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Nem sempre um grande dia, mas sempre um Grandia 

Videogames: essa paixão que nos deixa malucos de tempos em tempos. Entramos em um estado de torpor e, por vezes, há brigas por esse ou aquele motivo, mas sempre com um único intuito: exaltar esse hobby, que cresce a cada dia.

Nos anos 1990, vivemos uma das melhores fases para os joguinhos. Super NES, PlayStation, os consoles da Sega, e muitos outros viram a solidificação de um gênero que até hoje atrai multidões: o JRPG. Por mais que eu não seja tão fã assim de Final Fantasy VII, preciso tirar meu chapéu para o jogo, já que foi ele quem trouxe mais gente pro nosso amado gênero. Porém, antes dele já havíamos recebidos ótimos títulos, tais quais Super Mario RPG, Lufia 2, Final Fantasy 4 e 6, Secret of Mana, Wild Arms e uma enxurrada de outros bons nomes.

Contudo, um deles chamou muita atenção, pelo menos para esse que vos escreve: Grandia. Produzido pela Game Arts e lançado originalmente para o Sega Saturn, sua missão era bem simples: bater de frente com o Final Fantasy, mas isso não aconteceu. Anos depois, ele foi portado para o PlayStation e finalmente recebeu a atenção que merecia.

Mesmo para a sua época, Grandia já era mais um daqueles jogos “mais do mesmo”, porém, ainda assim, tinha um charme único e especial. A história nos mostra a aventura de Justin, que quer se tornar um grande aventureiro e conhecer o continente recém descoberto, mas acaba se metendo em grandes confusões que podem alterar o mundo (sim, uma referência direta ao que víamos nas chamadas dos filmes da Globo).

Os gráficos não eram os melhores da época, mas ainda hoje continuam extremamente agradáveis. O desenvolvimento da história é ótimo e as descobertas que fazemos no decorrer da jornada agregam ainda mais valor ao game. Contudo, quem rouba a cena aqui é o combate.

imagem de Grandia

Podemos ver os inimigos nas telas e escolher lutar ou correr, e como quase todos os jogos dos anos 1990, vamos para uma arena. Uma barra mostra quem está próximo de agir, quanto tempo de espera, e o que está fazendo. Particularmente, esse é um dos meus sistemas favoritos até hoje. 

Agora que já apresentei Grandia, quero dizer o que faz dele um dos grandes JRPGs. Sim, ele é clichê, tem problemas, mas tem uma coisa que muitos títulos não possuem: carisma. Justin é um excelente protagonista, e podemos ver seu caráter e personalidade crescerem na jornada. Ele se importa com seus amigos e pode, literalmente, lutar contra tudo e todos por eles.

Grandia irá entrar no catálogo de jogos clássicos do PlayStation, o que é excelente. Porém, caso queira, há a opção de jogar uma versão melhorada no PC e no Nintendo Switch – com a esperança de que um dia a vejamos no PlayStation e no Xbox.

Agradeço a Deus o dia que Grandia entrou na minha vida, e agradeço ainda mais o dia que pude segurar na minha mão a minha cópia física da Limited Run. Faça um favor a si mesmo e jogue Grandia. Conheça Justin. Se apaixone por sua aventura. Entre pro grupo. Vamos visitar um novo continente e desvendar seus segredos.