Pegando emprestado peças de um jogo que conhecemos muito bem, Tetris, Tricky Towers traz uma jogabilidade genial que utiliza física, percepção e bastante velocidade de pensamento. Aqui, precisamos posicionar muito bem nossas peças, encaixá-las umas nas outras de forma a encontrar o equilíbrio perfeito e alcançar os céus – ou evitar um raio solar.
Desenvolvimento: WeirdBeard
Distribuição: WeirdBeard
Jogadores: 1-4 (local e online)
Gênero: Puzzle, Party
Classificação: Livre
Português: Interface e legendas
Plataformas: PC, PS4, Xbox One, Switch
Duração: 8 horas (campanha)/20 horas (100%)
Puzzle com elementos arcade
Tricky Tower é um puzzle com peças de Tetris em que controlamos personagens fofinhos semelhantes a pequenos magos, com cajados que podem conjurar feitiços recebidos durante a partida a fim de tomar vantagem para si ou prejudicar o adversário. Tudo acontece enquanto uma divertida música de fundo toca, e os personagens começam até mesmo a cantarolar ao som da melodia. O objetivo é variado e apresentado de acordo com a fase, sendo distribuído em três estilos. No menu principal existe o modo Trials e o Endless, ambos para serem jogados em uma só pessoa.
No Trials, enfrentamos desafios fase-a-fase, com formas variadas de jogos e objetivos distintos. Alguns exigem sua competência em alcançar um ponto bem alto estipulado visualmente por uma faixa de linha de chegada no cenário. No modo chamado Race, a vitória vem ao chegar ali antes do tempo se acabar; enquanto o Puzzle faz necessário evitar encostar as peças em um raio laser emitido em cima de sua plataforma de montagem da sua torre, colocando todas em uma perfeita posição abaixo desse raio. Outro chamado Survival testa a paciência do jogador ao pedir que todas as peças fiquem posicionadas sem que nenhuma sequer seja perdida e derrubada.
Todos estes modos podem ser jogados em até quatro pessoas no mesmo console, com disputas que vão desde o nível mais fácil até o especial, que traz ações do cenário para estragar ou beneficiar sua estratégia. Itens que simbolizam magias brancas e magias negras aparecem constantemente no cenário, fazendo o jogador ter a chance de ser agraciado com um feitiço cria uma sólida plataforma flutuante para você, por exemplo, ou um outro que consegue lançar um azar em seu adversário com peças que escorregam ou peças gigantes que atrapalham o posicionamento de forma geral. Esses feitiços podem ser colocados em espera para serem usados no momento que vier a calhar, o que te faz observar o adversário enquanto faz sua própria estratégia.
O Trials se divide em etapas com grupos diferentes de dificuldade, iniciando pelo Rookie e Apprentice, até chegarmos no Pro, Expert e Master. Cada uma dessas seções apresenta níveis de dificuldade diferentes e um CPU mais agressivo que procura nos sabotar o tempo todo com feitiços para atrapalhar a construção da torre.
Multiplayer local e online, o que é raro de se ver
As configurações do modo local também são bem variadas e permitem campeonatos curtos, com a vitória dada ao primeiro que marcar 6 pontos, campeonato grande com 12 pontos para estipular o vencedor, e o super campeonato que exige 18 pontos para ser finalizado. Por fim, existe um Endless no single player que permite jogarmos até cansar ou sobrevivermos, a fim de colocar nosso nome e respectiva pontuação no placar mundial, caso entremos para alguma posição ali.
O online também se faz presente por aqui e funciona surpreendente bem. Não podemos criar salas públicas ou pesquisar as existentes, o que é bem chato, mas existe uma forma de buscarmos campeonatos e salas públicas criadas, o que combina dois jogadores ou mais que estão procurando alguma sala ao mesmo tempo. Mesmo assim, é bem ruim não saber se existem salas criadas para podermos decidir em qual delas iremos entrar, dependendo do estilo de jogo que mais nos agrada, por exemplo. Fora isso, é possível criar salas privadas para amigos, convidando-os através de um código ou simplesmente mandando um convite utilizando o recurso do próprio sistema do Switch. Não experienciei lags nem input delays mesmo jogando com pessoas de diferentes países, o que é notável e bastante digno de existir em um game como esse – considerando que trata-se de um indie.
Magicamente divertido
Por fim, Tricky Towers possui microtransações, mas felizmente nada que vá implicar em como você o joga. O conteúdo extra traz apenas skins diferentes para as peças que usamos durante as partidas, então, nada de errado a ser criticado. O multiplayer online funciona de maneira espetacular, sem lag mesmo com pessoas que moram do outro lado do mundo, então vale a pena destacar esse fato caso você queira adquirir o jogo para se divertir com amigos na internet.
Tricky Towers é diferente de uma maneira bem familiar, por conta de suas peças. Seus vários modos de jogo são bem pensados, executados e divertidos. Porém, alguma atualização visual precisa ser feita para que possamos enxergar os quadrados com grades, para assim ficar mais claro ao posicionarmos uma peça na torre. Com isso, ficaria melhor em entender onde exatamente estamos colocando os blocos, o que é bem necessário considerando que a física é uma peça – sem trocadilhos – fundamental aqui.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Revisão: Kiefer Kawakami