Mars 2120 Capa

Preview Mars 2120 (PC) –  Explorando marte em um Metroidvania mediano

MARS 2120 é um metroidvania competente e que faz bem seu dever de casa, olhando para os clássicos do gênero e demonstrando a força da QUByte interactive como desenvolvedora e publicadora de jogos.

Desenvolvimento: QUByte interactive

Distribuição: QUByte interactive

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Ação, Aventura

Classificação: 10 anos

Português: Dublagem, interface e legendas

Plataformas: PC, Switch, Xbox Series X|S, PS4, PS5, Xbox One

Duração: Sem registros

Explorando marte em ruínas

Inicio da jornada de Charlotte em marte.

Em Mars 2120, acompanhamos a Sgt. Anna Charlotte em uma missão especial até a primeira colônia humana em Marte. Como podemos ver logo no início da aventura, algo de muito grave aconteceu a essa colônia, e cabe à nossa personagem descobrir o que é.

O jogo é bem hermético em sua história, entregando poucas pistas e mantendo um ar de mistério no decorrer da jogatina. Particularmente, senti falta de mais pedaços da história sendo contada no próprio jogo. Do jeito que está, o jogador tem dificuldade em entrar de cabeça na atmosfera sem ter qualquer informação relevante sobre os motivos dele estar ali e o que ele está procurando. 

Você escolhe como jogar

Lança chamas em ação.

Mars 2120 segue à risca as convenções do gênero. E aí entram todas as características de um bom metroidvania: um mapinha para acompanhar sua progressão; poderes especiais na forma de armas que são coletadas após derrotar os chefes relacionados a elementos como gelo, fogo e eletricidade e que te dão acesso a pontos antes inacessíveis do mapa.

Ainda sobre o mapa, é importante destacar o bom design de fase que o jogo possui. Por exemplo, é muito difícil, se perder, e mesmo quando o jogador se perde, encontrar o caminho certo não é demorado . Isso faz com que Mars 2120 não caia na armadilha de ficar chato conforme o jogo for se desenrolando. 

Como nem tudo são flores, existem pequenos bugs na jogabilidade e alguns problemas sérios de desempenho, como quedas bruscas de FPS e até pane geral no jogo, fazendo com que eu tivesse que reiniciar o PC. Essas são falhas complicadas que espero que não aconteçam em seu lançamento.

Porém, o grande diferencial de Mars 2120 está em suas opções de acessibilidade. Podemos tornar o jogo extremamente amigável para quem não tem experiência com o gênero, bem como deixá-lo extremamente difícil para os que procuram um desafio maior. Essa gama de opções de acessibilidade faz com o jogo seja democrático e acessível para todos e é um baita acerto.

Marte a lá Metroid Dread

Batalha contra chefe

Os gráficos do jogo são competentes. Porém, não há nada de destaque no que diz respeito à direção de arte. Pelo contrário, Mars 2120 tem uma estética muito parecida com outros jogos do gênero lançados há alguns anos – mais especificamente Metroid Dread. Apesar da falta de originalidade, temos boas modelagens de fases e personagens.

As cutscenes no decorrer do jogo dão um charme a narrativa, lembrando até de tempos mais antigos, como em jogos da sexta e sétima geração. Entretanto, faltam polimentos, principalmente na modelagem da personagem principal nessas cenas.

Uma trilha sonora sem sal 

Ao contrário de outros aspectos do jogo, nos quais podemos ver melhorias a serem feitas em uma base já consolidada, nada se destaca de fato no que diz respeito a trilha sonora..

Faltam trilhas que trazem os sentimentos de claustrofobia e perigo que permeiam o game com mais força. O que temos, de fato, é um trilha sonora insípida que não soma a experiência do jogo, a ponto de dar vontade de ouvir outra coisa enquanto joga o jogo no mudo.

Assim, fez falta uma trilha sonora mais enérgica em alguns pontos do jogo, o que poderia ajudar em sua imersão.

QUByte mostrando para o que veio 

Embora não demonstre muita originalidade em sua concepção, poderemos ter até o lançamento oficial de Mars 2120 um metroidvania com uma jogabilidade competente, que mostra que a QUByte está trilhando um caminho interessante como desenvolvedora.

Copia de PC cedida pelos produtores

Revisão: Júlio Pinheiro