QUByte Classics: Thunderbolt Collection by PIKO_20220805114040

Review Thunderbolt Collection (PS4) – Hora de redescobrir mais um tesouro oriental

A QUByte Interactive tem feito um trabalho incessante para trazer à tona diversos clássicos obscuros para os consoles atuais, para que mais jogadores possam ter acesso a essas riquezas que, muitas vezes, ficaram restritas ao Oriente. Thunderbolt Collection traz um duo de shoot ‘em ups lançados na década de 1990 que, mesmo integrando um gênero bem farto, conseguem apresentar ótimas qualidades.

Desenvolvimento: PIKO

Distribuição: QUByte Interactive

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Arcade

Classificação: Livre

Português: Não

Plataforma: PS4, PS5, Switch, Xbox One, Xbox Series X/S

Duração: Sem registro

Tiro para TODOS os lados

Quanto mais poderoso nosso tiro, mais abrangente ele será

O pacote conta com o primeiro Thunderbolt, lançado em 1993 e com estilo 8-bit, e Thunderbolt II, de 1995 e em 16-bit. Mesmo com essa diferença entre eles, ambos seguem a mesma receita: são shoot ‘em ups verticais nos quais o jogador coleta power-ups para fortalecer suas armas, escudos e velocidades. Tudo bem típico dos jogos de “navinha”.

Um dos pontos mais diferentes da maioria (para aquela época) é que, além de existirem armas diferentes, elas têm rajadas multidirecionais, o que facilita a evasão de inimigos que podem aparecer pelas laterais ou retaguarda. Além disso, em Thunderbolt II, o piloto conta com uma barra de energia, o que o torna menos punitivo que demais títulos do gênero, que só permitiam que o jogador recebesse um tiro de dano.

O primeiro Thunderbolt tem uma mobilidade surpreendentemente boa para um jogo de quase 30 anos

Essas características tornam esta dupla bem mais digerível que diversos outros jogos da categoria, tanto antigos quanto novos. Entretanto, para quem sentir falta daquele clima mais “vintage”, Thunderbolt Collection conta com diferentes formatos e filtros de tela para dar aquele toque retrô. É possível ter tanto uma imagem que ocupa toda a dimensão do ecrã, quanto uma disposição com cantos arredondados, tela curva e scanlines, no melhor estilo TV de tubo. Por fim, é possível remapear os botões, para colocar os comandos onde mais lhe agradar.

O compilado segue bem os padrões que a publisher vem estabelecendo para os outros clássicos da sua cartilha, e isso funciona para o bem e para o mal. Se por um lado temos uma ótima emulação e uma gama de opções satisfatória, ainda é um certo pecado trazer um título desses sem uma espécie de galeria ou memorabília para apresentá-lo melhor para o público geral; afinal, é uma série que já tem seus quase 30 anos de vida.

Em Thunderbolt II, temos uma barra de energia, o que nos dá a oportunidade de tentar sobreviver mesmo depois de sermos atingidos

Outro carinho que poderia ter sido incluído é de uma abertura desenhada, a exemplo do que foi muito bem executado em Jim Power: The Lost Dimension Collection. Não é algo que seja um problema de fato, mas também não faria mal ter esse “agrado”.

Prazer em te conhecer finalmente

O Ocidente pode ter demorado todo esse tempo para finalmente jogar (por meios legais) a série Thunderbolt, e por mais que possa ser “só mais um jogo de navinha”, Thunderbolt Collection é uma indicação bastante justa e barata para quem quer algo mais clássico e que não seja tão punitivo à exemplo de outros titãs da categoria, como de R-Type, Darius, Vasara e Raiden.

Cópia de PS4 cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Thunderbolt Collection

7.5

Nota Final

7.5/10

Prós

  • Jogabilidade simples
  • Nível de dificuldade bastante convidativo para novatos
  • Diversos filtros de tela para dar um charme nostálgico

Contras

  • Poderia ter uma galeria para conhecer melhor o jogo
  • Seria legal ter uma abertura animada, que nem outros títulos ganharam