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Review Front Mission 1st Remake (Switch) – Mechas e estratégia

Fãs de RPGs estratégicos, uni-vos! Finalmente, Front Mission 1st Remake foi lançado no ocidente. O título é a primeira entrada de uma das franquias mais amadas do gênero. Com um visual totalmente repaginado, e uma história densa, o game tem tudo para agradar quem gosta desse tipo de combate e também os adoradores de mechas, sendo esse segundo um dos seus pontos centrais.

Desenvolvimento: Forever Entertaiment

Distribuição: Square Enix

Jogadores: 1 (local)

Gênero: RPG, Estratégia

Classificação: 10 anos

Português: Legendas e interface

Plataformas: Switch

Duração: Não disponível

Um mundo de Mechas

Imagem de Front Mission 1st Remake
Os gráficos ficaram muito superiores a versão original.

O ano é 2090. A humanidade evoluiu. Agora os soldados entram em combate a bordo de poderosos mechas, os Wanzers. A história de Front Mission 1st Remake se passa na nada pacífica ilha de Huffman, já que ali é o único local onde a Oceania Cooperative Union (O.C.U.) e os Unified Continental States (U.C.S.) possuem fronteira terrestre.

Nosso herói  é o pelo Capitão Royd Clive, que está comandando uma missão de reconhecimento a mando da O.C.U., mas tudo acaba extremamente mal quando sua noiva, a Tenente Karen Meure, tem seu Wanzer abatido e desaparece. Ele então se vê completamente desolado, e acaba sendo dispensado do seu posto. Assim, isso o motiva a descobrir quem ou o quê foi responsável pela emboscada que custou sua amada, e descobrir se ela ainda está viva.

Uma das melhores coisas do game é que na grande maioria das vezes tudo acontece totalmente sem enrolação. E dessa forma descobrimos alguma coisa e já partimos pro combate. Fora dele, é possível passar no bar e descobrir mais coisas sobre a cidade em que estamos, e assim nos aprofundar ainda mais no conflito daquela pequena ilha. 

Wanzers, ou Mechas

Imagem do combate de Front Mission 1st Remake
Os ataques podem acertar qualquer parte do corpo, não temos como mirar.

Duas coisas vão demandar bastante tempo: o combate propriamente dito e a configuração dos Wanzers. Vamos por partes. As lutas seguem o clássico visto nos jogos de RPG estratégicos: podemos andar, usar itens, atacar e nos defender. Contudo, cada Wanzer possui 4 partes: corpo, pernas, braço direito e braço esquerdo. Cada um deles com seus próprios pontos de vida.

Uma das coisas mais revoltantes do combate é não poder mirar onde desejo acertar ou causar dano. Para destruir a unidade inimiga, devemos destruir o corpo dos Wanzers, mas, quando atacamos, podemos acertar qualquer uma das 4 partes. Ou seja, se nosso inimigo tiver 2 pontos de vida no corpo, e um golpezinho de nada o liquida, e se, por ventura, acertarmos as pernas, então esqueça: ele continuará vivo. Isso é uma verdadeira sopa para o azar. 

Claro que ao acertar e destruir as outras partes traz alguns benefícios, como a inutilização de qualquer arma que ali esteja instalada, ou uma queda no número de casas que o inimigo pode andar. Contudo, o mesmo vale para o outro lado, o que pode nos ajudar ou atrapalhar. Isso acaba sendo uma verdadeira faca de dois gumes. 

Para melhorar ainda mais, durante as missões, ou então diretamente na loja, podemos ganhar ou comprar novas partes para nosso Wanzer, e arrumá-los na parte de configuração. Todas as quatro partes são customizáveis e aparentes em nosso mecha, e fica maravilhoso. Alguns têm uma aparência mais pesada, ou mais imponente: um espetáculo. 

O brilho mesmo fica no equipamento para os braços. Ainda mais por termos uma série de tipos diferentes, o que nos permite montar unidades totalmente focadas em um tipo de equipamento, ou misturar tudo. Há armas para combate corporal, como tonfas, e também muitos tipos de armas, tanto para as mãos quanto para os ombros. Para empunhar, temos uma grande variedade, como rifles, metralhadoras, lança-bombas, entre outros. Para os ombros temos diversos tipos de lança-foguetes e escudos. 

Resumindo, cada unidade pode ficar completamente única, desde que o Wanzer consiga carregar o peso dos equipamentos desejados. Isso é de extrema importância, já que determina o número de casas que podemos andar no mapa, os pontos de vida, de defesa, e outros. 

Um baita remake

Em suma, a palavra remake faz jus ao tratamento dado ao game. Os gráficos são incríveis e não é possível comparar este lançamento com o jogo original do SNES. Até a trilha sonora foi totalmente retrabalhada, e os jogadores podem decidir se desejam apreciar a jornada com a nova versão ou a original.

Claro que, obviamente, a ideia foi manter Front Mission 1st Remake o mais próximo do original, mas usurpá-lo de suas origens. Uma coisa que pode ser um pouco esquisita no começo é o fato de o jogo estar em português, mas dos nossos amigos de Portugal. E há algumas palavras e expressões um tanto quanto peculiares, se comparado com o que usamos no nosso cotidiano. Mas fora o choque inicial, é tudo bem tranquilo.

Felizmente, essa entrada é a primeira de três jogos já prometidos. A esperança é que, caso as vendas sejam satisfatórias, podemos ter a chance de receber novos games. Front Mission 1st Remake é incrível e merece ser apreciado. Recomendo o game também para os fãs de mechas, já que aqui há um prato cheio, principalmente no que diz respeito à customização.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Front Mission 1st Remake

9

Nota final

9.0/10

Prós

  • Muitas opçoes de customizaçao
  • Combate divertido
  • Gráficos charmosos

Contras

  • Falta de poder mirar em uma parte específica dos mechas inimigos