Momodora: Moonlit Farewell é o quinto título da série de jogos de plataforma e o segundo no formato metroidvania, sequência do bom Momodora: Reverie Under the Moonlight, de 2016. Esse novo título evolui em relação ao anterior, entregando um ótimo jogo do gênero, com combate divertido e ótimos visuais. O jogo também serve como um fechamento para a história da série, criada pelo brasileiro rdein.
Desenvolvimento: Bombservice
Distribuição: Playism
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, aventura
Classificação: 10 anos
Português: Legendas e interface
Plataforma: PC
Duração: 7 horas (campanha)/10.5 horas (100%)
Metroidvania direto ao ponto
Momodora é um metroidvania relativamente simples, mas muito bem feito. Você possui o ataque normal para fazer combos, flechas, esquiva, pulo, corrida e pode utilizar magia para se curar. Apesar de poucas ações, elas são bem implementadas e proporcionam uma boa jogabilidade ao enfrentar os inimigos nos cenários e os chefes. Aos poucos, a protagonista Momo vai ganhando novas habilidades que te permitem explorar novas áreas do mapa, para avançar na história e coletar itens que melhoram seus atributos, como vida, magia e fôlego. Momo está em missão para salvar o seu povo, em uma história relativamente simples, mas que é legal de ser acompanhada.
Todo o repertório de batalha de Momo pode ser aprimorado com os Sinetes, que são itens que podem ser equipados e modificar os mais diversos aspectos. Você os encontra pelo cenário (com a opção de comprá-los), e equipar até cinco por vez até o final do jogo. Os Sinetes são um dos mais interessantes aspectos do game, pois permitem uma boa dose de personalização da jogabilidade de acordo com o gosto de cada jogador, podendo focar em defesa, cura, ataque de arma ou flechas, aumentar a dificuldade, entre outros. Com uma build bem montada, é possível tornar a personagem bastante poderosa, o que é necessário para os últimos chefes.
Pixelart que brilha nos olhos
Tecnicamente, o jogo é uma boa evolução em relação ao anterior, sendo apresentado em widescreen e em resoluções altas. Os gráficos pixelados são bastante bonitos, com destaque para os cenários e efeitos de iluminação, que tornam tudo muito agradável aos olhos, inclusive em telas grandes. Apesar dos relativamente poucos pixels nos personagens e inimigos, as animações são bastante fluidas e os golpes passam a sensação de impacto, complementada pelos efeitos sonoros.
Além dos cenários serem bastante bonitos, cada um deles é acompanhado por uma boa variedade de monstros para serem enfrentados, com cada parte do mapa apresentando novos inimigos, que combinam com a temática daquela área. Os adversários vão progressivamente ficando mais difíceis e costumam exigir diferentes abordagens para serem enfrentados, o que é interessante pois faz com o que o jogador não simplesmente ande passivamente pelos cenários.
Personalize a personagem
Os chefes são poucos, mas todos bem feitos. Eles exigem estratégias para serem enfrentados mesmo na dificuldade normal, apresentando um bom desafio (a menos que você quebre o jogo com alguma combinação de Sinetes). Se o desafio for alto demais, não tem problema: a dificuldade pode ser personalizada a qualquer momento, permitindo que desfrute da aventura como for mais confortável.
Uma aventura rápida mas compensadora
O jogo é maior que o anterior, mas ainda assim relativamente curto. O que não é necessariamente ruim, pois é uma aventura concisa e intensa e você pode tranquilamente passar horas jogando sem perceber o tempo passar, pois a gameplay é bastante agradável e dificilmente você se perderá no cenário, ainda que eu ache que demore um pouco para a viagem rápida ser introduzida. Um ponto negativo, porém, é que apesar de ser um metroidvania, o jogo é relativamente linear, com a exploração e backtracking não sendo tão fortes quanto em outros jogos do gênero.
Bom fechamento para a série
Momodora: Moonlit Farewell é um bom jogo, com combate divertido e jogabilidade bastante agradável no geral, tudo isso em volta de uma pixel art muito bem feita. Por fim, vale destacar que temos vários gatinhos espalhados pela vila que podem ser acariciados.
Cópia de PC cedida pelos produtores
Revisão: Julio Pinheiro