Metroland capa

Review Metroland (Switch) – Bom port, mas com genericidade

Seguindo a tendência de jogos mobile sendo portados para o Nintendo Switch e outros consoles modernos, Metroland chega ao híbrido da Nintendo para provar mais uma vez que certos títulos funcionam melhor nos videogames do que no formato free-to-play.

Desenvolvimento: Kiloo Games
Distribuição: QUByte Interactive
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Arcade, Plataforma, Esporte, Corrida
Classificação: Livre
Português: Não
Plataformas: Switch, Xbox One, Xbox Series X|S, PS4, PS5, PC
Duração: 10 horas (campanha)

Mais um jogo mobile chegando aos consoles

Jogabilidade imita Subway Surfers

O jogo já existe nos celulares, mas recheado de anúncios e microtransações, o que não me agrada nem um pouco. Muita gente torce o nariz só de ouvir “Esse é um port de um jogo mobile para o Switch”, mas eu costumo pensar diferente. Poder jogar um título sem interrupções ou propagandas, pagando um preço fixo por ele, é algo que eu realmente valorizo. E se o game em questão conta com controles adaptados para botões físicos – como acontece com alguns jogos da Gameloft, Asphalt e Modern Combat, por exemplo – melhor ainda.

Se você já jogou Subway Surfers, sabe o que esperar aqui. Um percurso infinito para correr, troca de trilhos para evitar obstáculos e um perseguidor que aparece caso você esbarre em algo. Os power-ups também estão presentes, oferecendo vantagens como aumentar sua velocidade, levá-lo ao céu para coletar moedas ou torná-lo invencível por alguns segundos.

Desbloqueáveis e melhorias

Conforme você avança na história, upgrades e recursos novos são liberados

Conforme avança no jogo, você libera um menu onde pode melhorar os power-ups para que durem mais tempo, além de desbloquear novos. Todas essas melhorias são adquiridas com a moeda do jogo, o que eu acho um ponto positivo. O mesmo vale para os personagens jogáveis: eles não trazem habilidades únicas, mas são divertidos de colecionar, já que têm visuais e animações diferentes, o que adiciona um pouco de personalidade ao jogo.

No entanto, não dá para ignorar que esse tipo de gameplay tem suas limitações. Metroland se torna repetitivo muito rápido, e por mais que você desbloqueie novos elementos, o ciclo de jogabilidade se repete sem grandes variações. Uma ótima adição à versão de console seria um modo multiplayer local, permitindo que dois jogadores competissem na mesma tela – algo exclusivo para essa versão, justificando o port. Há missões diárias e semanais que desafiam você a cumprir certos objetivos durante as corridas, mas ainda assim, a repetição domina a experiência.

Bom port, mas repetitivo e genérico

Eu sei que posso estar sendo repetitivo, mas gosto muito da ideia de trazer jogos mobile para o Switch – que, por sinal, também é um console portátil, mas com o diferencial de rodar títulos de qualidade superior. O problema é quando um jogo é portado para o Switch sem qualquer novidade além da remoção de anúncios e microtransações. Espero que no futuro mais desenvolvedoras prestem atenção nesse tipo de transição e tragam elementos extras para justificar a versão de console de seus jogos.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Metroland

5

Nota final

5.0/10

Prós

  • Port sem microtransações
  • Sem mecânicas do mundo mobile pra atrapalhar
  • Desbloqueáveis que incentivam a jogar

Contras

  • Imitação clara
  • Não inventa em nenhum aspecto