Gravity Riders Zero capa

Review Gravity Riders Zero (Switch) – Nos trilhos, até demais

É impossível negar as inspirações que Gravity Rider Zero trouxe de Trials (Ubisoft), o que não é de todo mal e pode muito bem ter seus pontos positivos. Porém o jogo da Vivid Games arrisca bem pouco e não consegue deixar para trás suas raízes mobile do título original. Será que o jogo no Nintendo Switch pode ser tão divertido tendo um rival mais do que à altura como o título da Ubisoft? 

Desenvolvimento: Vivid Games
Distribuição: QubicGames
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Corrida, Plataforma, Arcade
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface
Plataforma: Android, iOS e Switch
Duração: Sem registro

Corrida contra adversários

On-Rails e cosméticos

Gravity Rider Zero é um produto de potencial, mas com execução que deixa a desejar. E isso é muito triste porque o visual e a jogabilidade são tão bons que você vai ficar com raiva devido à repetição e às ideias mal aproveitadas. Realmente. Gravity Rider Zero é basicamente Trials em um futuro distante. Tenha isso em mente. Se você ainda não conhece o jogo da Ubisoft, tente imaginar Gravity Riders Zero, mas com um verdadeiro desafio e uma jogabilidade verdadeira. Aqui você tem os comandos básicos como acelerar, nitro e um pouco de customização em sua futurista motocicleta flutuante.

O núcleo da jogabilidade é correr contra o tempo ou adversários até a linha de chegada, levando sua moto até os checkpoints e controlando o equilíbrio em cada rampa. Caso falhe, você atingirá o solo e quebrará o pescoço do seu personagem. Ao terminar uma pista, o jogador é recompensado com diamantes que podem ser gastos na loja onde novos tipos de veículos podem ser comprados, como quadriciclos, motocicletas sem rodas e muitos outros brinquedinhos insanos – até mesmo um dragão voador. E, bem, temos skins e algumas coisas cosméticas ali por ali também.

Elementos mobile

Chegue em primeiro

No menu principal, existem vários mundos (cerca de 33) para vencer, contendo três fases diferentes. Em cada fase, o jogador começa com um nitro no inventário que pode ser usado uma vez até a linha de chegada, sem nenhuma maneira de reabastecê-lo fazendo truques – infelizmente – ou qualquer outra coisa. Sim, não há como repor isso e obter vantagem à frente de seus oponentes: what you see is what you get.

Esta escolha de design torna o jogo completamente inútil quando se trata de truques ou manobras. Quando você conseguir realizar qualquer um dos backflips, 360º, 720º ou outra façanha, uma mensagem aparecerá do personagem dizendo qual movimento você acabou de realizar… e isso é tudo. Demasiadamente ingrato. Não há sequer um diamante ou prêmio por isso, infelizmente.

Parece divertido, mas é só acelerar
Parece divertido, mas é só acelerar

Além disso, as corridas são 100% sobre trilhos lineares, e mesmo tendo muitas curvas e etapas que não vão apenas em linha reta, a moto não sai da pista, já que a jogabilidade te leva com cuidado pela mão e não apresenta nenhum tipo de pena por condução perigosa. O que acaba sendo, novamente, uma experiência ruim, já que o design dos níveis é lindo trazendo cenários futurísticas bacanas com visualização 2.5D.

No entanto, a fórmula do jogo principal é o conhecido sistema de classificação de três estrelas – influências mobile – em que você obtém mais delas se conseguir realizar todas as tarefas listadas: terminar aquele mundo sem perder um único coração, alcançar a linha de chegada dentro de uma certo quantidade de tempo e simplesmente terminar a pista.

Final da corrida

Depois de terminar uma fase, você ganha experiência. E quando adquirir pontos de experiência suficientes, você sobe de nível. Depois de atingir um nível necessário específico, serão desbloqueados novos veículos, skins e trilhas que podem ser adquiridos – novamente, cosméticos. Honestamente, não há muito o que fazer em Gravity Riders Zero. Então, se você está procurando um bom jogo na “pegada” de Trails, recomendo que você procure outra coisa. Este port irá satisfazer apenas o público menos familiarizado com a série de motos da Ubisoft, ou quem sabe jogadores extremamente casuais.

Potencial completamente desperdiçado

Finalmente, Gravity Riders Zero não é exatamente um produto ruim. É muito básico. Não que seja ruim, mas o jogo simplesmente não gasta esforço para apresentá-lo a algo realmente agradável. Não há sistema de atualização, multiplayer em tela dividida ou recompensa por fazer truques … nada. É apenas uma porta preguiçosa da versão móvel, mas sem todas as compras in-app (pelo menos) e sistema de espera para recarga. Pode ser divertido para aqueles que ainda não jogaram a série Trials, mas não por muito tempo.

Cópia de Switch cedida pelos produtores