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Review Towerfall (Switch) – A maravilha do casual

Towerfall é um lindíssimo jogo de visuais 16bit – com vários quadros de animação – da mesma empresa responsável pelo famoso Celeste.

Vindo originalmente do falecido console que rodava Android, o famoso Ouya, o jogo da Matt Makes Games se apoia numa proposta mais arcade com foco no multiplayer, plataforma e jogatinas descompromissadas.

Desenvolvimento: Matt Makes Games
Edição: Matt Makes Games
Jogadores: 1-6 (local)
Gênero: Party, Multiplayer, Plataforma, Ação e Luta
Classificação indicativa: Livre
Português: Não
Plataformas:  PC, PS4, Xbox One e Switch
Duração: 3.5 horas (campanha)/ 20 horas (100%)

Planejamento é tudo

Apesar do objetivo por aqui ser claramente a diversão em mais de uma pessoa, é totalmente possível aproveitar bastante jogando o single player. Towerfall é um jogo de partidas rápidas, cada uma delas durando menos do que cerca de 5 minutos.

Mesmo com uma aparente simplicidade na abordagem como um todo, as mecânicas exigem um nível mínimo de estratégia e reflexos.

Eu mesmo passei várias e várias fases sem ter alguém para me acompanhar, e mesmo assim senti um grande estímulo para tentar novamente após cada morte. Ou seguir em frente para saber o que o próximo desafio me guardava.

Atira e pega de volta

As mecânicas centrais do jogo são bem diretas: você mata todos os inimigos do cenário e avança para a próxima fase no portal que surgirá no centro da mesma (isso no modo padrão). Mas o desafio maior fica por conta dos monstros e inimigos que vão surgindo nos locais.

Cada ameaça tem uma habilidade diferente, portanto é sempre necessário ficar de olho em padrões dos ataques para se esquivar e acertar no melhor ângulo possível.

Uma sacada bacana é que suas flechas, uma vez atiradas, ficam presas nas paredes onde foram acertadas. Por isso você pode ir em cada uma delas e pegar novamente, retomando sua munição. Porém, existem certos inimigos que podem pegar suas flechas e usá-las contra você.

Mais uma vez: é necessário ter bons reflexos e planejamento em vez de sair pulando para reaver sua munição “no desespero”.

Os vários mocinhos (e mocinhas)

Existe uma quantidade relativamente grande de personagens disponíveis em Towerfall. Melhor ainda é você perceber que cada um deles tem uma variação de si mesmo, então facilmente você encontrará alguém com quem mais se identifique.

Apesar disso, não há habilidades ou características diferentes. Todos eles possuem os mesmos padrões de movimentação, ataque, esquiva e agarrão na borda das plataformas.

Inicialmente recebemos uma quantidade limitada de flechas para enfrentar os inimigos, cujo número pode se expandir se recolhido um certo item na arena.

Durante as fases também surgem munições diferentes para seu arco. Mas preste atenção, já que alguns tipos de ataques podem te matar se ricochetearem na parede e vierem em sua direção. Sua morte também é certeira caso a flecha caia em sua cabeça de uma altura muito grande.

Além dos modificadores para seu tiro, também é possível adquirir itens de apoio nas arenas para ter uma “segunda chance”, como o próprio escudo que permite levar dois pontos de dano, uma bota de velocidade e um pulo duplo.

No fim das contas, o principal fator de diversão fica sendo acertar o ângulo e ver que seu tiro foi diretamente no inimigo. É claro que existe um leve auxílio por parte do jogo neste quesito, mas nada que impeça a sensação de realização durante esta façanha.

Fator replay

Towerfall é um jogo de longa duração. São vários mundos para explorar e, dependendo do modo, cada um destes mundos possuem cerca de 3 subfases cada. Todos os cenários são estruturalmente parecidos, mas os inimigos e o level design sempre será diferente, além de uma combinação dos elementos gerais do jogo.

Já em relação às modalidades, o jogo oferece o versus, o coop e o trials. Nesta versão para o Switch, temos suporte ao modo para até 6 jogadores – e joycons destacados na horizontal.

Em versus, temos o standard e o 6 players, ambos com possibilidade de variações nas regras, itens que surgirão no cenário, etc. Em coop existe o Dark World, um tipo de modo horda com chefão final e possibilidade de começar a fase com itens modificadores, e o Quest, outro horda focado em ondas de inimigos, para até 2 players.

Mesmo com tantos modos, todos são uma forma de variação não tão grande do cerne do jogo. Porém, talvez você sinta um bom nível de compensação ao notar que existem desbloqueáveis para dar uma sobrevida ao jogo.

Aquele jogo de festa

Towerfall é um pacote de diversão certeira para jogar com grupos de amigos. Apesar de ser bem melhor se experienciado com outras pessoas, o single player não faz feio e sustenta a jogabilidade.

De qualquer forma, é notável o esforço que o jogo faz para variar em suas mecânicas – mesmo que o resultado final não seja tão amplo.

Esta review foi feita com uma cópia de Switch cedida pelos produtores

Towerfall

9

Nota final

9.0/10

Prós

  • Controles responsivos
  • Visuais lindos
  • Suporte para 6 pessoas
  • Muitos personagens
  • Bastante conteúdo

Contras

  • Faltou um online
  • Modos não variam tanto