, e tira pontos de defesa, e, quando quebrados, nos permitem “macetar” o inimigo sem dó.
Legiões caídas
Em resumo, Fallen Legion: Rise to Glory/Fallen Legion Revenants são muito bons, mas longe de serem perfeitos. Ambos trazem uma excelente dublagem em inglês, com a opção de jogar em japonês para os mais puristas. A falta de legenda em português pode ser um problema, principalmente na hora de fazer escolhas, ou da parte política, mas, fora isso, não há nada a acrescentar. O combate é divertido, e adquirir novos soldados é uma alegria. Se estiver procurando dois jogos para passar um tempo e ver uma história política, então caia de cabeça nesses. Particularmente, Rise to Glory é mais divertido que Revenants, mas isso vai de cada um.
Cópia de PS5 cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong