Ao mergulhar no universo de Diorama Dungeoncrawl, a expectativa era alta. O conceito promissor de um herói enfrentando um castelo vivo controlado por um necromante tem todos os ingredientes para uma aventura épica. No entanto, a execução deixa muito a desejar, transformando o que poderia ser uma jornada empolgante em uma experiência frustrante e, em última instância, esquecível.
Desenvolvimento: Renegade Sector Games
Distribuição: eastasiasoft
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Arcade
Classificação: 10 anos
Português: Não
Plataformas: Switch, PC, Xbox One, PS4
Duração: 1 hora (campanha)
Um diorama-like
O jogo tenta se destacar com uma estética de diorama, na qual as ações e a exploração são vistas lateralmente, como se fossem cenas contidas dentro de uma caixa montada. Essa escolha de design cria uma apresentação charmosa nos primeiros níveis, em que as texturas robustas e os designs dos ambientes despertam um certo interesse. Mas, essa novidade rapidamente se vai diante dos problemas mais profundos existentes aqui.
A jogabilidade de Diorama Dungeoncrawl mostra que as rachaduras. Os fundamentos do combate e da plataforma, que deveriam ser a espinha dorsal de qualquer bom jogo de ação, são mal implementados aqui. Os ataques do jogador são estranhamente limitados e difíceis de alinhar com os inimigos por causa do ângulo de visão, tornando cada confronto mais uma tarefa árdua do que um desafio satisfatório.
À medida que novos monstros são introduzidos, como slimes saltitantes e morcegos ágeis, a precisão necessária para os combates torna-se pior ainda, especialmente em corredores estreitos e passagens cheias de armadilhas.
Curiosamente, o game permite evitar quase todos os combates, navegando pelas áreas sem engajar diretamente com os inimigos. Essa decisão de design mina qualquer sentido de progressão ou realização, já que não há incentivos para explorar ou coletar itens – mesmo que exista coisas escondidas em barris. Os ataques especiais disponíveis são efêmeros e de impacto questionável, desaparecendo após a morte do personagem e oferecendo pouco em termos de estratégia ou satisfação. A vantagem acaba não sendo tão significativa.
Design ultrapasado
À medida que as frustrações começam a acumular, outros problemas vêm à tona. O dano por contato com os inimigos, combinado com a necessidade de precisão milimétrica nos ataques, frequentemente resulta em dano desnecessário ao personagem. Isso, junto com a falta de um sistema de progressão de personagem significativo, faz com que Diorama Dungeoncrawl pareça uma série de obstáculos arbitrários em vez de uma aventura divertida.
Finalmente, Diorama Dungeoncrawl é uma experiência que parece inacabada e sem inspiração. O design visual único não compensa a jogabilidade superficial e as mecânicas frustrantes. Em um mercado repleto de títulos indie que oferecem experiências profundas e envolventes, este falha ao tentar se destacar ou justificar o tempo do jogador. Sem um sistema de upgrade, habilidades ou combates envolventes que incentivem o engajamento direto com os inimigos, o indie se torna rapidamente uma tarefa monótona, em vez de uma aventura emocionante.
Deixou a desejar muito
Concluindo, Diorama Dungeoncrawl prometia uma aventura cheia de ação e descobertas em um mundo encantadoramente apresentado. No entanto, a realidade é uma jornada repleta de falhas de design, combate frustrante e uma falta gritante de profundidade. Em um ambiente onde existem tantas alternativas melhores, fica difícil recomendar este game a qualquer um que esteja procurando mais do que só beleza.
Cópia de Switch cedida pelos produtores