Review-Ganryu2-1

Review Ganryu 2: Hakuma Kojiro (Switch) – Fatiando demônios pelo Japão Feudal

Ganryu 2: Hakuma Kojiro é um jogo de plataforma e hack’n slash, além de continuação direta de Ganryu, originalmente tendo o primeiro título lançado para Arcades na década de 90 e ports oficialmente vindos para Neo Geo e Dreamcast em 2016 e 2017, respectivamente. Na pele de Miyamoto Musashi, enfrente demônios pelo Japão e impeça a destruição da nação.

Desenvolvimento: StoryBird Studio
Distribuição: PixelHeart
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Arcade, Plataforma
Classificação: Livre
Português: Legendas e Interface
Plataformas: PS4, Xbox One, PC, Switch
Duração: 1.5 horas (campanha)/4 horas (100%)

Miyamoto Musashi ao ataque

Ganryu lutando contra ninjas

A história de Ganryu 2 acontece em sequência aos eventos do primeiro Ganryu. Após derrotar Hakuma Kojiro, o samurai Miyamoto Musashi busca paz e calma na província de Hokkaido, mas o espírito maligno de Kojiro, que ainda está à solta no Japão, ameaça seus planos. Com sua nação correndo perigo pela ameaça do demônio Kojiro, Musashi parte em uma jornada para derrotá-lo de uma vez por todas, cortando tudo e todos que ousem servir ao seu maior inimigo.

O aspecto de plataforma do jogo é bem leve, em geral, com exceção de trechos específicos na terceira e na quinta fase, em que é preciso maior precisão nos pulos para se manter em segurança. No geral, o ritmo de Ganryu 2 é rápido, com o samurai correndo pelos cenários enquanto balança sua espada para destruir obstáculos, elementos do ambiente e inimigos. Isso torna as fases dinâmicas e com um foco grande na agilidade de Musashi, que é acentuada pela precisão dos controles.

A variedade de inimigos comuns é boa. Há desde ninjas focados em ataques corpo e ataques à distância com kunais, até guerreiros de armadura pesada portando armas longas e fortes, bem como demônios menores como cabeças flutuantes e crânios maléficos cujo objetivo principal é causar máxima irritação ao jogador durante pulos e piruetas.

O arsenal de armas e habilidades de Musashi é vasto. Ele pode atacar com sua espada, lançar kunais comuns e especiais para causar dano à distância e usar habilidades mágicas chamadas de Kami. Ao completar a barra de Kami, basta pressionar o analógico direito para executar a habilidade selecionada, que pode ser desde a criação de uma parede de fogo que causa dano extremo aos inimigos na tela, até cura total dos pontos de vida e ativação de invencibilidade por um breve período de tempo.

 Batalhando através de gêneros diferentes

Batalha contra chefe em uma nave

É preciso dar grande destaque para as batalhas contra chefes de Ganryu 2. Por mais que elas sejam extremamente simples no aspecto de dificuldade, com padrões de ataques facilmente identificáveis e movimentos telegrafados, as batalhas são variadas e conseguem oferecer novidades interessantes conforme o jogo progride.

O grande ponto positivo se encontra no uso de gêneros diferentes na hora de batalhar certos chefes. Os confrontos podem ocorrer tanto com mecânicas tradicionais, com Musashi usando sua espada e suas kunais para causar dano direto ao chefe, quanto com mecânicas de gêneros diferentes, como shoot’em up (o famoso “jogo de tiro de navinha”). Ter essa variedade de formas de batalhas mantém o jogo interessante do começo ao fim.

Uma jornada pelo Japão 

Ganryu batalhando um demônio

Ganryu 2 exibe um Japão feudal do Século XVII com diversos aspectos de fantasia para incrementar a aventura. O estilo de arte pixelado casa bem com o tom da aventura, com cenários coloridos e ricos em detalhes, seja em vilas isoladas e escondidas em florestas, ou em cidades cercadas por muralhas fortificadas e minas abandonadas. Cores vivas enriquecem os visuais e tornam tudo ainda mais agradável aos olhos.

Se por um lado os gráficos do jogo e o estilo de arte empolgam, o mesmo não se pode dizer de seu desempenho técnico. Embora tenha bugs que podem acontecer aqui e acolá, como o modelo de perna de Musashi ficar preso no sprite de corrida mesmo com o personagem parado, há pouco o que prejudique o andamento das partidas. O aspecto que causa distração e incômodo é a taxa de quadros por segundo.

Teoricamente, Ganryu 2 é um jogo mais leve, baseando-se em seus visuais 2D que, em teoria, deveriam ser mais do que ideais para o Nintendo Switch conseguir renderizar e executar de forma suave. No entanto, o alto nível de elementos visuais na tela faz com que a taxa de quadros sofra, dificilmente atingindo os 60 frames por segundo que almeja e, por consequência, prejudicando a fluidez do jogo.

Uma aventura de qualidade

Ganryu 2: Hakuma Kojiro é divertido de se jogar graças à sua jogabilidade precisa e simples. O dinamismo da aventura e as batalhas contra chefes com mecânicas únicas e diferentes são pontos altos, assim como seu visual rico em cores e detalhes, e essas qualidades fazem o jogo se sobressair independentemente dos problemas em seu desempenho técnico. Para quem gosta de uma boa aventura, esse é um título mais que recomendado.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Ganryu 2: Hakuma Kojiro

8.5

Nota final

8.5/10

Prós

  • Variedade de inimigos
  • Precisão dos controles e dinamismo e agilidade nas fases e batalhas
  • Mecânicas únicas nas batalhas contra chefes
  • Visual rico e colorido

Contras

  • Taxa de quadros por segundo deixa a desejar, principalmente sendo um jogo mais “leve”