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Review Townsmen: A Kingdom Rebuilt (Switch) – Gerencie uma cidade medieval

A Handy Games fez um trabalho incrível no mais recente jogo da série Townsmen. O simulador de cidade da idade média é simplesmente magnífico. Cada segundo avançando em suas missões é uma diversão agradável, e a sensação de dever cumprido e progresso são absurdas.

Confesso que esperava bem menos, ainda mais por já termos vários jogos do gênero simulador e estratégia em tempo real para o Switch, principalmente com o estilo voltado para o 3D. Mas o que me fez gostar tanto deste jogo?

Desenvolvimento: HandyGames
Edição: HandyGames
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Estratégia, Simulador
Classificação indicativa: Livre
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC, Xbox One, PS4 e Switch
Duração: Sem registros

O poder está em suas mãos

Jogar Townsmen é bastante recompensador. A liberdade de gerenciar seus recursos da forma que bem entender, até mesmo durante a campanha, traz um grande sentimento de poder.

Você pode gerenciar de coisa básicas, como a quantidade de trabalhadores numa construção, até fatores que exigem mais detalhes, como o que exatamente um trabalhador irá produzir ou quanto de imposto a população vai pagar ao reino. Simples, não? Mas lembre-se que toda ação tem uma reação, e em Townsmen suas decisões como gerenciador terão consequências diretas.

Também é bom que você fique atento aos pedidos dos cidadãos para que eles não se decepcionem com seu modo de agir. Porém, saiba que a cada desejo cumprido, uma recompensa lhe será dada.

Aprenda enquanto joga

Além da história principal que mostra ao jogador eventos interessantes enquanto ensina como o jogo funciona, existe uma forma de praticar no cenário que você quiser infinitamente. O famoso modo livre é muito bem vindo, e sempre traz uma longevidade aos jogos deste gênero.

O fácil acesso para gravar seu progresso em um slot qualquer e criar pontos de restauração é algo digno de elogio, já que em algum momento você pode cometer erros graves ou apenas querer realizar testes para masterizar Townsmen, e provavelmente não gostaria de ter que reiniciar o cenário completamente.

Infelizmente o jogo foi projetado para ser completamente offline, mas confesso que seria interessante experienciar sua jogabilidade com amigos no online, ao mesmo tempo que fico curioso para saber como isso seria executado já que o jogo funciona muito bem como single player – não é uma crítica, apenas uma curiosidade pessoal.

O 2D ainda funciona

Talvez exista um leve preconceito aos jogos 2D hoje em dia já que temos um mundo dos games praticamente dominado por visuais tridimensionais, os gráficos de Townsmen em geral são muito bem feitos e o jogo possui uma direção de arte excelente.

Os sons e músicas foram feitos com precisão em relação ao período onde se passa a história, e tudo casa perfeitamente com a ambientação que o jogo propõe. São músicas que irão te fazer lembrar provavelmente de algum filme de época.

Imperfeições

Mesmo com tanta excelência, o jogo opta por te fazer consultar em excesso o manual em vez de trazer instruções junto às necessidades. Por um exemplo: uma alfaiataria está precisando de lã para produzir tecidos, porém não diz algo do gênero “coloque os fazendeiros para produzir lã através das ovelhas” e vice-versa.

Depois que você pega o jeito ao jogar a campanha, tudo fica mais automático. Mas até você entender como o jogo funciona, muitas aberturas do manual serão feitas. Acredito que decisões melhores de game design fariam o ritmo do jogo fluir bem melhor, e evitaria que o jogador tivesse que ir ao menu várias vezes para ler textos e mais textos. Resumindo, o jogo não se preocupa em ser tão intuitivo.

Outra coisa que senti falta foi as notificações mais aparentes. Quando o mercador chega no castelo para comercializar recursos com seu reino, não existe um aviso escrachado nem nada que indique isso. Você precisa ficar atento ao evento que consta como um temporizador ao lado superior direito da tela.

Certos indicadores visuais do jogo também apenas dizem o que você precisa fazer, mas não exatamente como isso deve ser feito. Não digo sobre pegar na mão do jogador, mas para o auxiliar a fim de completar a tarefa sem que ele fique perdendo tempo adivinhando como algo funciona.

Por fim, o calcanhar de Aquiles de Townsmen fica por conta de não possibilitar pausar a simulação (a jogatina em si) para gerenciar com calma, o que vai diretamente na contramão de seu elogio em relação ao modo acelerado.

Para fãs de simulação e idade média

Townsmen: A Kingdom Rebuilt é um jogo absolutamente divertido. Apesar da curva de aprendizado ser um pouco demorada e exigir bastante consulta ao manual inicialmente, basta pegar o jeito e ser feliz. Muitos recursos contidos no jogo – como o modo acelerado – me cativaram de cara, portanto facilmente indico ele para qualquer pessoa que adora gerenciar recursos, cidades e seus habitantes de forma um pouco mais detalhada. Aliás, um importante aviso: o DLC The Seaside Empire não vem incluso em algumas plataformas.

Este review foi feito usando uma cópia para Switch cedida pela Handy Games

Townsmen: A Kingdom Rebuilt

8

Nota final

8.0/10

Prós

  • Visuais bem feitos
  • Gerenciamento de boa profunidade
  • Função de aceleração
  • Modo livre

Contras

  • Interface meio confusa
  • Curva de aprendizado demorada
  • Muita propaganda do DLC
  • Não pode pausar a simulação