torn-tales-capa

Review Torn Tales: Rebound Edition (Switch) – Uma mistura de contos de fadas com Diablo

Depois que o megahit Diablo apareceu no mercado, diversas empresas correram para criar um jogo parecido e então tentar tirar uma casquinha dessa fórmula e, assim, ganhar uns trocados. A desenvolvedora Chilled Mouse pegou a receita criada pela Blizzard e, para dar seu toque de originalidade, misturou tudo com personagens vindos dos contos de fadas, criando assim Torn Tales: Rebound Edition, mas o resultado foi muito aquém do que poderia ser feito.

Desenvolvimento: Chilled Mouse

Distribuição: Silesia Games

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Aventura, Ação, Estratégia, RPG

Classificação: 12 anos

Português: Não

Plataformas: Switch, PC

Duração: Sem Registro

Um mundo de Conto de fadas

Imagem da gameplay de Torn Tales Rebound Edition
A imagem acima resume bem a jogatina de Torn Tales: Rebound Edition

Todos os personagens jogáveis de Torn Tales são provenientes dos contos de fadas. O jogador poderá alternar entre o arqueiro Robin Hood, a princesa Branca de Neves e o Dr. Jekyll, sendo que cada um deles possui características próprias. Hood pode detonar adversários usando seu famoso arco, para combate à distância, e uma espada, para o embate corporal. Branca é a maga do grupo e o Dr. Jekyll pode ir alternando, depois de ganhar algumas habilidades, entre humano e monstro, e assim distribuir bordoadas em cima de hordas de adversários.

Cada um deles tem suas próprias particularidades e velocidades diferentes de uso, de acordo com a minha jogatina, e me diverti mais jogando com o Robin Hood, já que é possível equilibrar entre ataques longos e curtos. Enquanto controlamos um, os outros dois partem para a briga, e ajudam razoavelmente bem durante as lutas. Além disso, é possível alternar entre eles, e assim utilizar ao máximo a capacidade de cada um. 

A história é contada através de páginas de um livro e dividida por capítulos com algumas missões extras no meio. O roteiro de Torn Tales: Rebound Edition mistura diversos universos de contos de fadas, mas preciso confessar que ele me chamou pouquíssima atenção. Apesar de existir uma dublagem, os atores tentam dar entonações diferente na voz que chegam ao ponto de serem constrangedoras.

Mapa plano e tudo meio chato

Imagem de um dos mapas de Torn Tales: Rebound Edition
O jogador pode alternar entre os heróis a hora que desejar.

Ao tentar copiar a fórmula de Diablo, a desenvolvedora Chilled Mouse esqueceu de copiar uma das principais coisas: um mundo divertido e explorável. Em Torn Tales, passamos muito tempo andando em mapas formados basicamente por linhas retas, com algumas poucas curvas, que eventualmente nos encaminham para um inimigo mais poderoso. É quase como um eterno caminhar por mapas e mais mapas que levam para o próximo inimigo, às vezes podemos encontrar baús perdidos, mas, não sei, não me sentia instigado a continuar.

Fora o visual, que é bastante ultrapassado, não há nada em Torn Tales: Rebound Edition que chame muita atenção. Mesmo os personagens principais parecem genéricos, e os inimigos são totalmente esquecíveis. Nem a parte em que a história do jogo é contada é marcante, e tudo parece um gigantesco mais do mesmo.

A trilha sonora me soa também bastante genérica, lembrando aquelas músicas vistas em jogos de celulares, mais especificamente naquelas propagandas chatas vistas em alguns deles. Isso me fez apreciar menos ainda as canções presentes no game. Até o som das espadas, magias e grunhidos dos inimigos não é marcante. Acredito que as coisas poderiam ter sido mais bem feitas.

Conclusão

Torn Tales: Rebound Edition, da Chilled Mouse, tenta copiar elementos de Diablo, mas não executa bem sua função. Os gráficos estão ultrapassados e os cenários não são nada marcantes, além de que poderiam ser mais bem feitos. Me parece que falta polimento em suas mecânicas, o que transforma a experiência com o game em algo arrastado e não muito divertido.

A ideia de usar contos de fadas foi interessante, e a mistura tinha tudo para ser bem legal, mas a forma utilizada para contar a história não foi tão bem executada. O combate é arrastado e muitas das vezes se resume em esmagar botões e fugir de adversários, e com algumas mudanças poderia ser muito melhor. Resumindo, Torn Tales: Rebound Edition não é nenhuma obra prima, mas, com alguma paciência e boa vontade, pode entreter por algum tempo.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Torn Tales: Rebound Edition

6.5

Nota Final

6.5/10

Prós

  • Ideia interessante de misturar o mundo dos contos de fadas com Diablo

Contras

  • Execução poderia ser melhor
  • Desenvolvimento enrolado da história
  • Mapa com pouca coisa para explorar