Capa de GigaBash

Review GigaBash (PC) – Lutas alucinantes entre titãs

Desenvolvido e publicado pelo estúdio malasiano Passion Republic Games, GigaBash é um jogo de luta em visão isométrica em que controlamos e batalhamos contra enormes titãs, que são influenciados pelos monstros dos famosos filmes de kaiju e heróis das populares séries de tokusatsu. Tomando inspiração em clássicos como Power Stone e War of the Monsters, o título está disponível para os consoles da Sony e para o PC, através da Steam e da loja da Epic Games.

Desenvolvimento: Passion Republic Games

Distribuição: Passion Republic Games

Jogadores: 1-4 (local e online)

Gênero: Luta

Classificação: 10 anos

Português: Interface e legendas

Plataformas: PC, PS4 e PS5

Duração: 2 horas (campanha)/6 horas (100%)

Pancadaria local e em rede

Luta em GigaBash

Parte da experiência oferecida pelo produto da Passion Republic é focada nas lutas tradicionais, que podem ser jogadas por até quatro pessoas ao mesmo tempo, localmente ou em rede. O objetivo é ganhar os confrontos ao vencer rounds suficientes, seja sozinho, em equipe ou na caótica e divertida opção na qual todos brigam contra todos. Subir de nível ao triunfar libera novos personagens e mapas.

GigaBash é fácil e simples de aprender, mas difícil de masterizar. Os desenvolvedores realizaram um ótimo trabalho com os tutoriais, que são compreensíveis e bem explicados. Além do manual de instruções interativo, os produtores implementaram um robusto modo de prática, que permite ir a fundo em inúmeras possibilidades de treinamentos. 

Jogabilidade divertida

Luta de GigaBash

O elenco contém apenas dez personagens jogáveis, o que é pequeno, mas representa uma boa variedade de titãs, possibilitando muitas abordagens e estilos diferentes para os embates. As mecânicas de porradaria são simples, responsivas e intuitivas, se resumindo a poucos botões e combinações descomplicadas, que criam combos que são visualmente espetaculares. No entanto, o balanceamento é um pouco questionável, pois muitos recursos abrem um espaço enorme para a insuportável “farofada”, que é típica dos jogos de luta. Os desenvolvedores designaram os mecanismos com controles em mente, pois a jogabilidade não funciona bem no mouse e no teclado.

Confrontos avassaladores entre kaijus e heróis gigantes em regiões urbanas costumam ser devastadores para os locais, e a equipe de desenvolvimento conseguiu transpor esse importante aspecto das batalhas com sucesso. Todos os mapas são completamente destrutivos e reativos ao que acontece durante as lutas, transformando a ambientação em uma importante arma no caminho para a vitória.

Conteúdo single player é insuficiente

Cena da história de GigaBash

GigaBash deixa a desejar no conteúdo para apenas um jogador. O título conta com uma história, com quatro campanhas diferentes estruturadas de um jeito que lembra os tradicionais modos arcades. As histórias individuais contém cinco missões rápidas e curtas que detalham toda a narrativa por trás de alguns dos dez titãs jogáveis, com objetivos que vão além da pancadaria que é disponibilizada pela outra opção de jogo. 

As campanhas não são tão interessantes quanto deveriam ser por causa da pouca duração e pela apresentação que é visivelmente de baixo orçamento, pois os diálogos das cutscenes não receberam dublagem em nenhum idioma. A experiência acaba passando uma sensação de estar incompleta, já que grande parte do elenco simplesmente não possui uma narrativa jogável.

Online vazio, crossplay decepcionante

Luta de GigaBash

Construído na Unreal Engine, o jogo de luta possui ótimos visuais, animações excelentes e modelos de personagens que são altamente detalhados. Os produtores entregaram um produto bem polido e um port para PC caprichado. Entretanto, existem diversas falhas no sistema de câmera que ocorrem principalmente durante as missões da campanha, que forçam o reinício da fase e causam uma indesejada pausa na ação frenética proporcionada pelo jogo.

Um problema é o método no qual a Passion Republic Games decidiu adotar para a distribuição do jogo. Um título focado no multijogador requer sempre uma quantidade relativamente alta de jogadores online simultaneamente para garantir tempos de espera razoáveis no matchmaking, e GigaBash passa longe de ter uma grande comunidade, devido ao alto preço do produto e sua ausência das plataformas da Microsoft e da Nintendo. Um modelo gratuito seria mais interessante para todos, e certamente seria mais atrativo para muita gente que não está disposta a gastar dinheiro para se divertir.

A situação é agravada devido a maneira em que a equipe de desenvolvimento implementou o suporte ao crossplay. A jogatina entre plataformas é possível entre apenas as duas gerações do PlayStation e as diferentes lojas de PC, impossibilitando partidas entre as pessoas dos computadores com a galera dos consoles.

Um bom multiplayer local

O pessoal da Passion Passion Republic Games mandou muito bem em seu título de estreia. O estúdio produziu um jogo de luta que é ótimo e diferenciado, ideal para apenas partidas locais, devido ao fato do modo online ser vazio.

Cópia de PC cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong

GigaBash

8

Nota Final

8.0/10

Prós

  • Mecânicas simples
  • Fácil de aprender
  • Ambientação destrutiva
  • Divertidíssimo

Contras

  • Falta conteúdo para um jogador
  • Online vazio
  • Crossplay incompleto