Normalmente, jogar Roguelite/Roguelike é meio que uma tarefa árdua para mim, a menos que eles me dêem muitas recompensas em troca de meus esforços. Sparklite consegue fazer isso decentemente, embora não se comunique tão bem em termos de algumas mecânicas de jogo, deixando você na mão para descobrir algumas coisas por conta própria. Sparklite é um título de RPG de ação (do subgênero Roguelite) com visão de cima para baixo que foi lançado anteriormente em todas as plataformas de jogos (consoles e PC), e só agora saiu para iOS e Android.
Desenvolvimento: Red Blue Games
Distribuição: Playdigious
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, RPG
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC, Xbox One, PS4, Switch, Android, iOS
Duração: 9 horas (campanha)/11.5 horas (100%)
Roguelite em seu ápice
Aqui jogamos como Ada, depois que seu dirigível cai em uma espécie de torre acima das nuvens, onde vivem algumas pessoas e há um centro médico. Neste chamado centro médico, há uma máquina que pode ser usada para aprimorar e atualizar nossos equipamentos, além de equipar Patches em nosso corpo para obter vantagens como ataque aprimorado aos inimigos, uma barra de saúde maior (representada por corações no superior do HUD), capacidade de ver certos itens no mapa, etc. Cada Patch ocupará uma quantidade específica de espaço em sua bolsa, então você deve estar atento ao que deseja carregar com você.
A jogabilidade central é praticamente o que você provavelmente já viu na maioria dos títulos Roguelite. Temos que pousar no chão abaixo da torre, explorar, matar inimigos e coletar seus espólios (que servem como moeda do jogo), etc. Além disso, existem masmorras espalhadas pelo cenário, onde podemos encontrar quebra-cabeças simples que principalmente giram em torno de pisar em botões para abrir portas. Por fim, há um chefe no final de algumas masmorras, para vencermos e continuarmos progredindo, além de trazer novas pessoas para nossa pequena cidade no pico da torre.
Além disso, podemos jogar um minigame de sorte em que há 3 baús de tesouro para escolhermos, dois deles contendo apenas uma caixa vazia sem nenhum prêmio. Para jogar este minigame você terá que gastar alguns de seus espólios, não tendo nenhuma chance extra caso falhe.
Há também o equipamento secundário, como explosivos que podem ser usados para explodir pedregulhos, que podem conter espólios, itens de suporte e corações para reabastecer sua saúde. Podemos contar com nosso amiguinho robô voador, que pode ser controlado ao tocar em seu respectivo botão/comando, para que possamos voar com ele e pegar coisas por todo o lugar e desvendar objetos quase escondidos dentro da terra. Essa mecânica também é usada para ativar mecanismos de portas para abri-las, especialmente aquelas que não são acessíveis à pé.
Assim como todo Roguelite, uma vez que você morre, o mapa é gerado proceduralmente novamente. Isso significa que cada run/rodada será diferente da última, e isso também considera o posicionamento dos inimigos, os itens das áreas e a distribuição do plano de fundo, o posicionamento das masmorras e os itens colecionáveis que você pode encontrar ao explorar o cenário.
Problema principal
Apesar do Sparklite ser um bom jogo Roguelite, ele deixa a desejar na hora de explicar algumas mecânicas. Os equipamentos de Patches são bastante intuitivos e há até uma maneira de inspecioná-los para verificar sua função e efeitos em relação ao nosso personagem, mas algumas coisas tive que descobrir assistindo vídeos para saber o que deveria ser feito. Um bom exemplo disso são os mecanismos ativados para avançar para a próxima área, o que me deixou preso no cenário inicial, pois não percebi nenhum sinal de que havia algo escondido no chão.
Finalmente, não há como ajustar a jogabilidade em qualquer sentido. Hoje em dia, os jogos Roguelite já entenderam que “quanto mais opções, melhor”. Não é preciso muito esforço para adicionar opções extras no menu principal para o jogador ajustar a jogabilidade como quiser – já que isso é apenas brincar com os “valores” de dificuldade padrão -, e isso aumenta muito a relação que a pessoa vai construir com o próprio jogo, já que é personalizado de acordo com o gosto da pessoa. Sinceramente, senti falta de um modo Deus, e acho que todo Roguelite/Roguelike deveria oferecer isso.
Ótimo, mas isso já foi feito melhor
Sparklite é um bom passatempo, e eu me diverti muito jogando. No entanto, ele poderia usar mais opções extras para ajustar seus níveis de jogabilidade, ou até mesmo poderia oferecer um modo Deus para aqueles que querem apenas se divertir sem punição alguma. Há também um nível extra de dificuldade para escolher, mas isso não faz o trabalho de “ajustar o nível de personalização do jogo como você deseja”. O fator de repetição aqui é recompensador, mas pode haver outra maneira de obter uma maneira mais rápida de melhorar suas estatísticas além de depender de equipar Patches. Dito isso, Sparklite é altamente recomendado, mas não para aqueles que preferem jogar um Roguelite que oferece muitas opções de personalização.
Cópia de iOS cedida pelos produtores
Sparklite
Prós
- Pixel arte lindíssima
- Combate ágil e divertido
- Melhorias são empolgantes
Contras
- Gasta muita bateria para um jogo 2D
- Alguns elementos não-intuitivos
- Sem muitas opções de personalização
