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Review Monochrome Mobius: Rights and Wrongs Forgotten (PS5) – Um bom spin-off

Monochrome Mobius: Rights and Wrongs Forgotten faz parte da série de jogos Utawarerumono. Aqui, conhecemos mais sobre a história de Oshtor e Shunya em uma aventura muito divertida, mas que traz alguns problemas e que poderia ser um pouco mais curta. 

Desenvolvimento: Aquaplus
Distribuição: NIS America
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG
Classificação: 14 anos
Português: Não
Plataformas: PC, PS4, PS5
Duração: 33 horas (campanha)/52 horas (100%)

A história

imagem de uma floresta.
Alguns cenários são belíssimos.

Na cidade de Ennakamuy, que fica no reino de Yamato, temos o jovem Oshtor, que está investigando estranhos acontecimentos. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ele conhece Shunya, que diz ser sua irmã e que veio de uma terra muito longe chamada Arva Shulan. Então, os dois resolvem iniciar uma aventura em busca dessa desconhecida terra.

O desenvolvimento da história é extremamente interessante até certo ponto. Começamos a descobrir mais coisas sobre essa terra misteriosa, além de conhecer novos personagens. Vamos também acompanhando as interações entre Oshtor e Shunya, e como ambos se relacionam com a descoberta de serem irmãos. Contudo, em determinado ponto, isso parece ser jogado de lado e temos um maior desenvolvimento do mundo. 

Porém, isso não foi feito de uma maneira muito boa. Parece que todos esquecem o que motivou a começar a jornada quando inventam um “treinamento”. O duro é que essa porção leva muito tempo, o que me deixou bastante desmotivado em vários momentos. Ainda assim, o combate faz valer a pena.

Sensação nostálgica

combate de Monochrome Mobius: Rights and Wrongs Forgotten
O combate é totalmente excelente.

O combate de Monochrome Mobius: Rights and Wrongs Forgotten me lembrou bastante os grandes jogos dos anos 1990. Aqui, temos 3 anéis de ação, e quanto mais perto do centro, mais rápido podemos agir. Há duas maneiras de progredir: encher uma barra durante o combate e aí avançar um anel ou então atordoar o adversário e dar mais um dano nele. Esse segundo método vale também para os inimigos. 

Durante as lutas, podemos usar golpes normais ou especiais, divididos entre físicos e especiais. Cada personagem tem sua especialização, e é possível ver o quanto eles vão ficando fortes no decorrer da aventura. Contudo, a melhor parte do game é que a partir de determinado ponto, não precisamos mais lutar contra os inimigos, já que basta atacá-los no mapa para receber os pontos de experiência e itens. 

Por isso, passei muito tempo eliminando os inimigos e acumulando níveis, o que me deixou meio que passeando pela história. Além disso, temos algumas missões extras para fazer, como salvar uma comitiva, resgatar pessoas, e muitas outras. 

No decorrer da jornada, é liberado uma espécie de invocação. Para deixá-lo mais forte, precisamos “doar” itens em uma determinada loja e assim ganhar mais golpes especiais e ativar poderes. O mesmo vale para a loja de armas, que também precisa ser melhorada para assim podermos ter acesso a equipamentos mais fortes.

Um bom spin-off

Monochrome Mobius: Rights and Wrongs Forgotten foi lançado para comemorar os vinte anos da série Utawarerumono. A falta de legendas em português pode afastar algumas pessoas, mas isso não é nada que seja muito preocupante. A história poderia ser diminuída em muitas horas, já que a sensação é que os produtores decidiram  expandir mais o mundo da franquia do que focar na relação entre os irmãos. 

O combate é extremamente divertido, sendo um dos pontos mais altos do game. Os gráficos são bastante medianos, e em algumas partes, principalmente nas cidades, chega até a ser feio. No geral, recomendo o game para os fãs de JRPG, mas espere um jogo esticado, apesar de ser muito bom.

Cópia de PS5 cedida pelos produtores

Revisão: Julio Pinheiro

Monochrome Mobius: Rights and Wrongs Forgotten

9

Nota final

9.0/10

Prós

  • Combate ótimo
  • Excelente exploração
  • Bom gráfico

Contras

  • O roteiro se perde no meio