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Review Valfaris (Switch) – Um quase-metroidvania com Heavy Metal

Talvez você não conheça o jogo Slain: Back From Hell, desenvolvido pela Steel Mantis, onde você controla um maluco com cara de rockeiro que tem poder para destruir tudo que vê pelo caminho num mundo com inspirações em tempos góticos. Seguindo uma linha parecida com título citado, o estúdio lançou Valfaris, cheio de elementos metroidvania, com temática espacial somado a muito heavy metal. A sua maior característica, que não o faz encaixar plenamente no gênero que mistura Metroid e Castlevania, é a ausência de backtracking – o que causa alívio em muita gente.

Ano: 2019
Jogadores: 1
Gênero: Ação, Arcade, Plataforma
Classificação indicativa:
14 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC, Xbox One, PS4 e Switch
Duração: 7 horas (campanha) / 13 horas (100%)

Quebrando tudo ao som de guitarras

Para quem gosta do estilo musical, Valfaris consegue trazer várias brincadeiras com nome de fases ou armas – um verdadeiro fan-service para os amantes do heavy metal. Além disso, o compositor da trilha sonora é o ex-guitarrista dos Celtic Frost, Curt Victor Bryant – desconheço, mas fica a menção. No jogo você controla o personagem de nome Therion, cuja missão é voltar ao seu antigo lar, que dá nome ao jogo, e descobrir o que raios está havendo por lá depois do lugar ter desaparecido e reaparecido misteriosamente.

Nesta imagem o jogo está sem o filtro CRT (TV de tubo)

O planeta virou um local repleto de criaturas grotescas e demoníacas, e Therion precisa sentar o tiro e a espada em todo mundo que passar pelo seu caminho. Valfaris é dotado de um grande visual por conta do local onde se passa o jogo, então é normal encontrarmos cenários e inimigos com um design único e acima da média. Além disso, os efeitos de luz e sombra são muito bem trabalhados e valorizam os gráficos 2D.

Variedade, domínio e perseverança

Um dos pontos fortes em Valfaris é o vasto arsenal de armas. Você até pode usar sua espada laser como uma opção de ataque de curte alcance, mas o foco do jogo claramente é te permitir usar uma grande variedade de armamentos brutais – espirrando sangue pra todo lado.

A dificuldade do jogo não é baixa, fazendo com que você diversas vezes e tente passar algumas fases na base da tentativa e erro. Apesar disso, nada que seja impossível ou que te dê vontade de jogar o controle na parede.

Aliás, caso você consiga entender e chegue a dominar as responsivas mecânicas do jogo – tiro com armas, ataque físico, escudo para ricochetear projéteis e etc -, a sensação de poder e recompensa é bem grande, tornando a trajetória uma experiência prazerosa – mas não saia correndo e atirando de forma inconsequente, aqui não é Metal Slug.

Upgrades ou continues

No jogo, os checkpoints deixam o poder de escolha na mão do jogar: você pode usar seus Ídolos (principal item coletável) para criar um ponto de ressureição, ou transformar eles em Metais de Sangue posteriormente (adquirido durante as fases) para melhorar seu equipamento. Então vai de cada um avaliar o que compensa mais: cada escolha, uma renúncia.

Vale a pena ou não

Apesar de um título bem competente, Valfaris não traz nada que já não tenhamos visto. Se você espera algo grandioso, espetacular e que vá revolucionar o gênero de plataforma com algum aspecto único, pode esquecer. O correto aqui é ter em mente que o que te espera é um bom jogo com bastante violência e sangue – crianças, fiquem longe -, mas nada extremamente memorável ou de “outro mundo” – esse último talvez.

Prós

  • Direção de arte
  • Músicas
  • Variedade de armas
  • Escolha na mão do jogador

Contras

  • O jogo não tenta arriscar em nada
  • Às vezes mirar em alguém se torna difícil

Este review foi feito usando uma cópia para Switch cedida pela Big Sugar Games