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Review Final Fantasy VII Rebirth (PS5) – Ainda maior e melhor

Quatro anos após Final Fantasy VII Remake, a segunda parte da trilogia que refaz o clássico RPG é finalmente lançada em Final Fantasy VII Rebirth. Partindo da base construída no primeiro título e expandindo muito a experiência, o resultado é mais um fantástico jogo que funciona em si e prepara o terreno para a última parte da reimaginação.

Desenvolvimento: Square Enix
Distribuição: Square Enix
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG
Classificação: 14 anos
Português: Interface e legendas
Plataformas: PS5
Duração: 41,5 horas (campanha)/100 horas (100%)

Continuando a atualização do clássico

Andar por Costa del Sol no seu diciclo também é divertido
É muito bom ver as cidades do jogo original reimaginadas na tecnologia atual

A história de Rebirth começa logo após o final de Remake. É um ponto muito delicado tocar no enredo, pois os fãs estão no aguardo desse desenrolar há anos e não é adequado estragar surpresas. Por isso, não vou comentar muito a história, mas vale dizer que é muito boa, bem contada e ainda mais desenvolvida que no jogo original e que você irá rir e se emocionar diversas vezes ao longo da aventura.

A primeira grande diferença entre esse game e o anterior é o seu escopo: enquanto o primeiro jogo se passa todo dentro da cidade de Midgar, dessa vez temos acesso ao mapa do mundo, que é dividido em algumas grandes áreas. É possível acessar cidades, dungeons e tudo o mais. Essa parte é muitíssimo expandida em relação ao FFVII original, pois o mapa-múndi é bastante detalhado e possui diversos segredos e missões a serem descobertos, ao invés de apenas um caminho vazio entre uma cidade e outra.

Um grande mundo para explorar nas costas do seu chocobo

Assim como no original, temos diferentes cores de chocobos
Chocobos possuem várias mecânicas e possibilidades em volta deles

Não estranhe se você acabar passando muitas horas explorando o mapa ao invés de prosseguir a história principal. A exploração é bastante prazerosa, com itens para serem recolhidos por todo lado. Chadley é o responsável por catalogar sua exploração e seu simulador de combate também retorna, onde você pode testar o sistema de batalha ao máximo e ainda obter recompensas. Como há um mundo enorme, temos a viagem rápida, que é praticamente instantânea. Outro detalhe interessante é que, apesar da party de combate ser a tradicional de 3 personagens, todos os personagens sempre aparecem no cenário junto com os da equipe de combate, durante a exploração e de longe durante os combates.

Por mais que tenha a mesma cara do jogo anterior, Rebirth adiciona muitas ideias novas, além dos elementos de exploração espalhados pelo mapa. Citando alguns: um sistema de fabricação de itens, criação e exploração em chocobos, sistema de amizade com cada personagem da party, uma grande quantidade de minigames. Há um em especial: o card game Queen’s Blood que, mantendo o costume existente na série, pode ser viciante o suficiente para que você possa passar horas nele, esquecendo que o mundo ao seu redor está na beira da destruição. Há também o sistema de Fólios, em que você destrava habilidades diversas para os personagens, numa forma semelhante ao sistema de evolução de personagem de Final Fantasy X.

Batalhas de RPG com ainda mais ação

Batalhas contra chefes são um dos destaques, trazendo momentos memoráveis
Os visuais e efeitos de luz das batalhas são um espetáculo à parte

O sistema de batalha continua essencialmente o mesmo, adicionando novos detalhes aqui e ali, os quais são bem-vindos. O principal são as habilidades de sinergia, que incluem pequenas interações (de ataque ou defesa) entre personagens que podem ser acessadas a qualquer momento (por exemplo, Barret pode atirar na espada de Cloud e as balas ricocheteiam nos monstros, assim permitindo que você ataque de longe enquanto controla Cloud) e ataques poderosos que podem ser realizados após alguns requisitos, semelhantes aos tradicionais limit breaks. Além disso, agora há um foco maior em combate aéreo e há mais variações de combos.

Como esperado, existem novas Matérias, entre magias, habilidades, Matérias de suporte e summons, tornando o combate ainda mais diverso. A maior novidade, claro, são os novos personagens. Red XIII já começa sendo um personagem totalmente controlável e Yuffie e Cait Sith também se juntam ao grupo. Mantendo o que vimos em Remake, cada personagem é bastante único ao ponto de fazer você querer revezar e jogar com todos eles, sendo bastante divertido explorar as possibilidades e diferentes habilidades de cada um. É um sistema de batalha de ação que eu gostei bastante já no primeiro jogo e que está ainda melhor nesta continuação.

Deleite para os olhos e ouvidos

Além das músicas, várias exclusivas para uma única cena
Momentos memoráveis da história são complementados por visuais incríveis

Os visuais de FFVII Rebirth são incríveis, sendo um prazer imenso ver os cenários e personagens do jogo de 1997 reimaginados na tecnologia atual. Ocasionalmente, certos detalhes podem deixar a desejar, como algumas texturas e interações com o cenário, mas nada que atrapalhe a experiência. As cidades são muito bonitas, detalhadas e cheias de vida, com muitos diálogos ocorrendo por todo lado, que vão desde conversas engraçadas até papos casuais que aprofundam elementos da história e contam com música dinâmica à medida que você se desloca. A imensa trilha sonora é mais uma vez primorosa, contando com centenas de novas composições, além de músicas da primeira parte.

Mais uma aventura espetacular

Final Fantasy VII Rebirth consegue continuar e expandir muito bem o projeto de reimaginação de Final Fantasy VII com um jogo maior e melhor, entregando mais uma vez um excelente JRPG. Resta agora aguardar a conclusão da trilogia no próximo jogo, ainda sem título, e torcer para que não precisemos esperar mais 4 anos para o lançamento.

Cópia de PS5 cedida pelos produtores

Revisão: Julio Pinheiro

Final Fantasy VII Rebirth

9.5

Nota final

9.5/10

Prós

  • História envolvente e mundo rico e detalhado
  • Excelente sistema de batalha está ainda melhor
  • Visual e trilha sonora primorosos
  • Grande quantidade de coisas a se fazer

Contras

  • Gráficos por vezes são limitados em detalhes como texturas
  • Algumas coisas parecem truncadas, como subir morros