Weakwood Throne capa

Review WeakWood Throne (Switch) – As aparências enganam

Quando “bati” o olho em algumas imagens do jogo, pensei “nossa, deve ser um RPG indie, extremamente divertido e simples ao mesmo tempo”. Bom, pra mim, essa não é uma ambição muito grande, tendo que, hoje, jogos indies conseguem ser bem divertidos e cativantes, mas não é nada disso que WeakWood Throne nos oferece.

Desenvolvimento: Waterxmelon
Distribuição: Drageus Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, RPG
Classificação: 10 anos
Português: Não
Plataforma: Switch e PC
Duração: 3.5 horas (100%)

O Começo resume tudo

Pegue o graveto

Essa é minha primeira experiência com review de jogos, e quando estava baixando o game, me perguntei “por onde devo começar?”. Acho que os produtores de WeakWood Throne se perguntaram a mesma coisa quando decidiram fazê-lo, mas não conseguiram encontrar um senso comum de como começar o jogo.

WeakWood Throne inicia sem te dar explicação nenhuma do que está acontecendo, nem de quem você é e nem mesmo do que precisa fazer. O protagonista é simplesmente jogado numa ilha, e é dito “pegue este graveto”, o qual se torna sua primeira arma e…. é basicamente isso.

Peguei o Graveto, o que eu faço?

Aventure-se

Depois de conseguir o graveto, você avança pelo cenário e encontra seus primeiros inimigos, e com isso é apresentando ao combate, que era supostamente pra ser bem legal – mas já falo disso. Pelo mapa você encontra um NPC ou outro que não te falam absolutamente nada, e no máximo te dão algum objetivo para fazer.

Dizer que o jogo não tem nenhum objetivo seria muito extremo, pois você tem algumas missões para realizar. Vá para a área “X”, mate os inimigos e colete os itens, encontre o item “Y” e entregue ao NPC que solicitou, entre outras missões que existem em um jogo normal. Seria apenas uma sidequest banal na concorrência, mas aqui em WeakWood Throne acaba sendo tudo o que ele tem para nos oferecer.

É bem triste que algo com um visual tão interessante não consiga te entregar o mínimo de diversão. Além de não ter história e nem objetivos, o jogo não consegue nem ser divertido, e é realmente uma luta jogá-lo sem pensar “nossa, vou jogar outra coisa.”. E por falar em luta, já que temos nossa poderosa arma (o graveto) em mãos, vamos ao combate!

Era pra ser legal

Exploração

O combate, que precisava ser o ponto forte e foco geral, acabou sendo mais um de seus fracassos. Além de não apresentar nenhuma história e nem mesmo um nome para seu humilde personagem, o jogo apresenta um combate com uma mecânica no mínimo estranha. Para golpear um inimigo, além do botão de ataque, você tem de direcionar o analógico direito para a direção do inimigo. Parece simples, mas eles conseguiram tornar isso uma tarefa maçante e frustrante. Isso porque, quando tenta golpear alguém, o personagem se move de forma estranha e você acaba por errar ataques e recebe danos desnecessários.

Conforme você vai derrotando os inimigos, a árdua tarefa de combater acaba ficando mais simples, afinal você fica mais forte “upando” seus níveis e melhorando seus atributos. Além de utilizar ataques físicos, você também pode atacar com magias e se esquivar. Este botão de esquiva serve também para usar um skate para se movimentar mais rápido e fugir de um lugar com muitos inimigos. É, isso mesmo que você leu: UM SKATE.

Conclusão

Com uma campanha que dura cerca de 3 a 4 horas (se você suportar jogar tudo isso), WeakWood Throne, pra mim, é totalmente dispensável na coleção de qualquer um. Como ele não tem história, seria ideal para presentear aquele seu priminho ou irmãozinho que não sabe ler inglês e se atrai por imagens bonitinhas, mas chega a ser difícil até mesmo para uma criança jogar, então… gaste seus 6 dólares com outra coisa!

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong