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Review Rift of the NecroDancer (Switch) – Toque músicas frenéticas para salvar o mundo

Rift of the NecroDancer é um ótimo e desafiador jogo de ritmo que chega agora ao Switch, após seu lançamento inicial apenas no PC.

Desenvolvimento: Brace Yourself Games, Tic Toc Games
Distribuição: Brace Yourself Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Musical
Classificação: 10 anos (violência)
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC, Switch
Duração: 4.5 horas (campanha)/10.5 horas (100%)

Voltando ao mundo do NecroDancer

Você pode usar os botões de face ou direcionais
Tela de gameplay é simples e direta

Rift of the NecroDancer é um spin-off de Crypt of the NecroDancer, jogo da mesma produtora que, além de ritmo, também mistura elementos de roguelike. Neste game, temos uma jogabilidade de ritmo mais tradicional, contando também com alguns minigames e batalhas com chefes. Monstros que escaparam pela fenda do nome do jogo começam a invadir o mundo e a protagonista Cadência deve enfrentá-los, os destruindo como notas musicais.

À primeira vista, a gameplay parece ser bem simples, com apenas três notas musicais – esquerda, cima e direita – dispostas num formato semelhante aos jogos clássicos da série Guitar Hero e tantos outros jogos musicais, com as notas num formato vertical e que vão caindo pela tela até precisarem ser tocadas ao chegar na parte de baixo. No entanto, há várias variações de jogabilidade, o que torna tudo bastante divertido e, principalmente, desafiador.

Os monstros vão te assustar

A campanha é relativamente curta
Campanha é composta por músicas, minigames, chefes e cenas de história

Os monstros se comportam de diversas maneiras diferentes, o que pode parecer bastante pesado no começo. Existem três fases de tutoriais que ensinam tudo que há no jogo. Você vai sair dessas fases sobrecarregado e com medo do que virá, mas os diferentes monstros são apresentados aos poucos durante a campanha, tanto no decorrer das fases individualmente quanto considerando a campanha em si, com os inimigos mais complexos aparecendo nas músicas mais avançadas. Cada fase também serve como tutorial em si, pois a dificuldade vai crescendo progressivamente e os monstros específicos daquela faixa vão sendo introduzidos aos poucos, principalmente se estiver aparecendo pela primeira vez no modo história.

O que muda é o comportamento de cada monstro em relação ao seu movimento até chegar a hora de ser tocado e também a reação após ser tocado. As notas – os monstros – mais básicos apenas caem verticalmente na tela, você toca o botão correspondente e fim. Porém, há diversas e criativas variações, como por exemplo: monstros que descem na diagonal (atravessando ou não de um lado para outro), que devem ser atacados duas ou três vezes, que andam em outros ritmos, que aparecem em outra posição ao serem atacados a primeira vez, entre outras variações. Toda essa diversidade na jogabilidade é o grande trunfo de Rift of the NecroDancer, sendo o principal responsável por sua jogabilidade que pode se tornar viciante.

Divertido, se você estiver disposto

Gráficos dos minigames também são ótimos
Minigames são divertidos e podem ser jogados quando se quiser

É necessário ter algo em mente: Rift of the NecroDancer é um jogo difícil. Apesar de não ser nenhum grande especialista ou profissional dos jogos de ritmo, eu geralmente consigo lidar bem com a dificuldade média, mas aqui as coisas são bastante complicadas em algumas músicas. No entanto, tudo é tão bem feito que você morre sempre pensando em tentar mais uma vez. O ritmo de cada fase e a progressão de dificuldade, tanto dentro de cada música quanto da campanha, são muito bem projetados e instigam você a tentar “apenas mais uma vez” antes de dormir.

Além das músicas em si (são algumas dezenas), temos também alguns minigames divertidos e batalhas contra chefes durante a campanha, mas que não acrescentam muito. Pacotes de DLC estão disponíveis, incluindo músicas de jogos como Super Meat Boy e Celeste. Há também um desafio diário (bastante difícil), modos de treino, tutorial de monstros e modo remix onde tudo se mistura e o desafio aumenta.

Todo o resto também é competente

Cada um deles tem um comportamento distinto, que é fácil de aprender mas difícil de lidar
Há uma boa variedade de monstros

Além da jogabilidade, todo o resto do game também é bastante refinado. Os gráficos são excelentes, com artes 2D em alta definição e animações incríveis. As músicas são de diferentes gêneros, sendo em sua maioria compostas por Danny Baranowsky (Super Meat Boy, The Binding of Isaac), contando com algumas faixas de outros autores, e todas são muito bem “traduzidas” para a jogabilidade.

Dance com os monstros

Rift of the NecroDancer é um excelente jogo de ritmo. Seu nível de dificuldade pode frustrar inicialmente, mas é mais provável que faça você querer jogar ainda mais para se superar. Excelentes gráficos e músicas completam o pacote.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Julio Pinheiro

Rift of the Necrodancer

8

Nota final

8.0/10

Prós

  • Jogabilidade variada e empolgante
  • Excelentes gráficos e animações

Contras

  • Relativamente poucas músicas
  • Chefes poderiam ser melhores