The Last of Us Part II Remastered capa

Review The Last of Us: Part II Remastered (PS5) – A versão definitiva que ninguém pediu

The Last of Us: Part II foi um baita de um jogo no PlayStation 4 e trouxe uma história envolvente e bastante polêmica para a época. Considerado um dos melhores jogos de todos os tempos, a versão de PS5 finalmente foi lançada, mas com pequenas melhorias tão insignificantes que a ausência dela não faria falta.

Desenvolvimento: Naughty Dog

Distribuição: Sony Interactive Entertainment

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Ação, Aventura

Classificação: 18 anos

Portugues: Dublagem, interface e legendas

Plataforma: PS5

Duração: 23 horas (campanha)

Divisor de águas

Monstros em The Last of Us Part II Remastered

Não se passou muito tempo desde o lançamento da versão original de The Last of Us: Part II para o PS4:. Menos de quatro anos, para ser mais exato. A segunda parte da história de Ellie é uma narrativa corajosa e sangrenta de vingança que nos faz trilhar um caminho difícil pelas ruas de Seattle que ainda permanece fresca na memória de muitos jogadores. No entanto, as histórias de The Last of Us muitas vezes deixam você bastante satisfeito quando termina elas. Como é o caso da maioria dos títulos first-party da Sony nos últimos cinco anos: uma vez que os créditos sobem, parece que é hora de passar para outro jogo.

Parece estranho estar jogando uma remasterização apenas quatro anos após o lançamento de um jogo e, visualmente, as melhorias são mínimas. A iluminação e as texturas são um pouco mais suaves, mas não é nada inovador, embora o suporte nativo ao 4K e as telas de carregamento quase instantâneas sejam atualizações mais perceptíveis. O desempenho também foi algo bastante notável trazendo melhorias para a taxa de quadros e influenciando diretamente no combate onde tudo fica mais fluido e sem quedas de frames, mas nada justificável.

Sem Volta

Abby na cobertura

No entanto, é o novo modo de jogo chamado de “Sem Volta” que vai te prender um pouco mais. Nele, você joga como personagens do jogo (incluindo Joel) através de um conjunto de lutas aleatórias. Em uma sessão, você pode ter que matar ondas de infectados em um resort invadido. Em outro, você ainda poderia jogar o mesmo resort, mas desta vez foi tomado por soldados da WLF. Seu único objetivo é permanecer vivo enquanto é caçado.

Complete um desses níveis e você passará para o próximo, recebendo moedas para melhorar suas habilidades e armas. Cumprir desafios desbloqueará novos personagens para próximas seções. Se morrer, todo o seu progresso será perdido. Este novo modo é mais tranquilo de se jogar, então não espere dificuldades absurdas como em Hades, mas sim uma maneira fantástica de deixar os jogadores entrarem em combate sem ter que repetir toda a campanha.

Em grande parte do jogo, você estará acompanhado

Você precisará passar muito tempo neste novo modo para desbloquear cada personagem, cada um dos quais tem uma arma inicial e habilidade única. Embora não seja tão robusto quanto, digamos, o modo roguelike gratuito de God of War Ragnarök, ele oferece cenários suficientes para retornar ao jogo depois de terminar a história.

O esforço por trás da obra

Odiar ou amar a Abby?

A Naughty Dog encheu o jogo de extras para quem já jogou o game. Por exemplo, há várias skins para desbloquear e os jogadores podem tocar guitarra livremente, além de existir  uma opção para ativar os comentários dos desenvolvedores durante o jogo.

De longe, o mais interessante são os Níveis Perdidos, nos quais vemos segmentos da campanha que não chegaram ao produto final. Cada um dos três níveis é introduzido pelo próprio Neil Druckmann, com uma justificativa de qual foi a abordagem do nível e os motivos que levaram ao seu descarte.

É uma jogada corajosa liberar jogadores em segmentos tão crus, sem diálogos e com animações meia-boca. Uma dúzia de comentários de áudio também fornecem um contexto interessante sobre o design da jogabilidade que, às vezes, revela como ambientes engenhosamente simples são montados pelos desenvolvedores.

Conclusão

Essas pequenas novidades fazem com que The Last of Us: Part II Remastered pareça mais um Director’s Cut do que uma remasterização completa. A atualização visual é boa para quem está experimentando essa história impressionante pela primeira vez, mas o jogo conta principalmente com os extras para os entusiastas. Nesse sentido, é claro, não diminui o original atemporal que um dia parou a internet. Mas como remaster é, na melhor das hipóteses, um lançamento menos controverso do que se pensava.

Cópia de PS5 cedida pelos produtores

Revisão: Júlio Pinheiro

The Last of Us: Part II

8.5

Nota Final

8.5/10

Prós

  • Jogabilidade
  • Diversão
  • História
  • Trilha sonora

Contras

  • Sem melhorias significativas
  • Bugs