Lords of Exile: Uma Experiência Moderna Inspirada em Castlevania
Se você sente falta da série Castlevania, não se preocupe. A Plug In Digital tem a solução. Seu mais novo jogo no estilo Castlevania é Lords of Exile, um indie em que você assume o papel de um sujeito com um chicote cujo alcance é terrível – como nos velhos tempos, não é mesmo?
Desenvolvimento: Squidbit Works
Distribuição: Plug In Digital
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Plataforma, Ação, Arcade
Classificação: 12 anos
Português: Não
Plataformas: Switch, Xbox One, Xbox Series X|S, PS4, PS5, PC
Duração: 3 horas (campanha)
Um jogo 8-bits moderno
Lords of Exile é tudo o que você sempre quis de um Castlevania moderno, mas com um toque retrô. Ele é atualizado, roda em formato widescreen para que você possa ver mais da câmera, os gráficos são impressionantes em 8-bits e têm detalhes bem bonitos nas áreas de fundo (sem mencionar o efeito de parallax que movimenta as camadas).
Além disso, o game possui uma trilha sonora cativante, inimigos que o empurram para trás quando você é atingido e o chicote com alcance limitado. Fora armas secundárias que você deve coletar pontos para usar. O movimento lento é um bônus pra nostalgia.
Neste indie, você explora de maneira limitada cenários em busca de colecionáveis e itens que o ajudarão em sua jornada, além de aliados espirituais que você desbloqueia após derrotar certos chefes. Essas criaturas espirituais o acompanharão sempre que você ativá-las com o respectivo comando, e entre suas habilidades, há uma lâmina cortante voadora que destrói blocos indestrutíveis com as mãos nuas – ou com o chicote – e uma lança que o puxa até o ponto de ancoragem.
Ademais, você desbloqueia habilidades que podem ser equipadas entre as fases para ter vantagens contra inimigos, como um círculo de projéteis que te protege por um período.
Linearidade e chefes
As batalhas contra chefes são muito divertidas e exigem estratégia em conjunto com paciência. Você morrerá uma ou duas vezes para lembrar os padrões deles, mas é uma viagem divertida. Em geral, a dificuldade do game não é para todos, mas certamente lembrará os velhos tempos em que você queria jogar o joystick contra a parede de raiva por causa do nível de aparente injustiça.
Quanto à exploração, os cenários são muito lineares, mas ainda há espaço para explorar um pouco e encontrar a máquina caça-níqueis que lhe concederá alguns itens ou vidas. No mais, apenas coletáveis para encher suas barras.
No final das contas, Lords of Exile é mais um título moderno de Castlevania do que qualquer outra coisa. Poderia ter usado mais inovação em termos de jogabilidade, adicionando mecânicas diferentes que não se assemelhassem tanto à franquia da Konami.
Se você retirar esses elementos inspirados, o que resta? Um pouco de personalidade, para ser honesto. Ou talvez o pulo duplo – clichê, eu sei. Ah, espera: também há variedade de inimigos, um fundo visual bem composto e uma trilha sonora bacana. Será que isso é suficiente para um jogo sobreviver nesse oceano de títulos quase perfeitamente feitos que saem todos os dias? Talvez não.
Pouca personalidade à vista
Lords of Exile faz muito bem o que se propõe: ser uma experiência moderna de Castlevania. No entanto, se você remover tudo o que foi emprestado da série da Konami, pessoalmente, não consigo ver muita personalidade aqui para ser explorada e aproveitada. O indie é um tanto linear, com pouco espaço para explorar as áreas por onde você passa. Existem alguns aliados espirituais que funcionam como armas secundárias e habilidades exclusivas para atravessar algumas áreas e desbloquear caminhos, mas isso é essencialmente tudo. Eu esperava algo que inovasse mais, mas recebi uma nostalgia modernizada e bem apresentada.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Lords of Exile
Prós
- Visuais lindos
- Habilidades secundárias
- Trilha sonora bem composta
- Aliados espirituais
Contras
- Movimentação lenta
- Linearidade de cenários
- Faz o que já foi feito
