Em World Soccer Strikers ‘91 vemos um jeito novo de jogar o esporte bretão, que, segundo os desenvolvedores, é baseado em física fantasiosa, o que dá ao game uma jogabilidade rápida e deixa os matches sempre uma bagunça. Pode parecer interessante, até para aqueles que não gostam do esporte, mas, na verdade, é somente enervante.
Desenvolvimento: Bipolar Dawn
Distribuição: Meteorbyte Studios
Jogadores: 1-4 (local)
Gênero: Esporte, Arcade
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface.
Plataforma: PS4, Xbox One, PC, Switch
Duração: Sem Registros
Simplicidade e bom humor
World Soccer Strikers ‘91 vem numa onda de títulos arcades de futebol que tem surgido na cena independente, como Super Soccer Blast e Golazo!. Assim como os jogos citados, ele apela para uma gameplay super descompromissada e, assim como Golazo!, evoca o estilo de games antigos. Nesta obra, viajamos no tempo até a geração do NES e participamos de partidas super estilizadas, com uma trilha sonora que marca o jogo e que também é uma homenagem às OST da época de Nintendo World Cup do Famicom, mas não de uma boa maneira.
No título da Bipolar Dawn, encontramos várias referências a publicidades, antigas e novas, e a “equipes consagradas”. Você por acaso conhece o Olympique de Mayonnaise ou Occasionally United? Bem, acho que apenas aqueles que jogaram World Soccer Strikers ‘91 conheceram, e, apesar do bom humor e da boa intenção,essas pessoas provavelmente gostariam de poder esquecer.
Uma bagunça generalizada
Com a premissa de ser uma homenagem aos jogos de futebol dos anos 80 e 90, o game tenta recriar uma jogabilidade mais próxima daqueles jogos de antigamente, porém, o que ele faz é terrível. Obras como o Nintendo World Cup eram divertidas, intuitivas e, se apresentavam alguns problemas, era por conta da limitação técnica daquela época. Em World Soccer Strikers ‘91 o que vemos é uma bagunça, com a desculpa de ser algo baseado em física e que teria por objetivo homenagear as obras de arcade. A gameplay é terrível e é super difícil conseguir se acostumar. A bola não cola no pé dos jogadores, fazendo tudo ser manual e quase impossível de controlar. Ganhar os matches em World Soccer Strikers ‘91 depende muito mais da sorte do que da sua habilidade ou tática, devido aos controles difíceis e à IA sem inteligência.
O título nos dá três modalidades de jogo: partida rápida, torneio e liga. Na partida rápida, temos um amistoso sem muita burocracia; na liga, controlamos um time num campeonato de pontos corridos durante algumas rodadas; no modo torneio, controlamos as 16 equipes (não dá pra escolher uma só) até a partida final em busca da taça.
World Soccer Strikers ‘91 apresenta um sistema de conquistas internas, que precisam ser completadas para desbloquear mais equipes, e são desafios como: “ganhe um jogo com um time inglês” ou “vença uma partida sem tomar gols”, etc. Apesar de interessante, tudo isso é ofuscado pela jogabilidade mal organizada e estranha.
Um carrinho por trás.
Lembro de ter contato com os jogos de futebol a partir do FIFA 98, mas um título spin-off de Kunio-Kun pra Famicom, chamado Nintendo World Cup, ficou bastante gravado na minha memória. Mesmo com gráficos e jogabilidade limitadas pela época, me diverti bastante com aquele game que, além de intuitivo, ao ponto de uma criança de 7 anos aprender, me dava um sentimento de evolução a cada partida. World Soccer Strikers ‘91 diz homenagear jogos como este, mas o que ele faz é uma afronta e um insulto a esses clássicos.
World Soccer Strikers ‘91, apesar de engraçadinho e colorido, é uma total bagunça quando falamos em jogabilidade, e isso num jogo de esportes é crucial. Infelizmente, o que era pra ser uma homenagem aos conceituados títulos de arcade do esporte mais popular do mundo, se tornou um insulto. O game é frustrante, como ver sua equipe favorita perder um gol sem goleiro aos 90 minutos de uma partida importante, e não deveria ser jogado por ninguém.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong