Um dos personagens dos primórdios da Nintendo está retornando em Donkey Kong Bananza, um jogo que muitos dirão ser um forte candidato ao GOTY (meu veredito vem mais tarde). Quando ele foi anunciado, houve empolgação, mas também confusão e certa hesitação porque Donkey Kong não tinha um verdadeiro jogo em 3D desde Donkey Kong 64, e muitos o consideram um fracasso. Porém, Bananza é o oposto disso. A ideia de sair destruindo tudo em um nível pode parecer divertida, mas também pode soar repetitiva. E, de fato, é repetitiva, mas de alguma forma, nunca fica entediante!
Desenvolvimento: Nintendo
Distribuição: Nintendo
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Plataforma
Classificação: Livre (violência fantasiosa, compras online)
Português: Dublagem, interface e legendas
Plataformas: Switch 2
Duração: 20 horas (campanha)/70 horas (100%)
É muito bananza

“Bananza” é uma palavra que você ouvirá com frequência ao longo da aventura e é usada de forma caótica. O game começa de forma simples, com Donkey Kong abrindo caminho em uma mina e derrotando inimigos com socos, golpes e até arremessando pedras (maiores do que ele, em alguns casos) para avançar. A sensação é realmente de poder destruir praticamente tudo; você é bem recompensado por essa exploração ao encontrar ouro e fósseis escondidos à medida que vai esmagando o cenário, o que mantém tudo interessante.
Mas a verdadeira diversão está em avançar pelos subníveis (sim, aqui você desce, em vez de subir), adquirindo novas habilidades e transformações que impulsionam sua jornada. Você tem aqui desde um DK superforte até um DK com pés rápidos, como os de uma zebra, até uma versão leve, como o ar de um DK-pássaro — cada forma tem suas próprias peculiaridades e momentos divertidos.
Simples, mas refinado

Além dos belos e amplos mundos que o jogo apresenta, há uma sensação constante de que você pode quebrar e coletar praticamente qualquer coisa. Em um momento, até me destruí acidentalmente e caí fora do mapa!
A árvore de habilidades, na qual você evolui coletando gemas de “banadium”, permite expandir seu conjunto inicial de golpes simples e torná-los mais poderosos. Também há melhorias na vida extra, maior duração das transformações e outras vantagens que acrescentam estilo ao gameplay.
Bananza também conta com uma loja de personalização, na qual é possível personalizar o visual dos personagens. Apesar das cores clássicas de DK serem familiares, me diverti jogando com pelagem preta ou azul-brilhante. Além das cores, há acessórios (como suspensórios e gravatas) que melhoram atributos específicos. Pessoalmente, nunca senti falta desses bônus, mas são uma adição divertida para quem gosta de personalizar o personagem.
Fácil demais ou na medida certa?

Em alguns momentos, Donkey Kong Bananza me lembrou os títulos de Crash Bandicoot. É como se Crash estivesse em 4K e com tudo muito mais vibrante! Digo isso porque os confrontos com inimigos e chefes têm um ritmo semelhante.
Nenhum adversário parece impossível, e quando perdi energia ou morri, foi claramente por um erro meu, não por conta de uma dificuldade injusta. O jogo nunca se torna excessivamente difícil, mantendo um equilíbrio ideal entre habilidade, paciência e destruição.
Quase perfeito
Na minha opinião, Donkey Kong Bananza é um dos títulos de lançamento mais próximos da perfeição que um console pode alcançar. São horas e mais horas de diversão, e isso sem contar o incentivo de voltar às fases para coletar todo o “banadium” deixado para trás. Com controles precisos, gameplay intuitiva e um loop destrutivo que nunca cansa, Donkey Kong Bananza é um título obrigatório para qualquer dono de um Switch 2.
Cópia de Switch 2 adquirida pelo autor
Revisão: Julio Pinheiro e Jason Ming Hong




