Uma terra completamente dominada por dinossauros parece um problema grande demais para conseguirmos lidar com. Mesmo portando armas como metralhadoras, lança-granadas e rifles de longo alcance, as chances de sobrevivência são praticamente nulas – tudo isso, claro, estando sozinho. Porém, será que em time teremos chance de vitória? Second Extinction é um futuro jogo de ação em primeira pessoa recheado de explosões e missões frenéticas, atualmente em acesso antecipado e sem previsão de lançamento. Mas o que temos até agora?
Desenvolvimento: Systemic Reaction
Distribuição: Systemic Reaction
Jogadores: 1 (local) e 1-3 (online)
Gênero: Ação
Classificação: 14 anos
Português: Não
Plataformas: PC
Duração: Sem registros
Seja o meteoro
Nessa versão de testes inicial, apenas quatro personagens estão disponíveis. Cada um deles têm habilidades específicas que se mostram bastante úteis nos combates. Por exemplo, o operador Amir possui duas habilidades ativas: Orbital Surveillance, que permite saber a localização de inimigos numa área próxima por um curto período de tempo; e Precision Strike, no qual uma área pode ser selecionada para receber um ataque de laser, causando dano a inimigos dentro de um círculo. Além dessas habilidades únicas, os personagens compartilham do mesmo equipamento, dos quais estão incluídos alguns tipos de armas de fogo, kits médicos e pacotes de munição.
Contudo, a personalização destes equipamentos não vai além do padrão que costumamos encontrar em títulos do mesmo gênero, ou seja, são limitados a aumentos de dano, precisão, velocidade de carregamento e capacidade de munição. O que é uma pena porque visualmente falando, uma das primeiras impressões que temos logo no início da gameplay é que a tecnologia, mesmo nesse mundo tomado por dinossauros, é de alto nível, dado que quase tudo ao redor é operado remotamente. Chamar cápsulas inteligentes para nos reabastecer com armas e munições comuns é um pouco decepcionante.
Fauna diversa, tarefas nem tanto
Falando sobre as missões, ao todo são seis: Homebound, Charged Extraction, Research and Rescue, Vestige, Black Site e Contact. Apesar dos nomes serem diferentes, elas seguem basicamente um mesmo padrão, seja de procurar objetos e/ou estações comprometidas para recuperar a comunicação, limpar a área de inimigos ou simplesmente explodir umas cavernas que servem de “ninho” para as criaturas pré-históricas. Realizar as tarefas enquanto temos de lidar com as incontáveis ondas de dinossauros pode parecer desafiador à primeira vista, mas vai ficando cada vez mais fácil – e, infelizmente, chato – com o passar do tempo. Mesmo com o jogo oferecendo aumentos de dificuldade antes de começar as missões, isso influi apenas na vida, dano e quantidade de monstros pelo mapa – o famigerado conceito de “esponjas” de dano.
Em compensação, um dos pontos positivos do Second Extinction é a tentativa de variar os tipos de dinossauros, colocando uma mecânica de ataque única em cada espécie. Existem nove tipos: Raptor, Acid Raptor, Bull, Rex, Electro Raptor, Flatback, Digger, Watcher e Alpha Raptor. Os poderes destes animais vão desde cuspir bolas de ácido à emitir feixes de luz intensos que limitam temporariamente a visão de personagens próximos. Eles não representam uma ameaça de fato quando estão sozinhos, mas em bando conseguem se tornar um desafio bem interessante. Outras habilidades destes seres mutantes incluem fortes ataques com dano em área e a capacidade de cavar buracos para se esconderem dos jogadores e tentar pegá-los desprevenidos.
Riqueza de detalhes
Se tratando de detalhes mais técnicos, a qualidade gráfica é, com certeza, um dos maiores atrativos aqui. As altas montanhas do mapa são cobertas de vegetação rasteira e com escassez de árvores, características típicas do bioma tundra, da qual os desenvolvedores conseguiram representar muito bem. O design das criaturas, assim como todo o cenário ao redor, possui uma riqueza de detalhes digna de jogos AAA, e o motor gráfico ainda consegue reproduzir tudo muito bem otimizado e sem perdas de frames. A qualidade do áudio também não fica para trás, trazendo uma trilha sonora intensa em momentos frenéticos e sons de ambientação imersivos.
Uma boa promessa
Por fim, como vimos, a jogabilidade de Second Extinction é bastante similar a de títulos com a mesma proposta – salvo a temática, Left 4 Dead que o diga – porém com determinadas particularidades que garantem sua autenticidade e prometem boas horas de jogatina. E lembre-se: mesmo sendo possível jogar sozinho, tenha em mente que o jogo foi projetado para grupos de três pessoas. Então, caso opte pelo modo single player, esteja preparado para morrer várias vezes.
Cópia de PC cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong
