Shantae Advance: Risky Revolution é o novo jogo da carismática personagem, ao mesmo tempo que é um dos primeiros títulos da série. É mais um lançamento divertido na série, ainda que não se destaque muito.
Desenvolvimento: WayForward
Distribuição: WayForward
Jogadores: 1-4 (local)
Gênero: Plataforma
Classificação: 12 anos (violência, conteúdo sexual)
Português: Não
Plataformas: Game Boy Advance, PC, PS4, PS5, Switch, Xbox One, Xbox Series S|X
Duração: 5.5 horas (campanha)/9 horas (100%)
Resgatando um jogo do limbo

O lançamento de Shantae Advance é o resgate de um pedaço da história da série. O game começou a ser desenvolvido em 2002 para o Game Boy Advance, como sequência do primeiro título. A WayForward abandonou o projeto em 2004, após problemas de desenvolvimento e não ter encontrado uma publisher, com algumas ideias sendo aproveitadas em outros jogos da série. Em 2023, a empresa foi atrás dos seus arquivos antigos e retomou o desenvolvimento, lançando o game inicialmente para o próprio GBA, e agora para as plataformas atuais. Ou seja, não é simplesmente o jogo de 2004 vendo a luz do dia, pois ele não chegou a ser completado na época.
A história se passa logo após o primeiro título. Após derrotar a vilã Risky, Shantae e seus amigos decidem construir novas defesas anti-piratas na cidade de Scuttle Town. Porém, Risky cria um dispositivo que é capaz de mudar cidades de lugar, transformando praias em desertos ou congelando vulcões. Assim, Shantae sai em jornada para restaurar sua cidade e toda a Sequin Land. A história não é nada incrivelmente elaborado, mas tem alguns diálogos engraçadinhos.
Transforme-se para nadar e voar

Shantae é um jogo de plataforma e aventura com alguns elementos de metroidvania. Você controla a personagem-título em fases separadas, entre cidades tranquilas e áreas repletas de inimigos. Nas cidades, é possível conversar com outros personagens e fazer compras, enquanto nas áreas de ação você encontra itens, luta contra chefes e pode descobrir vários segredos. O movimento básico é um ataque com o cabelo, contando também com vários golpes mágicos, que podem ser usados um por vez.
Além disso, ao longo da aventura, Shantae adquire a capacidade de se transformar em diferentes criaturas, como elefante, sereia ou macaco, que a permite atingir novos lugares – daí o aspecto metroidvania da série. De qualquer forma, a aventura é relativamente linear, com o jogador precisando avançar pelas áreas, adquirir itens derrotando os chefes ou conversando com outros personagens, de forma a progredir a história. O jogo é relativamente curto e há poucas áreas. Inclusive, as que você passa mais tempo possuem um visual bastante parecido, tornando um pouco tedioso com o tempo.
Transforme-se para nadar e voar

As transformações são divertidas, ainda que algumas sejam redundantes ou tenham poucas aplicações. Há um pouco de backtracking, mas nada que tenha muito estímulo para ser feito. Primeiro, há poucas recompensas, que não empolgam muito na jogabilidade. Além disso, é um pouco chato navegar pelas áreas, com os mapas sendo maçantes por vezes. O que mais sentia vontade era de terminar logo cada “dungeon” para seguir adiante e não mais voltar lá. É muito comum ficar perdido e dando voltas ou procurando o próximo passo para seguir a história. Para um jogo com elementos de metroidvania, um mapa faria muito bem.
Alta definição… em algumas coisas

Como comentei, o jogo foi lançado primeiramente para o GBA, há alguns meses. Essa versão está incluída como bônus nesse lançamento, que apresenta um modo moderno, que é essencialmente o mesmo jogo, mas com alguns elementos em alta definição, como ilustrações e textos. Senti, porém, que a versão moderna poderia ter ido um pouco além com algumas medidas de qualidade de vida, como a adição de salvamentos automáticos ou melhor uso da quantidade de botões dos controles atuais.
Nada incrível, mas bom de se ter
Shantae Advance: Risky Revolution é um importante resgate histórico para os fãs da série indie. Ainda que não esteja entre os melhores jogos da franquia, é uma aventura curta que pode divertir quem goste de games do gênero.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Revisão: Julio Pinheiro




