OMNO, desenvolvido pelo Studio Inkyfox, composto praticamente por uma única pessoa, traz uma aventura através de uma jornada relaxadora e minimalista, cujo objetivo é decifrar quebra-cabeças para conseguir percorrer pelos biomas desse mundo mágico.
Desenvolvimento: Studio Inkyfox
Distribuição: Studio Inkyfox e Future Friends Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Aventura
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface
Plataforma: Xbox One, PS4, PC, Switch
Duração: 3.5 horas (campanha) / 4.5 horas (100%)
Jogabilidade simples e dinâmica
OMNO tem uma jogabilidade simples e acessível: o personagem tem poucos movimentos, principalmente no início, em que ele pode apenas andar e pular, mas, com o decorrer do enredo ele vai ganhando novas habilidades. Existe três tipos de habilidades, sendo elas a capacidade de dar um dash para frente, a aptidão do personagem de deslizar e a capacidade de planar, o que permite o jogador percorrer o cenário da forma que preferir, sendo necessário usar essas aptidões para resolver os quebra-cabeças e avançar no jogo.
Durante a jornada, a maneira que mais se destaca em termos de progressão é a em que recolhemos algo semelhante a uma pequena luz, que pode ser obtida interagindo com plantas ou com animais e quando conseguimos uma quantidade específica podemos gastá-la para progredir no cenário.
Ademais, podemos interagir com o cenário de diversas maneiras, desde obtendo pistas com algo que está escrito em um antigo monumento ou até mesmo mudando objetos de lugar ou adicionando uma função a eles. Mesmo com adições de novas habilidades e com a interação no cenário, a jogabilidade acaba ficando monótona e cansativa, principalmente no final, em que a maioria dos enigmas já foram decifrados pelo menos uma vez, o que torna tudo fácil e com poucos desafios.
Uma história simples até demais
Durante a história, acompanhamos um nômade que está a procura de algo denominado como Luz, passando por diversos locais, sendo necessário que ele desvende alguns quebra-cabeças e realize algumas manobras durante esse percurso para chegar até seu destino. Às vezes, mesmo que demonstre um pouco de cansaço, o nômade sempre permanece com esperança de chegar até o seu destino.
O enredo é contado da forma mais sucinta possível, sendo visto apenas em algumas esculturas realizadas em paredes ou em algumas rochas que o protagonista pode interagir e que tem algo escrito em uma língua desconhecida, que logo após a interação é traduzida para o jogador. Ele acaba se tornando algo secundário aqui, e passa despercebido pelo jogador, já que precisa de um certo foco para ser entendido.
Uma verdadeira obra de arte
Algo que é realmente impressionante em OMNO é sua arte e a trilha sonora. Mesmo minimalistas, eles conseguem realmente passar o que está na tela. As músicas que tocam durante a jornada são pacíficas e calmas, combinando totalmente com o que o gráfico e a ambientação retratam, apenas intensificando o que vivenciamos ali no momento.
Além disso, cada cenário possui sua própria fauna e flora com características próprias, como pequenos animais terrestres e grandes aves, demonstrando a criatividade e cuidado do criador ao deixar cada ambiente que o jogador passa único durante a jornada.
Um jogo interessante, mas que não se destaca
Mesmo tendo uma arte e uma trilha sonora linda e criativa, OMNO ainda carece de história e jogabilidade, já que o enredo acaba sendo raso e dificilmente chama a atenção. A jogabilidade e os enigmas são passados facilmente, deixando um jogo bonito, mas simples demais nos outros aspectos. Desse modo, OMNO não passa de uma experiência rápida e pouco memorável.
Cópia de Nintendo Switch cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong