We Should Talk. capa

We Should Talk. (PC) – Um curto caminho entre palavras

We Should Talk. é um jogo indie curto que tem a proposta de simular conversações, nas quais cada detalhe do que você disser importará no resultado final. Desenvolvido pela Insatiable Cycle LLC, seu principal slogan é “não se trata do que você diz, mas de como você diz”. Será mesmo?

Desenvolvimento: Insatiable Cycle LLC
Distribuição: Whitethorn Digital
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Simulação
Classificação indicativa: 14 anos
Português: Não
Plataformas: Switch, PS4, Xbox One e PC
Duração: Sem registros

A conversa

Visão Geral

Em primeira instância, eu gostaria de deixar claro que a proposta de “We Should Talk.” é simplesmente incrível. Começamos a jogatina em um balcão de bar, cercado por luzes neon e frequentadores, onde somos propostos a escolher alguma bebida dentre as vastas combinações que temos a oportunidade de fazer.

Daí, tudo segue naturalmente, dividindo a atenção entre três principais núcleos: um garanhão misterioso, um ex-namorado e uma atual namorada que troca mensagens com você por telefone. Algo que vale a pena destacar é que neste jogo estamos na pele de uma garota, ou seja, ponto para a representatividade. Mas não entrarei em detalhes, visto que qualquer informação a mais pode tornar sua própria experiência não tão animadora (visto que a primeira sessão do jogo é absurdamente curta).

Os 3 personagens

Com um piscar de olhos

Essa foi a conclusão da minha primeira sessão no jogo. Mais ou menos após cinco minutos eu já estava completamente imerso na experiência, tomando decisões, analisando as combinações de frases, raciocinando quais seriam as melhores escolhas. Ali, para mim, cada palavra impactaria, por isso fui minucioso, e isso me divertiu imensamente. E foi então que eu levei o choque: o jogo simplesmente terminou.

Após 20 minutos (que pensei terem sido cinco, pois tamanha fora a minha imersão), as consequências das minhas decisões foram mostradas em um curto epílogo e fui mandado de volta ao menu principal. Para mim, essa é a maior crítica e decepção com relação a esse jogo. Entendo que sua principal aposta está no fator replay, que, ao propósito, é muito divertido. Mas o gostinho de quero mais não passa nunca!

Além disso, a sensação de que suas escolhas tiveram consequências reais naquele universo não pesa nem um pouco, afinal, elas são quase ínfimas (principalmente a que tive em meu primeiro final).

O gatinho da internet

Com relação aos gráficos e trilha sonora, não há muito o que acrescentar. As músicas casam perfeitamente com o clima do bar, e não são espalhafatosas a ponto de atrapalhar sua concentração na troca de mensagens. O visual do jogo é brilhante, embora ao mesmo tempo escuro, e um pouco abafado, o que simula bem o local proposto pelos desenvolvedores.

Conclusão

We Should Talk. é um jogo indie divertido e imersivo, muito bem produzido. Porém, é exatamente por esse motivo que sua duração é o fator mais decepcionante, já que a vontade de ver mais só cresce ao longo das conversas. Acho altamente recomendado para pessoas que se interessam em simulações de interação social, sendo o preço justo se considerarmos o fator replay (mas cuidado, até as menores decisões interferem no final que você verá).

Esta review foi feita com uma cópia de PC cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming

We Should Talk.

7

Nota final

7.0/10

Prós

  • Fator replay
  • Interação imersiva
  • Boa execução da proposta

Contras

  • Curta duração
  • Finais mornos
  • Sem português