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Review Mangavania (Xbox Series S) – Nem mangá, nem Metroidvania

Mangavania é um típico jogo de ação e plataforma 2D com gráficos em pixel art, remetendo aos clássicos dos anos 90. Você controla Yuhiko, um jovem ninja que busca uma cura para a doença de seu irmão e precisará enfrentar monstros no submundo para consegui-la. Certamente uma fusão entre mangá e Metroidvania parece interessante, não?

Desenvolvimento: Alexander Nikolaev

Distribuição: Sometimes You

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Plataforma

Classificação: Livre

Português: Interface e legendas

Plataformas: PC, Xbox One, Xbox Series X/S, PS4, PS5, Switch, Android, iOS

Duração: Sem registros

Pular e fatiar

Enfrentando um inimigo do tipo aranha

Mangavania inicia de forma simples. A primeira fase é um pequeno tutorial, apresentando inimigos que não oferecem muita dificuldade, introduzindo a mecânica de salto – que pode ser feito entre paredes – e também o combate com a katana, arma coletada durante a gameplay. São no total 20 fases que seguem quase a mesma fórmula: pule entre plataformas, cumpra os requisitos e avance.

Durante nossa jornada pelo submundo, precisamos cumprir um requisito: libertar almas perdidas. Existem entre duas a quatro almas por fase, e, ao libertá-las, a porta final se abrirá, possibilitando prosseguir ao próximo nível. Também encontramos chaves para abrir portas, sendo umas relacionadas ao próprio avanço da gameplay, e outras a locais secretos onde podemos encontrar espíritos -, seres que dão dicas sobre o jogo ou contam um pouco mais sobre a história.

Gameplay diverte

Observando o cenário para decidir qual caminho seguir

Como esperado de um jogo feito inicialmente para dispositivos mobile, a gameplay de Mangavania não é muito impressionante. Como citado anteriormente, andamos, pulamos e rasgamos inimigos pelo caminho, sem muita profundidade. Para trazer um pouco mais de diversidade ao título, existem quatro upgrades disponíveis, sendo eles o arco, o traço (que funciona como um dash de ataque), salto duplo e vida extra (essa podendo ser adquirida duas vezes), cada um deles custando 30 moedas.

As moedas são obtidas encontrando espíritos escondidos e finalizando as fases. Também há um contador de tempo rodando na tela, trazendo um desafio ao jogador: finalizar os mapas no menor tempo possível. Cada fase vai até o Rank S, e quanto maior seu ranking, maior será o número de moedas. Elas também são úteis para reviver caso você perca toda sua vida, e por isso vale a dica: gaste com sabedoria, pois algumas fases exigem upgrades obrigatórios para prosseguir. Cuidado ao reviver demais!

História? Isso existe?

Ativando um checkpoint após conversar com um espírito

Lembra quando falamos lá no início sobre a história de Yuhiko, o protagonista de Mangavania? Fica a informação: essa história não é contada no jogo. Se você deseja ser introduzido ao mundo do game, é necessário ler a sinopse nas lojas em que ele se encontra disponível. Talvez uma das decisões mais bizarras que já vi desde que entrei no mundo dos videogames.

Apesar dos espíritos falarem hora ou outra sobre o universo do jogo, são informações simples e desconexas, geralmente sobre coisas que não acontecem durante a gameplay ou não possuem profundidade. Fiz questão de encontrar todos os 19 espíritos e basicamente não serviram pra nada. Existem inclusive chefes durante a campanha, e simplesmente não sabemos o que são e o que nos motiva a lutar contra eles, apenas precisamos eliminá-los. Por mais simples que Mangavania seja, não deveria se abdicar da história dessa forma.

Audiovisual apenas existe

Observando o cenário

O jogo conta com um simplório -, porém agradável – gráfico em pixel art, sendo praticamente monocromático, utilizando o preto e branco em sua composição geral, além de alguns detalhes em vermelho. Não acho que isso seja o suficiente para termos “mangá” no nome do jogo, mas é o provável motivo. A parte sonora conta com efeitos 8-bit e poucas músicas que, no geral, são de baixa qualidade, sequer fazendo jus ao estilo do jogo.

Uma experiência curta e divertida

Mangavania não oferece nada muito complexo e sequer possui elementos que validem seu nome – não há mangá, e sequer podemos chamar de Metroidvania. Talvez se não fosse feito pensado nas versões mobile seria possível aprofundar em outras mecânicas de gameplay. Apesar de pequenos detalhes, o game certamente pode te divertir enquanto busca os melhores tempos na sua aventura pelo submundo.

Cópia de Xbox Series S cedida pelos produtores

Revisão: Ailton Bueno Dantas

Mangavania

7

Nota final

7.0/10

Prós

  • Jogabilidade simples e funcional
  • Ótima opção para quem curte speedruns
  • Pixel art agradável

Contras

  • Falta de maiores mecânicas de gameplay
  • Trilha sonora fraca e repetitiva
  • História contada de forma estranha