Depois que o Castle Pixel Studio foi salvo pelo lançamento de seu jogo anterior chamado Blossom Tales, uma sequência era mais do que inevitável. O sucesso do indie foi considerável, o suficiente para que uma nova continuação começasse a ser feita. Assim, Blossom Tale 2 ainda pega muita inspiração de uma franquia muito conhecida da Nintendo, The Legend of Zelda, especialmente dos velhos e consagrados tempos 2D com câmeras de cima para baixo. Dito isso, quão bem um indie antigo e clássico pode se manter hoje em dia, com todos esses gráficos 3D absurdos e emocionantes que deixam todo mundo louco por produtos visualmente atraentes?
Desenvolvimento: Castle Pixel
Distribuição: Playtonic Friends
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Aventura, Ação, RPG, Puzzle
Classificação: Livre
Português: Interface e Legendas
Plataformas: PC, Xbox One, PS4, Switch
Duração: 8.5 horas (campanha)/20 horas (100%)
O irmão sequestrado
Seguindo a história de seu antecessor, Blossom Tale 2: The Minotaur Prince se passa no mesmo reino, dando continuidade aos eventos de Blossom Tale. Logo após o início de um festival local, Lilly fica irritada com seu irmão mais novo e deseja que o Minotauro Príncipe o leve embora para sempre. Assim, esta figura todo-poderosa aparece de repente e leva seu irmão com ele. Após esses eventos iniciais, Blossom deve embarcar em uma jornada para salvar seu irmão mais novo das garras do Minotaur Prince.
Assim como no jogo anterior, a câmera é posicionada de cima para baixo. Podemos andar, levantar objetos (como fazemos em A Link to the Past), matar inimigos usando nossa espada e fazer muitas outras coisas, como pescar, atirar uma flecha com um arco, e até mesmo nadar.
No menu principal, existe um mapa, sempre apontando para nosso próximo objetivo, destacando a respectiva próxima área para onde devemos ir. O fluxo do jogo é bastante simples e direto por conta disso, e ainda nos lembra muito dos jogos 2D antigos e clássicos de Zelda, porém, com vários recursos modernos e qualidade-de-vida para o jogador.
Masmorras e habilidades
E como não poderia ser diferente, podemos encontrar aqui masmorras por toda parte. Na maioria delas, temos que resolver quebra-cabeças um tanto quanto complexos, puxar alavancas, abrir portas, encontrar chaves e resolver enigmas menores, como conectar canos para fazer a água fluir.
Por fim, também existe um chefe no final da masmorra, que temos que vencer para obter um item chave para terminar o respectivo local. De toda maneira, existe sempre um registro no menu principal debaixo da área de histórico da jornada, através do qual você pode relembrar o que precisa ser feito e o que houve até aquele momento.
Novas habilidades e ferramentas também são desbloqueadas ao longo da jornada, como a que nos permite nadar em lagos ou qualquer área que contenha água, um arco que nos permite atirar flechas e ativar mecanismos de longas distâncias, e até pontos de balão através do qual podemos viajar rapidamente para outras áreas já reveladas. Ou seja, novidades são sempre inseridas para variar as coisas.
O design do jogo é tudo
Blossom Tales 2 é a prova real de que os gráficos não são tudo. Contanto que seu jogo tenha uma base sólida de game design, ele sobreviverá entre vários concorrentes gigantes na indústria de jogos de alguma forma. Embora a sequência ainda tenha fortes inspirações de The Legend of Zelda, os criadores definitivamente sabem o que estão fazendo e tem seu tom de originalidade. A grande variedade de coisas oferecidas aqui é admirável, sem falar que toda a jogabilidade é entregue com consistência e alto nível de qualidade. Dito isso, se você é um grande fã dos jogos antigos de Zelda, experimente este indie e, provavelmente, vai me agradecer por causa dessa indicação.
Cópia de Switch cedida pelos produtores