Desde muito jovem, sou apaixonado pela franquia Castlevania. Meu primeiro jogo foi Symphony of the Night, e muitos títulos (principalmente indie) tentaram replicar a mesma sensação que a aventura de Alucard nos proporcionou tempos atrás. No entanto, quase ninguém foi capaz de remontar tal coisa – ao menos, não com tanta qualidade. Dito isso, Koimajou Remilia: Scarlet Symphony também tentou essa empreitada, mas o quão bem-sucedido foi?
Desenvolvimento: Frontier Aja, CFK Co., Ltd.
Distribuição: CFK
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Aventura, Plataforma
Classificação: 10 anos
Português: Não
Plataformas: Switch, PC
Duração: 1 hora (campanha)/2 horas (100%)
Um castelo gótico
Assim como Symphony of the Night, Koimajou também apresenta um protagonista com aparência de vampiro, sendo uma portadora de muitas habilidades e feitiços diferentes. Na verdade, essas habilidades precisam ser adquiridas lutando contra alguns chefes, algo em que o jogo consiste na maior parte do tempo. Aqui, basicamente teremos uma exploração rasa em relação à fase em si, tendo que enfrentar um boss daquele cenário no final, explorar verticalmente alguns locais, etc.
As lutas contra chefes são definitivamente o auge de toda a experiência, pois ele oferece apenas algumas fases para vencer. Dito isso, é importante deixar claro que sua duração é em torno de 3 horas mais ou menos, deixando a desejar se tivesse que compará-lo com jogos da série Castlevania. As habilidades são nossa principal arma, além do chicote corpo a corpo e dos tiros de longo alcance, esse último possuindo uma quantidade limitada de uso que pode ser rastreada por meio de uma barra no topo do HUD.
Os inimigos são uma lembrança fiel do design de personagens de Castlevania, apresentando esqueletos, demônios, inimigos alados que voam por aí, e chefes que são principalmente garotas com poderes paranormais. Além disso, existem áreas de checkpoint aqui e ali, embora sejam muito escassos. Depois de perder todas as suas vidas, você verá uma tela de game over. No entanto, é possível aumentar o número de vidas disponíveis através do menu principal, diminuindo a dificuldade.
Além da mecânica básica de jogo e sistema de movimento, também podemos voar para evitar sermos atingidos por inimigos no chão. Mesmo que seja possível passar por vários perigos e ignorá-los voando, aqueles que são alados irão acertá-lo no ar e você não poderá usar seu chicote. Em vez disso, apenas o ataque à distância está disponível durante esses momentos e eles consomem sua barra de alma.
Por fim, existe um modo extra que consiste em derrotar inimigos mais difíceis. Infelizmente, não há muito o que fazer depois de vencer o jogo além de perseguir os desafios do menu de desafios, tornando-o ainda mais curto em termos de rejogabilidade. Considerando novamente o tempo médio para terminar a experiência toda, esta é uma grande decepção.
Não será o seu jogo preferido de caçadores de vampiros
Koimajou Remilia: Scarlet Symphony é melhor do que eu esperava no quesito gameplay, embora sua duração seja fraca e profundidade seja de um “pires”. A mecânica de jogo e o design geral de personagens e níveis são impressionantes, especialmente porque se assemelha muito à franquia Castlevania com um toque do universo Touhou, com foco em garotas fofas e atraentes. Dito isso, se você está procurando algo que proporcione bastante tempo de jogo, fique longe deste aqui. Se busca apenas uma diversão rápida, mas não tão barata assim, você estará bem servido.
Cópia de Switch cedida pelos produtores