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Review Eternal Radiance (Switch) – Uma visual novel com combate

O Japão é um dos países mais influentes no mundo do desenvolvimento de jogos. O estúdio Visualnoveler juntou dois dos maiores gêneros de jogos japoneses e assim nasceu Eternal Radiance. Com uma mistura muito bacana de Visual Novel e um combate bastante divertido, o mundo onde se passa a aventura é bastante denso e com várias áreas para serem exploradas.

Desenvolvimento: Visualnoveler 

Distribuição: Visualnoveler 

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Aventura, Ação, RPG

Classificação: 10 anos

Português: Não

Plataformas: PC e Switch

Duração: 12 horas (Campanha)/ 15 horas (100%)

Celeste e a Ordem

Parte do diálogo de Eternal Radiance
A história é contada com imagens estáticas, com poucas variações de movimentos ou expressões faciais

Celeste é uma determinada garota que cresceu na sede da Ashen Order e treinou a sua vida inteira para se tornar uma poderosa cavaleira e salvar quem pudesse. Mas antes de assumir esse posto, ela precisa passar por uma última provação. Zacharias, líder da Ordem, a chama até a sala de guerra e informa que ela será enviada para Ancora, com a missão de reaver um artefato que está causando problemas em uma floresta próxima à cidade.

Tudo corre razoavelmente bem, até que encontra o artefato, que está guardado por uma criatura, e uma das moradoras da cidade, aparece na mesma área. Nossa heroína então destrói o monstro, mas vê que seu artefato foi roubado por uma visitante.

Ao retornar à base e informar o que aconteceu para Zacharias, Celeste se sente culpada por não ter cumprido sua missão, e questiona se fez a coisa certa ao defender a moradora do vilarejo. E então, sem pensar muito, ela pega o barco novamente e retorna à Ancora, partindo em uma jornada em busca da ladra e do artefato que fora roubado.

A partir desse momento, Celeste conta com seus conhecimentos prévios e com a ajuda de estranhos que acaba encontrando em sua jornada. É fascinante ver a transformação da garota inocente e estudiosa em uma verdadeira cavaleira. Durante o caminho, novas companheiras se juntam ao time, e cada uma delas, com sua personalidade própria, traz um brilho diferente para Eternal Radiance.

Histórias e combate

Imagem do combate de Eternal Radiance
O combate de Eternal Radiance é o ponto alto do game.

Como dito acima, o jogo é dividido em duas porções: em uma Visual Novel e em um combate frenético. Eternal Radiance não está em português, o que pode ser um baita problema para quem quiser entender mais o que se passa aqui, já que há muitos diálogos. Todos eles ocorrem naquelas imagens estáticas em que os personagens às vezes mudam uma expressão facial, movimentam um braço ou algo assim. Particularmente eu não tenho tanta paciência com coisas do tipo, mas a história é envolvente e me prendeu.

No combate a primeira coisa a se apontar é a desastrosa câmera. Ela pode ser girada em torno do próprio eixo e também na vertical, e até achar uma velocidade razoável para seu movimento levei alguns bons minutos de exploração.

Uma das coisas mais legais de se jogar com a Celeste é ver seu crescimento. Ela começa com poucos golpes e causando pouco dano, mas, com o subir dos níveis, e ganhar algumas habilidades, ela pode encarar diversos inimigos ao mesmo tempo sem problema. Claro que no começo é normal morrer algumas várias vezes, principalmente até entender exatamente como funciona a movimentação e encaixar os golpes com a esquiva. 

Exploração

Imagem da protagonista e uma acompanhante em uma floresta.
Dá muita vontade de cortar esse mato todo, mas infelizmente não é possível.

Cada um dos mapas abertos no mundo possuem diversas sub-divisões dentro de cada um deles. Após a primeira visita ao local, podemos escolher qual ponto iremos começar. Isso ajuda principalmente na hora de pegar novos itens que podem ser usados para sintetização, ou então encontrar aquele baú escondido no mapa.

Tenha a certeza que TODAS as vezes que retornar àquele local, ele estará infestado de monstros. Isso é bom para subir de nível mais rápido. E fora que explorar os locais também é bastante satisfatório. Confesso que senti falta de poder cortar o mato ou ter uma maior interação com o cenário,algo mais similar a The Legend of Zelda, por exemplo, mas, fora isso, nada a comentar, pois esse é o ponto alto de Eternal Radiance, exceto sua câmera, mas após encontrar seu equilíbrio, tudo fica mais fácil.

O mais legal é que podemos ver os pontos vermelhos dos inimigos tanto no mini-mapa como também no mapa aberto na tela. Isso nos permite ir para cima das criaturas, ou evitá-las quando estivermos em perigo.

Um teste que eu fiz foi deixar os membros do time morrer e correr da luta. Por um momento eu achei que eles não fossem ressuscitar, mas depois de uns bons segundos eles apareceram do meu lado com um pouquinho da barra de vida cheia. Ou seja, é possível usá-los de iscas em certos combates. 

Conclusão

Eternal Radiance é um jogo divertido em duas partes: a Visual Novel e o combate/exploração. O primeiro possui muito diálogo, e, se você não está acostumado, pode ser uma problema na hora de aproveitar ao máximo o game. E a outra é adentrar os diversos mapas e enfrentar monstros e chefões que com certeza vão te desafiar. A falta de legendas em português pode ser um problema, mas, ainda assim, mesmo que com um pouquinho de sacrifício, recomendo bastante Eternal Radiance. 

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Eternal Radiance

8.5

Nota Final

8.5/10

Prós

  • Combate divertido
  • Exploração bem implementada
  • Boa história

Contras

  • Câmera desastrosa
  • Falta de legendas em português