O subgênero dos Metroidvanias tem recebido ótimas pérolas nos últimos anos, e Lost Epic é uma delas. Mas diferente de outros jogos que apelam pro terror, aqui a sensação é de jogar um anime japonês, conduzido por uma baita trilha sonora.
Desenvolvimento: One or Eight INC. e Team EARTHWARS
Distribuição: One or Eight INC.
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação
Classificação: 14 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: PS4, PS5 e PC
Duração: 10 horas (campanha)
Bonitinho, mas ordinário
Quem olha pro gráfico em anime de Lost Epic, pensa que é só mais um joguinho com personagens em anime. No geral, há sim bastante exagero, tanto nas roupas, usadas pelos personagens que são bem grandes, quanto nos inimigos. Aqui, há muitas cores, espadas gigantes, metralhadoras, e muitos outros equipamentos.
Para liberar o uso de itens, é necessário cumprir algumas tarefas, como matar monstros, realizar caçadas e outros. Para subir de nível precisamos juntar Animas. Eles podem ser pegos ao matar monstros, abrir baús e completar as missões. Cada nível nos dá um ponto de Skill, que pode ser usado em um livro de habilidades, o que aumenta nossos pontos de personagem. Além disso, os usamos para várias coisas, como criar itens, armas, fazer melhorias nos equipamentos, entre outros. Com as armas aprendemos também golpes especiais, que podem ser elementais ou não.
Particularmente, gostei bastante da forma como esse sistema foi implementado. Confesso que, antes de liberar os portais entre estátuas, tudo foi bastante difícil, já que sempre que morremos perdemos todos os pontos, e só os recuperamos depois de ir buscar. E como o mapa é bem grande e cheio de inimigos, é um pouco complicado, principalmente quando acabam as poções, e não podemos fazer mais delas, já que os itens de produção acabaram.
Explorando Lost epic
Como já dito, Lost Epic é um Metroidvania. É possível checar em um mapa quantas saídas cada sala possui, e ainda há muitas salas escondidas. Algumas delas possuem monstros, outras possuem tesouros, etc. No meio disso tudo, há portais.
Esses portais funcionam mais ou menos como cavernas. Dentro deles há inimigos, itens e, no final, algum item de coleta. É importante dar uma vasculhada sempre que possível. Contudo, caso morra, diga adeus às Animas. As minhas sumiram durante a minha jogatina.
Na história, montamos nosso próprio personagem. Ele ou ela é um Godslayer, ou um caçador de deuses. Sua missão é bastante simples: subjugar um panteão de 6 deuses enquanto explora Sanctum.
O combate é insano e rápido. É possível defender golpes dos inimigos que dão duas indicações diferentes de ataques, ou então fazer uma espécie de quebra de postura, que o deixa caído no chão. Isso vale para inimigos comuns e chefes, mas pegar o tempo de cada um deles é meio complicado. É necessário apertar o botão no controle no tempo exato, então pra mim foi um sofrimento. No mais, há o básico de todo Metroidvania, como botão de esquiva, ataque forte e fraco, além de golpes especiais
Um bom mas difícil jogo
No geral, Lost Epic é excelente. Há legendas em português e uma dublagem em japonês, que particularmente não é do meu gosto. O combate é extremamente divertido, mas alguns chefões podem ser bastante complicados, principalmente até pegar o jeito de cada um deles. O sistema de habilidades é muito feito e divertido, tanto quanto as armas e equipamentos disponíveis. Os gráficos não são os melhores do mundo, mas cumprem bem sua função. A trilha sonora se destaca bastante, sendo uma das partes que mais curti. Se está à procura de um bom jogo que vai te prender por várias horas, dê uma chance para Lost Epic.
Cópia de PS5 cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong
Lost Epic
Prós
- Combate divertido
- Gráficos bonitos
- Boa trilha sonora
Contras
- Apesar do bom gráfico, por vezes fica muito confuso
