Review DOOM Eternal: The Ancient Gods - Part One Capa

Review DOOM Eternal: The Ancient Gods – Part One (Switch) – A dificuldade agora é outra

Doom (2016) foi o renascimento de uma das franquias que definiu o gênero First Person Shooter(FPS). Essa volta do nosso querido Doom Slayer ou, para os mais íntimos, Doomguy foi um respiro e tanto para os apaixonados em dilacerar e fuzilar os demônios do inferno. Após esse sucesso estrondoso, DOOM Eternal foi anunciado sendo uma sequência direta, prometendo melhorar tudo que fora vista em seu antecessor. Agora, The Ancient Gods – Part One é um complemento da história do jogo base, trazendo novas informações sobre o game e novas localidades.

Desenvolvimento: id Software

Distribuição: Bethesda

Jogadores: 1 (local) e 1-3 (online)

Gênero: Ação

Classificação: 18 anos

Português: Dublagem, legendas e interface

Plataformas: PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X/S, Switch

Duração: 5 horas (campanha)/7 horas (100%)

Sangrento, violento e portátil

A violência continua desenfreada.

A nova tentativa dos demônios de tomar a Terra com a presença angelical de Khan Maykr em DOOM Eternal no Switch é surpreendente, sendo um exemplo de portabilidade. Por se tratar de um game recente, tudo visto em consoles mais potentes o pequeno da Nintendo consegue fazer de forma satisfatória. Durante toda a campanha principal e do DLC, em poucos momentos a frenesi dos combates fora interrompida por pequenos travamentos, porém, as texturas embaçadas são impossíveis de serem ignoradas.

Além do surpreendente port de DOOM Eternal e seus DLC para o Switch, há outras novidades. Nessa nova empreitada violenta do Doomguy, antigas armas como a Super Shotgun estão de volta, além disso, um gancho ainda pode ser equipado que amplia o número de execuções cinemáticas brutais. Outro ponto diferente do antecessor de 2016 é o foco na mobilidade do personagem, com pulos duplos e dashs, facilitam a locomoção pelo cenário e deixam tudo mais frenético, até permitindo novas execuções ao pular em cima dos inimigos.

Uma guerra clássica

The Ancient Gods – Part One se passa logo após o final de DOOM Eternal, logo, vou me ater para não dar nenhum spoiler. Após terminar os eventos da campanha do jogo base, a vitória de Doomguy não foi de graça, pois os demônios são ardilosos e aproveitaram uma nova brecha para invadir a Terra novamente e conquistar todas as dimensões. Agora, para prevenir que todo o mal prevaleça e vença, Doomguy precisa encontrar uma entidade superpoderosa chamada Serafim e conseguir sua energia para, novamente, acabar com a raça dos tinhosos.

A trama de Ancient Gods – Part One é bem curta, por isso, é plausível parar por aqui para que muitas informações não sejam dadas. Durante essa nova missão para salvar a Terra do mal encarnado, três novos mapas são disponibilizados: a base marítima UAC Atlântica, o Pantâno de Sangue e Urdak. Cada um deles possuem um ótimo level design e, diferente do jogo base, o DLC dá um maior foco no quesito plataforma, possuindo fases mais verticais.

Para os mais experientes

Tudo está desbloqueado no DLC.

Por mais que a trama esteja interligada, não é necessário possuir DOOM Eternal para jogar a expansão The Ancient Gods – Part One. Dito isso, todos os equipamentos conquistados na campanha do jogo base estão desbloqueados e nenhum é adicionado durante a aventura do DLC. Porém, não é qualquer um que pode sair por aí enfrentando novos demônios. É altamente recomendado que jogue antes DOOM Eternal para iniciar The Ancient Gods – Part One, e não por conta da história, mas, sim, pela dificuldade.

A sensação que tive ao começar The Ancient Gods – Part One foi de frustração, pois estando acostumado com a ostensiva gameplay frenética, arrisquei iniciar a aventura no modo pesadelo. Em poucos minutos de jogatina, me encontrei arrependido de tal escolha e decidi iniciar em uma dificuldade menor. DOOM Eternal parece ser apenas um tutorial para o DLC, pois ele não não sente pena em lançar diversos inimigos em curtos períodos de tempo. Um exemplo, logo nos momentos iniciais, é a batalha contra três Doom Hunters, que para mim são os inimigos mais difíceis do jogo. 

Os momentos de plataforma estão mais presentes no combate.

A quantidade absurda de inimigos é o grande desafio aqui. The Ancient Gods – Part One exige frenesi, precisão e pensamento rápido a todo momento nas batalhas, e não se adaptar a essa forma ainda mais rápida de combater os demônios pode ser o diferencial entre a vida e a morte. Essa dificuldade pode ser injusta em determinados momentos, pois é o mais comum quando se morre umas dezenas de vezes. Ainda assim, é extremamente divertido dilacerar demônios das mais diferentes formas.

Seguindo o padrão 

DOOM Eternal: The Ancient Gods – Part One é a primeira parte de uma expansão e não se propõe a entregar muitas novidades, sendo apenas uma introdução para o verdadeiro DLC. Mesmo assim, a narrativa se mantém apenas como um plano fundo, até porque, quando a saga Doom foi sobre contar uma história? Na realidade, quem quer isso quando se pode matar tudo da forma mais brutal com um grande heavy metal de fundo?

Enfim, a grande diferença se dá pelo aumento considerável na dificuldade, sendo esperado que qualquer um que a inicie tenha uma bela experiência com o jogo base. Caso contrário, o DLC não terá pena de te mostrar o quanto você é horrível jogando.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

DOOM Eternal: The Ancient Gods - Part One

9

Nota final

9.0/10

Prós

  • Novas áreas
  • Boa continuação do jogo base
  • Mais frenético e brutal
  • Maior atenção aos momentos de plataforma
  • Maior dificuldade

Contras

  • Meio curto
  • Sem muitas novidades