LEGO Marvel Super Heroes Capa

Review LEGO Marvel Super Heroes (Switch) – Bancando o herói da Marvel

Dando seguimento à franquia LEGO e seus ports que chegaram de forma tardia ao Switch, LEGO Marvel Super Heroes surge no híbrido da Nintendo depois de já ter dado as caras no console anterior, o Wii U. Tendo tido contato com o game no falecido console de duas telas e em outras plataformas, consigo avaliar essa nova versão de maneira a comparar com suas irmãs mais velhas.

Desenvolvimento: TT Games
Distribuição: WB Games
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: RPG
Classificação: 10 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: PS4, Switch, Xbox One, PC
Duração: 12.5 horas (campanha)/40 horas (100%)

Heróis de brinquedo

Hulk pode se transformar em Bruce, segurando um botão

LEGO Marvel Super Heroes, como o nome já deixa claro, é a versão imaginada de LEGO com todos os personagens da liga de super-herói da Marvel. Diferentemente de qualquer obra anterior ambientada nesse universo, a bola da vez no mundo dos bloquinhos traz uma liberdade criativa imensa, criando histórias próprias nunca vistas em nenhum local por parte da Marvel. Os eventos acontecidos aqui pegam emprestado todo o universo já existente dos quadrinhos, e cria algo completamente único.

Como já é de costume em jogos LEGO, nosso principal objetivo é quebrar tudo que vemos pela frente, resolver puzzles e seguir em frente até o estágio final do cenário. Se olharmos de uma forma geral, nenhuma fase aqui é gigantesca ou muito duradoura, mas o que torna Marvel Super Heroes algo com mais de 10 horas são as coisas a serem feitas em um mesmo lugar.

Capitão américa usando seu escudo

Para prosseguirmos, muitas vezes, precisamos acionar mecanismos, criar escadas, abrir portas e passar por locais perigosos. Isso não é algo tão linear quanto parece, e essa afirmação é apoiada pela ideia de que, em cada fase, teremos ao menos dois heróis para alternarmos entre. Cada personagem possui habilidades e golpes únicos, o que faz necessário que cada um deles tenha uma tarefa importante no local, além de alguns serem exclusivamente capazes de acionar certos dispositivos.

O mesmo acontece com obstáculos simples e certos pontos de interação que exigem com que troquemos de herói. A Viúva-Negra, por exemplo, tem a habilidade de ficar invisível e passar em locais onde existem armadilhas e dispositivos de proteção, por exemplo, enquanto que o Homem-Aranha consegue alcançar locais mais altos e subir nas paredes.

Fator replay e habilidades únicas

Cada herói possui uma habilidade única

Além das fases para desbravarmos, temos uma espécie de mundo aberto contido, no qual podemos explorar, adquirir peças LEGO e escolhermos a próxima missão. Uma vez que finalizamos uma fase, liberamos ela em sua versão Free Play, o que permite com que voltemos a esse local já visitado, mas agora com a possibilidade de escolher qualquer personagem habilitado no seletor de personagens.

Tudo isso abre novas possibilidades e formas de diversão, já que podemos até mesmo desbloquear vilões jogáveis, além de que existem objetos dentro dos cenários que apenas um tipo específico de herói/vilão consegue interagir com. Isso acaba aumentando o fator replay absurdamente, principalmente para aqueles que perseguem o 100% de um jogo. Sem falar que é divertido desbloquear um vilão que enfrentamos na fase anterior.

Mr. Fantastic se transforma em várias ferramentas

As lutas contra chefes também são bem simples, e quase todas as soluções são resolvidas interagindo com elementos do cenário para, assim, tornar o vilão vulnerável e passivo de dano. Dessa forma, é só chegar perto dele e atacar seu ponto fraco.

Tratando-se do port para o Switch em si, tanto no portátil quanto na TV, os gráficos e performance dão conta do recado muito bem. E isso já era esperado, considerando que esse jogo já é um tanto quanto antigo. A mesma coisa digo em relação à resolução que, felizmente, também se mostra bem equilibrada na pequena tela do Switch.

Port para Switch segura bem a performance

Por fim, existe o modo cooperativo local, que permite com que um segundo jogador tome o controle de um personagem ou saio da sessão a qualquer momento. A única coisa que sinto falta e que há tempos não existe nos jogos LEGO é a câmera dividida na horizontal. Pode parecer bobo, mas a câmera dividida na vertical não faz um bom trabalho e esconde vários elementos do cenário, enquanto que a dinâmica se mexe tanto que me deixa bem confuso.

De qualquer forma, jogar na companhia de alguém é muito mais divertido, engraçado e eficiente, visto que a inteligência artificial aqui não é das melhores.

Um dos melhores da franquia LEGO

A série de bloquinhos é uma das minhas preferidas no mundo dos videogames, principalmente quando estamos falando de títulos com modo cooperativo. Apesar de ser um tanto quanto repetitivo no quesito “bater em inimigos e avançar”, os quebra-cabeças presentes aqui conseguem dar uma melhorada e tanto no ritmo da jogatina, prevenindo com que as coisas se resumam apenas em um beat ‘em up, no qual distribuídos bordoadas em todo mundo. Dito isso, LEGO Marvel Super Heroes é um dos melhores jogos da série LEGO, já que sabe equilibrar jogabilidade, carisma, história e diversão, ao mesmo tempo que traz figuras icônicas do mundo dos super-heróis.

Cópia de Switch cedida pelos produtores