review-mousecraft-capa

Review Mousecraft (Switch) – Tetris, ratos e puzzle

Mousecraft é como se fosse um Tetris com ratos, mas sem a jogabilidade do famoso jogo russo. Seu personagem é um gato cientista de nome Schrodinger – talvez uma referência ao gato de Schrodinger -, o qual está fazendo uma máquina que consome muito queijo (muito mesmo).

Um dia, Schrodinger acaba tendo escassez do ingrediente e resolve usar suas economias para adquirir mais. Tudo isso é contado através de cutscenes estáticas e textos narrando a história. Apesar de competente, a apresentação é somente isso mesmo.

Desenvolvimento: Crunching Koalas
Edição: Crunching Koalas
Jogadores: 1
Gênero: Puzzle, Estratégia
Classificação indicativa: Livre
Português: Legendas e interface
Plataformas:  PC, PS4, Xbox One e Switch
Duração: 6 horas (campanha)/8 horas (100%)

Mecânicas intuitivas

Mecânicas diretas

Sua missão principal é usar as peças – de Tetris – disponíveis, as colocando e rotacionando no cenário, para criar um caminho, de forma a levar o número máximo (3) de ratos até o queijo. Enquanto isso, rola uma musiquinha bacana e Schrodinger fica ao fundo do ambiente esboçando reações de acordo com o que acontece na fase.

Quanto mais ratos vivos chegarem ao alimento, maior sua pontuação. Ao longo do jogo você vai adquirindo novos recursos para fazer com que os bichinhos alcancem o final da fase sãos e salvos, e isso vai tornando as coisas mais complexas.

Cutscenes fazem bem o trabalho

A medida que vamos avançando nas fases, novas cutscenes são introduzidas para dar um contexto na coisa toda.

Alguns cenários oferecerão mais obstáculos, inimigos que podem matar seus ratinhos, e vários desafios que te farão verdadeiramente pensar um bocado. Em muitas situações é preciso usar a própria gravidade, peças disponíveis e equipamentos diversos (como bombas) ao seu favor.

Pensando para tomar o próximo passo

Pense antes de agir

Em Mousecraft, é possível planejar e tomar algumas ações antes de liberar efetivamente os ratos para que estes sigam o seu caminho automaticamente. Porém, em alguns momentos será necessário acertar o timing e pausar o jogo para posicionar novos blocos, explodir outros, eliminar inimigos, etc.

Também é possível acelerar o gameplay com um comando e reiniciar a fase com outro, além de um botão que desfaz a última ação. Tudo bem é rápido e simples.

O jogo não oferece nada de inovador, mas é curiosamente estimulante conseguir a pontuação máxima em cada fase e coletar todos os itens existentes – a vontade de fazer 100% grita. Talvez um dos maiores motivos seja as novidades que vão sendo introduzidas ao longo do jogo, as quais adicionam mais mecânicas e mudam sua forma de resolver o desafio.

Um jogo bem linear

Limitações claras

O jogo, apesar de divertido, tem uma proposta básica. Sua jogabilidade gira em torno das mecânicas já citadas e nada além disso. Não existe um modo criativo, modo online para baixar fases novas, etc. Talvez eu esteja mal acostumado com estes jogos no estilo Mario Maker? Quem sabe.

Uma vez já compreendido como o jogo funciona, seu caminho até o final será bastante linear. Apesar disso, é possível revisitar as fases já jogadas.

Limitações, mas com bastante diversão

Uma missão cumprida

Mousecraft é um daqueles títulos que apostam no seguro e que entretém por várias horas. O jogo cumpre muito bem o que propõe e, mesmo que sua proposta seja bastante simples, ela é feita com maestria. O importante é oferecer algo que seja possível de realizar, e de preferência fazer isso com qualidade, de forma polida e sem deixar pontas soltas.

Esta review foi feita com uma versão de Switch cedida pelos produtores

Mousecraft

8

Nota final

8.0/10

Prós

  • Proposta cumprida
  • Simplesmente divertido
  • Puzzles desafiadores
  • Estímulo ao 100%

Contras

  • Linear
  • Sem modo criativo
  • Sem outros modos