Dokapon Kingdom Connect Cover

Review Dokapon Kingdom Connect (Switch) – Board Game com uma pitada de RPG

Este ano, o party game que mistura a aventura do tabuleiro com elementos de RPG, originalmente lançado para PS2 e Nintendo Wii em 2007, está ganhando uma remasterização para Switch, e que ao final do ano chegará também para PC. 

Desenvolvimento: Idea Factory, Sting e Compile Heart

Distribuição: Idea Factory

Jogadores: 1-4 (local e online)

Gênero: Tabuleiro, RPG, Aventura 

Classificação: 10 anos

Português: Não

Plataformas: Switch 

Duração: 23 horas (campanha)/80 horas (100%)

Bravos heróis, salvem o reino! 

Menu de criação de personagem

O reino de Dokapon foi invadido por monstros e isso fez com que as pessoas parassem de pagar impostos, e não há nada que o rei ame mais que dinheiro – e sua filha. Para voltar a receber o que lhe cabe, ele declara que o herói que conseguir livrar as cidades dos monstros e lhe garantir muito dinheiro poderá ter a mão de sua filha como recompensa. O jogador cria então seu personagem, escolhendo uma das classes iniciais e parte para salvar Dokapon! 

A customização não é tão variada, mas é bem divertido poder escolher nome, classe, cores e expressões faciais para os personagens, sejam seus ou da CPU. O gráfico também é bonitinho e agradável, com os personagens mudando suas expressões dependendo do que acontece na partida.

Girando a roleta

Tela de batalha, com os ataques e defesas possiveis.

O charme do jogo está em seu tabuleiro variado e no combate. As casas em que cair podem variar de vazias, onde acontece uma luta contra algum inimigo aleatório, ou então um evento envolvendo algum NPC. Casas de itens, onde uma roleta decidirá qual item irá ganhar, além de casas de monstros, que são como sub chefes, bem mais fortes que os que encontramos nas casas vazias. Casas de lojas para comprar e vender equipamentos e as casas das cidades, onde as possibilidades são mais variadas a depender se ela pertence a você ou outro jogador. 

E o mais legal é quando 2 jogadores dividem a mesma casa, resultando em uma luta na qual o vencedor pode roubar todos os itens do perdedor, mudar seu nome, trocar seu penteado, entre outras zueiras em forma de castigo. 

Os elementos de RPG nas lutas são interessantes, mas ao mesmo tempo parecem um pouco mal aplicados, pois eles fazem o jogo parecer um grande pedra, papel e tesoura randomizado. É possível escolher entre 4 habilidades pré determinadas, em que cada uma se sobressai sobre outra escolhida por seu oponente.  

Navegando pelo tabuleiro

A aleatoriedade dos ataques e como eles funcionam quebram boa parte da estratégia do jogo, baseando quase tudo em sorte – o que quase sempre é frustrante. As batalhas também se prolongam por mais de um turno, cada jogador/inimigo tem apenas um ataque e uma defesa para realizar, depois disso, a luta ficará para a próxima vez dos jogadores, o que prolonga o jogo sem necessidade. 

O legal é que cada luta vencida gera EXP, e quando o personagem passa de nível, é possível distribuir os pontos ganhos entre seus status. Inclusive, aumentar seu nível é fundamental para as lutas contra os monstros mais poderosos e os outros jogadores.

Outro problema é a duração excessiva das fases. O modo história é bem longo, e o fato do jogo demandar certa exploração no tabuleiro também contribui para que ele seja mais demorado e arrastado. 

Tela de vitória

Nos outros modos, embora seja possível escolher quantas semanas (tempo passado dentro do jogo) demorarão a partida, e também outros objetivos, como o vencedor sendo quem conquistar uma cidade primeiro ou quem derrotar os outros jogadores um determinado número de vezes ainda não faz a sensação de jogo arrastado sumir.

A dificuldade também pode prejudicar a experiência, pois é impressionante como a CPU consegue bons itens e tira ótimos números na roleta, além de parecer ler sua mente nas batalhas, tornando frustrante vários momentos da partida. Os monstros também parecem favorecer bem mais a IA do jogo durante suas lutas, muitas vezes até desistindo de enfrentá-las enquanto libera toda sua fúria sobre o personagem do jogador.  

Rei de Dokapon

Poder jogar em multiplayer melhora e muito a experiência, principalmente por poder castigar os amigos após vencê-los nos duelos. É difícil saber se é mais legal roubar todos seus itens ou insultá-los com algum apelido repugnante e ridículo. 

RPG com Monopoly 

É inegável que qualquer jogo de tabuleiro jogado sozinho, nunca terá o mesmo sabor, que quando jogado com amigos, seja online ou localmente. Mas Dokapon Kingdom peca no excesso de tempo em que uma partida pode durar, já que é difícil terminar um tabuleiro em menos de uma hora. E embora a mistura de RPG com Party Game funcione bem, ela não é o suficiente para te prender por muito tempo, pois o título te cansa rápido, sendo um bom jogo pra brincar com os amigos vez ou outra, e menos ainda se for para jogar sozinho. 

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Júlio Pinheiro

Dokapon Kingdom Connect

6.5

Nota Final

6.5/10

Prós

  • Mistura interessante de Party Game com RPG
  • Design e gráficos bonitinhos e chamativos
  • Vários modos
  • Conectividade Online

Contras

  • Muito extenso
  • As batalhas são decididas muito na sorte
  • Batalhas não terminam no mesmo turno
  • Dificuldade um pouco desbalanceada