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O que será da indústria dos jogos?

Uma das coisas em que menos pensamos quando estamos jogando é em quem são os responsáveis por criar aqueles mundos que nos proporcionam diversas horas de diversão. Temos visto atualmente mais e mais notícias de demissões e estúdios sendo fechados, e isso levanta uma pergunta: o que está acontecendo com a indústria dos jogos?

Infelizmente, vemos semana após semana mais e mais estúdios cortando vagas e demitindo diversas pessoas. Muitas vezes, esquecemos que essas pessoas que têm pais, mães, filhos, tios, tias e animais de estimação para cuidar. Porém, do dia para a noite, graças a uma canetada de um executivo em uma sala grande e gelada pelo ar condicionado, tudo chega ao fim. Estúdios fecham, empregos são perdidos, e ainda somos obrigados a ouvir que tudo isso é para o sustento da indústria… Balela.

Três titãs da indústria dos jogos
Akira Toriyama, Yuji Hori e Hironobu Sakaguchi, mais conhecido como o trio mágico responsável por Chrono Trigger.

Sim, é um negócio, e tudo precisa gerar renda, mas não adianta nada esperar que algo mágico saia das mãos de quem trabalha com a hipótese de perder seu emprego no primeiro vento que muda na sala de um executivo. Só de imaginar uma situação dessas já me dá calafrios.

Porém, tudo isso que foi dito acima é uma realidade aqui no Ocidente. Enquanto isso, empresas como a Nintendo, uma das poucas que ainda se importa em criar jogos de  verdade, estão buscando novos talentos para que possam aprender com os mais experientes da empresa e, assim, criar uma cultura de trabalho e desenvolvimento que se manterá sempre sustentável, independente do que aconteça.

Isso é refletido nos excelentes resultados obtidos pela Big N nos últimos anos. O Nintendo Switch já é um dos verdadeiros colossos do mundo dos games, sendo casa de alguns dos principais jogos já lançados na história. Por mais que eu não goste de vários, é preciso respeitar o seu legado e tudo o que ele fez por essa indústria.

Switch Lite

Afinal, o Switch nos mostrou que não adianta nada ter gráficos cada vez mais próximos da realidade e uma gameplay arrastada com uma história mais tediosa ainda – não é, Final Fantasy XVI? De tudo o que pode acontecer, só espero que o grande crash de 1983 não se repita. Afinal, essa indústria já morreu e foi ressuscitada pela Nintendo em 1985, mas isso é assunto para outra pauta. 

A indústria dos jogos precisa encontrar um ponto de equilíbrio. É inconcebível um jogo levar 7 anos para ser produzido; é preciso encontrar soluções para isso. Os desenvolvedores podem (e devem) observar os jogos que foram lançados nas décadas de 1990 e 2000 e procurar novamente aquela magia, já que o que mais vemos atualmente são jogos lindos, mas totalmente sem almas. 

Como salvar a indústria dos jogos é aquela pergunta que, com certeza, renderá milhões de dólares para quem conseguir resolver esse problema. O jeito é esperar e torcer para que os muitos desenvolvedores que perderam seus empregos consigam se restabelecer o quanto antes.

Revisão: Julio Pinheiro