Após cinco anos de desenvolvimento, Endless Dungeon finalmente chegou para várias plataformas. A obra traz uma ideia interessante, cheia de tiros, equipamentos especiais e a divertida mistura de tower defense e roguelite numa jogatina super interessante e satisfatória em ambientes super estilosos.
Desenvolvimento: Amplitude Studios
Distribuição: SEGA
Jogadores: 1-3 (local e online)
Gênero: Ação, Aventura
Classificação: 18 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC, Switch, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S
Duração: 18 horas (campanha)
Ótimo primeiro contato
O jogo mistura tower defense e roguelite de um modo satisfatório. Desde os primeiros segundos do jogo, o ambiente é bem definido: cores neon, atmosfera pós-apocalíptica e design de som polido. Nada é deixado ao acaso em termos de gráficos e áudio. A trilha sonora se encaixa bem, e a atmosfera nos envolve logo de primeira. No título, partimos numa viagem entre a ficção científica, o blockbuster americano, quadrinhos e histórias de cowboys e indíos.
Quanto a jogabilidade, o game logo de cara também se mostra sólido e agradável ao misturar os estilos. Temos que pensar em meios de defender o cristal, colocar as armas em pontos estratégicos e dar ordens aos diferentes membros da equipe, enquanto exploramos as salas da estação para recuperar recursos, colocar armas de defesa e encontrar uma passagem para escoltar o cristal até o reator. Mas cada porta aberta também libera ondas de inimigos acompanhadas por chefes, que tentarão atacar seu precioso grupo.
Caso falhemos, precisamos tentar mais uma vez. A cada falha, a nossa equipe é teletransportada de volta ao Saloon, o centro do jogo. Lá, temos uma atmosfera campestre futurista que é encantadora e tranquilizante a ponto de compensar um pouco a frustração de morrer várias vezes. O lugar é rico o suficiente para fazer você querer fazer uma pausa e descobrir outros aspectos da obra. Os diálogos com os personagens permitem que você aprenda mais sobre a história e desbloqueie companheiros de equipe, equipamentos e memórias.
Equipe ou só? Você escolhe
Para levar o cristal ao reator com segurança, precisamos formar uma equipe de dois ou três. A equipe é controlada simultaneamente e pode ser gradativamente ampliada para incluir mais personagens com diversas habilidades. É possível dar duas ordens aos personagens (siga-me ou fique aqui) e a IA funciona bem, mesmo que não tome iniciativas excessivas. São oito personagens no total, que são suficientes para criar equipes efetivas dependendo da tática escolhida.
Como um bom jogo tower defense, Endless Dungeon oferece um modo multijogador que aprimora o modo single-player contornando os limites da IA. Porém, com duas ou três pessoas, é necessária uma cooperação muito bem feita para levar o cristal ao seu destino. O menor passo em falso de um dos jogadores pode levar ao desastre da estratégia inicial. Diplomacia e coordenação são essenciais. E tempo, muito tempo pela frente: as runs podem se estender por várias horas antes de chegarmos ao reator. Uma vantagem, porém: no modo solo, é possível salvar no meio de uma corrida, permitindo que você saia e retorne em uma sessão posterior.
Morrendo de novo.
Resumindo, Endless Dungeon é um jogo inteligente e divertido. Tudo funcionou bem e eu não notei bugs que precisam ser corrigidos. Os fãs do gênero serão capazes de gastar um tempo infinito refinando sua estratégia. Os jogadores mais impacientes, porém, terão mais dificuldade em entrar no jogo. É preciso pensar antes de agir, se não toda sua jogatina pode ir pelos ares, como em todo roguelite. No fim, a máxima do “errando que se aprende” é algo que vemos bastante aqui na obra. Mas é algo que é agradável, e faz do jogo um ótimo título para os amantes de tower defense e roguelite.
Cópia de Xbox Series X|S cedida pelos produtores
Revisão: Julio Pinheiro
Endless Dungeon
Prós
- Gameplay divertida
- Direção de arte maravilhosa
- Muito conteúdo
- Desafiador sem ser injusto
- Mistura bem os dois subgêneros
Contras
- Certas runs são muito longas
- Algumas falhas técnicas chatas
