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Review Steelrising (Xbox Series X) – O rei louco

Steelrising se passa em uma Paris do século XVIII, em que a tecnologia chegou ao ápice com o surgimento de autômatos.utilizados para fazer a segurança do país. Porém, o rei acaba enlouquecendo e ordena que o seu exército de máquinas destruam todos aqueles que forem contra a sua autoridade, e um verdadeiro banho de sangue sem precedentes pinta as ruas de Paris.

E é em meio a todo esse caos que surge uma autômata independente, capaz de raciocinar e tomar decisões por si própria, livre do controle do rei louco. Então, caberá a você partir em uma missão cheia de perigos para pôr um fim em toda essa insanidade.

Desenvolvimento: Spiders
Distribuição: Nacon
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Aventura
Classificação: 14 anos
Português: Legendas e Interface
Plataformas: PC, PS5, Xbox Series X/S
Duração: 14 horas (campanha)/24 horas (100%)

História simples e pouco envolvente 

Se aprofundando na história.

A princípio, a história de Steelrising parece deveras promissora, mas, infelizmente, todo o potencial acaba por aí mesmo. Durante a nossa jornada encontramos várias pessoas que se posicionaram contra as ordens reais, e isso os transformou em alvos da fúria das máquinas assassinas da realeza. E cabe a você a tarefa de protegê-los para conseguir mais informações sobre como derrotar o rei. Pois, foi confiada a você, uma autômata capaz de falar e raciocinar, a missão de parar toda essa loucura antes que seja tarde demais.

Só é uma grande decepção que todos esses personagens que encontramos sejam completamente esquecíveis, pois, todos eles sofrem com a falta de carisma, fazendo com que seja ainda mais difícil prender a atenção do jogador. Todos os momentos de diálogos acabam sendo bastante monótonos, mesmo quando alguma informação importante está sendo debatida. E não são apenas os NPCs que sofrem com esse problema em Stellrising, a protagonista também não poderia ser mais sem graça. E acompanhá-la em busca de respostas sobre sua origem enquanto enfrenta um rei louco não poderia ser menos entediante.

Gráficos estranhos

Gráficos de nova geração? Acho que não.

Os gráficos do Steelrising definitivamente sofrem com algum problema, eles são estranhamente feios, seja a iluminação, as texturas ou os reflexos, todos esses aspectos deixam a desejar. Jogar este jogo em um console de nova geração parece um grande desperdício de poder. Na verdade, mesmo que tivesse sido lançado no início da geração passada, ele ainda deixaria a desejar.

E isso tudo é ainda mais estranho quando pensamos no último jogo da Spiders, o Greedfall, que não possui gráficos de cair o queixo, mas que conseguia entregar momentos muito bonitos, principalmente no cenário. Já o Steelrising parece um projeto inacabado, feito sem o mínimo de cuidado necessário, o que acaba sendo uma grande lástima para aqueles que aguardavam ansiosamente por esse título.

Personalização e combate

Equipando novas armas para nossa autômata.

Logo no início do jogo podemos personalizar nossa autômata da forma que preferirmos, e então, selecionar uma das classes disponíveis, e a nossa escolha vai impactar apenas no início do jogo, pois as armas iniciais são diferentes. Porém, ao decorrer da jogatina, montamos nossa build da forma que preferirmos, seja focando em força, ataques críticos, vida ou agilidade, cabe a você escolher o que parece encaixar melhor no seu estilo de combate.

Já para subirmos de nível, precisamos acumular experiência e ir até um ponto de controle para podermos upar nossos atributos. Também podemos utilizar esses mesmos pontos e alguns itens que recolhemos pelo cenário para melhorar nossas armas e nossa lata de óleo, que funciona como uma poção de vida, sendo possível reabastecê-la ao descansar em um desses vários pontos de controle espalhados pelo mapa.

Steelrising é um Soulslike, e assim como os pontos de controle se assemelham às fogueiras da franquia Souls, o seu combate também vai nessa direção. Porém, ele se inspira principalmente na jogabilidade do Bloodborne, com um combate ágil, com foco na esquiva e ataques rápidos. No qual a defesa acaba sendo deixada de lado, sendo substituída por uma postura mais agressiva, e para isso, somos agraciados com um leque de armas bem diferentes com ataques especiais únicos, assim como no próprio Bloodborne. Sendo possível utilizar desde lanças com grandes alcances até armas de fogo.

Quebra de expectativas

Como alguém que gostou muito do último jogo da Spiders, e investiu algumas dezenas de horas em uma experiência muito agradável, minhas expectativas para o Steelrising estavam consideravelmente altas. E isso tudo só serviu para que minha decepção fosse ainda maior, pois, esse novo jogo parece inferior em todos os aspectos possíveis em comparação ao seu antecessor.

Desde os gráficos, até a história e a trilha sonora, Steelrising não consegue entregar um diferencial em meio a tantos outros jogos, que são lançados a todo momento. Mas, se mesmo assim você ainda quiser experimentar o que a obra tem a lhe oferecer, recomendo fortemente que você espere por uma boa promoção, ou então, espere o jogo entrar em algum serviço de assinatura.

Cópia de Xbox Series X/S cedida pelos produtores

Revisão: Ailton Bueno

Steelrising

5.5

Nota final

5.5/10

Prós

  • Combate divertido

Contras

  • História fraca
  • Personagens sem carisma
  • Performance problemática
  • Gráficos completamente datados
  • Trilha sonora nada marcante