O Bom da Guerra! Nos últimos anos, a Sony assumiu como marca principal a criação de jogos cinematográficos, e God of War Ragnarok segue a mesma linha. O game é a continuação da primeira parte que foi lançada em 2018, e melhora tudo o que já era muito bom. Os gráficos estão magníficos, o combate é divertido, e a história melhora a cada nova parte.
Desenvolvimento: Santa Monica Studios
Distribuição: Sony Interactive
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG
Classificação: 18 anos
Português: Dublagem e interface
Plataformas: PS4, PS5
Duração: 24 horas (campanha)/ 48 horas (100%)
O fim do mundo
God of War Ragnarok traz uma jornada rumo ao fim do mundo. Kratos e Atreus estão se preparando e treinando o máximo possível. E logo no começo há uma cena emocionante, com o lobo Fenrir. A partir daí, uma série de acontecimentos estão destinados a acontecer, mas a dupla faz de tudo para impedir que isso aconteça, ou será que estão apenas seguindo um roteiro pré-escrito?
Uma das melhores coisas aqui é a forma como a história vai se desenvolvendo. Cada novo diálogo, chefe derrotado, ou nova entrada: tudo nos dá várias informações. Em especial, cito quando Kratos e Atreus começam a entrar em conflito, e começamos a ver novos lados, além de alguns “bastidores”. É difícil falar alguma coisa sem dar spoiler, mas, acredite dá para sentir as dores dos personagens em certos momentos.
Graficamente falando, God of War Ragnarok foi o segundo jogo que mais me impressionou no PlayStation 5. O nível de detalhe das feições do Kratos, os golpes violentos, e, principalmente, os cenários, são coisas de outro mundo. Todos os ambientes, seja com neve, floresta, e outros, são maravilhosos. Apesar de ter vários lugares para explorar, os mapas são lineares, basicamente, o que não chega a ser um grande problema, já que tudo enche os olhos.
A dublagem está magnífica. A voz de um dos personagens inimigos me deixou extremamente bravo com ele, o que me trouxe bastante satisfação quando ele sucumbiu. Isso sem falar nas demais vozes, em especial a de Mimir, que trouxe uma leveza e piadinhas que suavizam a sanguinolência.
Tudo igual, mas tudo novo
Em God of War Ragnarok, jogamos em partes com Kratos e também com Atreus, e cada um deles tem um peso diferente. Kratos é mais pesado e violento, e tem acesso a diferentes armas, o que muda bastante o combate. Com o passar do tempo, vamos pegando Runas, que nos dão golpes diferentes, sendo todos eles magníficos. Já o Atreus é mais rápido, e tem acesso ao seu arco e flecha. Apesar de ser divertido lutar controlando ele, algumas seções da história são arrastadas, por assim dizer.
No desenrolar da aventura, pegamos diversas peças de equipamentos que podem ser produzidos nos anões. Durante a jogatina, procurei fazer somente as missões principais, deixando as secundárias de lado. Isso me fez sentir que perdi muita coisa, principalmente dinheiro, o que me impedia de ter todos os equipamentos sempre atualizados.
Kratos sobe de nível conforme vai melhorando seus equipamentos, e não com o combate propriamente dito. Ganhamos diversos pontos de habilidades, que são usados para comprar novos movimentos para as armas disponíveis. O mesmo vale para a pessoa que está nos acompanhando.
Uma coisa que, particularmente, me incomoda demais, apesar de ser umas das marcas da franquia, são os quick time events. É frustrante estar no meio de um combate, espancando o adversário e, do nada, tudo é mudado para uma “ceninha”. Isso traz uma certa profundidade, mas quebra absolutamente o ritmo da luta.
E ainda sobre as lutas, é possível comprar umas pedras de ressurreição, que nos traz de volta durante o combate. Mas, mesmo sem ela, dependendo do inimigo, há certos pontos de controle, ou seja, com a luta reiniciando no meio. Isso ajuda bastante.
Um jogo sensacional
God of War Ragnarok é sensacional. Simples assim. No PlayStation 5, tanto o design dos personagens, combate, e principalmente dos cenários, são magníficos. A dublagem em português ficou maravilhosa, o que nos dá uma imersão ainda maior na história. As seções em que controlamos Atreus são divertidas, especialmente o combate, mas o seu desenvolvimento é lento e arrastado, então poderia ser um pouco melhor.
A história é bastante divertida, tendo cenas pesadas e emotivas. Durante as lutas, com destaque para as contra os chefes, o excesso de momentos roteirizados é um pouco exagerado. Enfim, God of War Ragnarok é um marco, sendo um dos melhores jogos lançados em 2022, além de forte concorrente a Jogo do Ano. Caso tenha condições, aprecie essa obra de arte.
Cópia de PS5 cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong