review-poker-hands-switch-capa

Review Poker Hands (Switch) – Carta pra cá, carta pra lá

Quando 2048 foi publicado há cerca de seis anos, seu desenvolvedor Gabriele Cirulli ficou espantando com a rápida popularização do jogo. Misturando o movimento daqueles quebra-cabeças – cujo desafio é formar uma imagem – com a potenciação do número 2, o título foi jogado por um grande número de pessoas, tornando-se uma referência no gênero dos puzzles.

Poker Hands se utiliza da mesma lógica e estrutura inicial: temos um espaço de jogo no qual é necessário mover cartas para que estas sejam agrupadas. A diferença aqui vem da temática do carteado – ao invés de juntarmos números iguais, a meta é formarmos mãos de uma partida de pôquer.

Desenvolvimento: QUByte Interactive
Distribuição: QUByte Interactive
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Puzzle, Estratégia
Classificação: Livre
Português: Não
Plataformas: Switch, PC
Duração: Sem registro

Carta pra cá, carta pra lá

Jogo mostra as combinações com um toque

Os primeiros estágios mostram ao jogador quais combinações serão necessárias dali para frente. Além desses níveis tutoriais, o jogo possui um botão dedicado a mostrar as mãos de Poker em qualquer momento. Dessa forma, o título não possui nenhuma conexão mais substancial com o pôquer para além de seus símbolos.

Há, na verdade, também a existência do fator sorte principalmente nos estágios mais avançados, visto que as cartas adicionadas a cada turno são importantes para a estratégia do jogador. Porém, não temos aqui a necessidade de blefar ou até mesmo de pensar as probabilidades das cartas aparecerem.

Assim como outros games similares, Poker Hands traz diferentes “grades de jogo” em relação ao simples espaço de 2048. Alguns estágios trazem espaços bloqueados nos quais a carta não consegue passar, gerando tanto um obstáculo quanto uma possibilidade de estratégia.

Seguindo a mesma proposta, existem momentos em que esses espaços de não circulação de cartas se transformam em cemitérios temporários: cartas ou agrupamento de cartas que ali passarem serão descartados e ao fim do número indicado de descartes, o quadrado torna-se um espaço bloqueado.

Uma curta variação

Visual intuitivo

Outra proposta do título é dar objetivos para cada estágio. No início precisamos formar uma determinada mão, depois mais de uma combinação. O fim de jogo, por sua vez, se dá a partir do momento em que não há mais possibilidade de receber novas cartas no grid.

Essa proposta dá uma variação legal na comparação com 2048, mas a complexificação tem um gosto, ao fim, desnecessário. Poker Hands é relaxante e traz uma boa proposta de quebra-cabeças. Suas variações, no entanto, não geram partidas mais interessantes do que aquelas do título inspirador. Curto e acessível, o jogo é uma boa pedida para quem se interessa pelo gênero, ainda que não traga nada substancialmente empolgante. Não possui, por fim, muito em comum com pôquer para além de suas imagens.

Esta review foi feita com uma cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Bia Bock

Poker Hands

7

Nota final

7.0/10

Prós

  • Intuitivo
  • Interessante de variação do 2048
  • Bem sinalizado visualmente
  • Claro em relação às combinações de pôquer
  • Visual condizente

Contras

  • Não empolga
  • Objetivos não geram fator replay
  • Sequer tem conexões efetivas com pôquer