Arte oficial do jogo.

Review Fallen Legions Revenants (Switch) – Um ar bem caído

O terceiro título da série Fallen Legions, da desenvolvedora YummyYummyTummy, está entre nós, com um sistema de combate que parece mirar no clássico Valkyrie Profile em uma gameplay de batalhas por turnos side-scrolling. Além disso, o título conta também com exploração num castelo cheio de nobres e politicagem. Fallen Legion Revenants é uma mistura peculiar, que podia ter dado certo – mas só podia. 

Desenvolvimento: YummiYummiTummy
Distribuição: NIS America
Jogadores: 1 (local) 
Gênero: Aventura, Ação, RPG 
Classificação: 12 anos
Português: Não
Plataforma: Switch, PlayStation 4
Duração: Sem Registros

Premissa boa

As escolhas de Lucian

O RPG se desenrola num mundo arrasado por um miasma maléfico que envenena os corações das pessoas, e as transforma em monstros terríveis. Neste universo nada gentil existe, levitando aos céus, o castelo de Welkin, que protege os que vivem nele (todos ricos, aliás). O líder do local, uma figura imponente chamada Ivor, já mostra seu ar vilanesco nos primeiros minutos, e do outro lado temos dois principais: Rowena – uma antiga conselheira executada por traição; e Lucian, um político cujo objetivo é destruir o vilão usando da diplomacia. 

Rowena e Lucian nos permitem ir a diferentes lugares do jogo e, enquanto a fantasma está nos campos de batalha, Lucian está dentro do castelo de Welkin usando de suas habilidades de homem de estado para conseguir chegar ao seu objetivo.

Rinha de engomadinho

Sistema de combate interessante

As mecânicas de combate podem chamar a atenção à primeira vista porque são visivelmente inspiradas pelo clássico do PS1, Valkyrie Profile. Temos uma party formada de três guerreiros com habilidades diferentes, e a fantasma Rowena (Lucien, por estar no castelo não luta). Cada guerreiro que acompanha a fantasma tem três barras de ação que são consumidas durante a batalha. Rowena pode invocar golpes ofensivos, curativos e bençãos aos companheiros durante aquele momento do título. 

Os inimigos tem uma barra de escudo, que diminui quando eles sofrem danos, e o objetivo dentro dos combates é fazer com que a barra de escudo se esgote, para assim atacar os inimigos com mais facilidade. Já os personagens controlados pelo jogador não possuem essa barra de defesa, eles têm que levantar seus escudos manualmente, o que acaba não funcionando tão bem já que os controles do game não são responsivos – e isso pode ser frustrante. Quando enfrentamos os chefes, a dinâmica não muda, mas só fica mais desafiadora. Como o jogo sofre de um mal polimento nos controles, as batalhas contra chefes podem se tornar desafiadoras mesmo que não seja este o objetivo do game

O combate é difícil, pouco intuitivo e deixa tudo mais desafiador do que deveria, já a parte burocrática da política, que por vezes se assemelha a uma graphic novel, não é tão sofrível assim. Ele consiste em falar com todos que pudermos achar no castelo, resolver alguns puzzles básicos para conseguir informações e, desta forma, ajudar Rowena e os outros guerreiros no campo de batalha, porém também é repleto de problemas. 

Não podemos sentir certas diferenças quando fazemos escolhas diferentes enquanto jogamos. As consequências parecem não existir, até mesmo quando em certas ocasiões uma pequena borboleta aparece na tela nos informando que aquela decisão pode causar bons frutos ou não.

A parte burocrática dentro do castelo de Walkin é melhor que as batalhas que travamos no jogo, porém até nisso parece que o game foi preguiçoso e não fez da melhor forma que eles podiam. As “andanças” no gótico castelo flutuante são gostosas, porém de vez em quando tem seu ritmo quebrado com longos diálogos expositivos. Continuar pelo castelo parece uma obrigação sem recompensas, já que sabemos que, ou vamos voltar para as batalhas, ou faremos uma escolha falsa. 

Mistura bem pensada, porém mal executada

O emblemático castelo de Welkin

Fallen Legions Revenants tem vários problemas, e o começo já nos mostra isso quando somos jogados no meio dos dois tipos de gameplay que vemos:s batalhas e a exploração do castelo. A arte do jogo não é feia, porém não se mostra apaixonante, por conta de seus  designs preguiçosos e comuns. Juntando isso à mecânica de combate que não facilita em nada a vida do jogador e é dificultoso de graça, notamos em Fallen Legion Revenants uma boa ideia executada da pior forma possível. Tudo na obra é extremamente dispensável e, para os jogadores que não tem muita afinidade com o inglês, o game se torna impossível. 

Fallen Legion Revenants é o terceiro de uma série, e acredito que exista uma parcela de pessoas que vá gostar do game, mas essa quantidade deve ser até o momento pequena, e diminuirá caso a desenvolvedora não se esforce mais nos próximos títulos. 

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Review Fallen Legions Revenants

4

Nota final

4.0/10

Prós

  • Enredo
  • Trilha sonora

Contras

  • Design preguiçoso
  • Controles não responsivos
  • Dublagem terrível
  • Combate complicado
  • Picos de dificuldade