Tiny Terry’s Turbo Trip é um daqueles jogos que à primeira vista parecem uma piada — e, de certa forma, são. O título aposta em um humor nonsense, diálogos esquisitos e situações absurdas para criar sua identidade. Jogando no Switch, percebi rapidamente que o game não se leva a sério, mas é justamente isso que faz com que ele conquiste.
Desenvolvimento: Snekflat
Distribuição: Super Rare Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Aventura
Classificação: 12 anos (Violência Fantasiosa, Atividades Ilícitas, Temas Sugestivos)
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC, Switch, PS5, Xbox Series X|S
Duração: 4 horas (campanha)/7 horas (100%)
Um mundo bizarro e divertido
Aqui, você controla Terry, um jovem excêntrico que sonha em deixar sua pequena cidade para alcançar o espaço. Para isso, ele resolve ganhar dinheiro, explorar a cidade e transformar seu carro em uma verdadeira máquina turbinada capaz de levá-lo até as estrelas.
O que mais chama atenção em Tiny Terry’s Turbo Trip é seu tom cômico. Os diálogos são sem sentido, mas extremamente engraçados, garantindo boas risadas a cada interação. Essa atmosfera é reforçada pela direção de arte peculiar, que mistura simplicidade com originalidade, passando sempre uma sensação de autenticidade.
Exploração e liberdade
O jogo oferece uma cidade semiaberta para explorar, repleta de missões secundárias que variam de pequenas tarefas a pedidos inusitados. Essa diversidade ajuda a evitar que a experiência se torne cansativa demais. Dirigir seu táxi pela cidade é um dos pontos altos: você pode personalizá-lo, adicionar melhorias, o que dá um sabor extra à jogabilidade.
Entre todos os elementos, o humor bizarro é o maior destaque. A cada conversa com NPCs, o jogo aposta em diálogos sem sentido, mas hilários, que viram rapidamente a marca registrada da experiência. É isso que diferencia Tiny Terry’s Turbo Trip de outros indies urbanos: ele não tenta ser sério em nenhum momento.
Os maiores problemas
Infelizmente, a versão do Switch sofre. O jogo roda em baixa resolução, com serrilhados e um aspecto visual turvo que prejudicam a nitidez da arte. Além disso, a performance oscila, com quedas ocasionais que atrapalham a fluidez da exploração. Não é exatamente culpa do jogo, que brilha em outros consoles, mas sim da limitação do hardware do Switch.
Apesar das variações de missões, muitas delas acabam caindo no mesmo padrão de “pegue isso, leve até lá, fale com esse NPC”. Depois de algumas horas, a repetição se torna evidente, tirando um pouco do impacto inicial da liberdade que o jogo oferece.
Engraçado e bizarro
Tiny Terry’s Turbo Trip no Switch é uma experiência divertida e autêntica, com um humor absurdo que garante boas risadas e um mundo semiaberto cheio de tarefas para realizar. Fora isso, ele recompensa a curiosidade e exploração com itens e dinheiro. Infelizmente, o game sofre com problemas técnicos no console da Nintendo e não consegue escapar totalmente da repetição estrutural de muitas missões. Ainda assim, para quem curte jogos estranhos, engraçados e criativos, vale a pena dar uma volta nesse táxi maluco.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
