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Review Like a Dragon: Ishin! (Xbox Series X) – Os leões da revolução

A licença Yakuza, apesar dos trancos e barrancos, horas de cenas e toneladas de texto conseguiu um nicho de fãs no ocidente, como toda grande franquia ela contém spin-offs, derivações que não estão ligadas à história principal. Por algum motivo ela mudou de nome e lançou Like a Dragon 7. Um jogo já diferente, substituindo a porradaria habitual, por um RPG de turnos tipo Persona 5. 

O passo além foi trazer um spin-off que muitos fãs ocidentais desejavam muito pra o ocidente num remake. Like a Dragon: Ishin! é um spin-off que nos leva ao tumultuoso fim do Xogunato no Japão. É nesse período cheio de intrigas que vemos os personagens famosos da franquia quase como atores em uma trama digna de livros do Eiji Yoshikawa ou James Clavell. Então pule comigo nessa análise para ver com quantos Kazumas se faz uma revolução. 

Desenvolvimento: Ryu Ga Gotoku Studio
Distribuição: SEGA
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Luta, RPG
Classificação: 16 anos
Português: Não
Plataformas:  PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X/S
Duração
: 23 horas(Campanha)/126 horas(100%)

Saudemos o imperador 

Like a Dragon: Ishin! é um spin-off que nos leva ao tumultuoso fim do Xogunato no Japão
Kazuma Kiryu estrela como Sakamoto Ryoma

Eu gostaria realmente de não entrar na história do jogo, pois acho que existem reviravoltas e pontos do enredo logo no começo que devem ser apreciados sem muito aviso prévio. Mas podemos falar sobre o contexto em que colocaram os famosos personagens da franquia Yakuza. No meio dos Ishin-Shishi (os reformistas pró restauração) e os Shinsengumi (os leais ao xogunato), somos jogados nas ruas de Kyoto no início do século XIX e temos realmente uma ótima sensação de imersão, especialmente porque o centro da cidade está repleto de lojas, restaurantes e outras pequenas barracas tradicionais que sempre acertam o alvo. Temos até direito à versão ancestral do famoso Don Quijote, marca ultra popular no Japão de hoje, onde tudo e mais alguma coisa se vende em andares inteiros. 

O ambiente está ali, com as suas ruas animadas, os seus transeuntes que convidam à discussão e, por vezes, suas cenas de multidão que prendem totalmente a nossa atenção, muitas vezes ao ponto de nos desviar da busca principal. Like a Dragon Ishin também é como os outros Yakuza: está cheio de missões secundárias, tão úteis quanto fúteis, que vão desde a simples missão do Sedex até histórias secundárias que permitem conhecer personagens por vezes cativantes. 

Estilos celestiais do Bakumatsu! (ou somente, variando a gameplay)

É no combate que Like a Dragon Ishin se distingue de outros títulos da série.

É no combate que Like a Dragon Ishin se distingue de outros títulos da série. Sakamoto Ryoma (Interpretado por Kazuma Kiryu) conta com quatro estilos de luta que podem mudar em tempo real com o apertar de um botão: Espadachim, Pistoleiro, Brigão e Dançarino Selvagem. 

Espadachim usa habilidades relacionadas à katana, perfeitas para fingir ser um verdadeiro samurai e derramar hectolitros de sangue. Além disso, na hemoglobina, o jogo não funciona em meias medidas. Jogadores alérgicos ao menor corte e ferimento podem então optar pelo Brigão, que consiste em lutar apenas com os punhos e os pés, nos aproximamos um pouco mais da jogabilidade dos outros Yakuza, oferecendo múltiplas possibilidades de combos e movimentos especiais.

A técnica do pistoleiro, como o próprio nome sugere, possibilita o uso de armas de fogo e, portanto, distanciar-se dos oponentes. Um estilo que pode parecer fixo à primeira vista, mas rapidamente percebemos que os desenvolvedores planejaram muitas coreografias para energizar tudo, com execuções muitas vezes agradáveis ​​de contemplar. Resta então o Dançarino Selvagem, que consiste em casar o melhor da espada com a pistola, e assim lançar vários combos.

Além das batalhas, o visual do jogo precisaria de um verdadeiro polimento, pois por enquanto, tudo parece ultra rígido em certos momentos.

Uma olhada rápida nessa gameplay de batalha e vemos que, o que devia ter sido um remake, não foi. Tivemos poucas inovações e, se formos comparar o combate de Like a Dragon Ishin com o de Judgement, os Yakuza 0 e Kiwami, vemos que não dar uma melhorada no sistema de luta foi um erro dos desenvolvedores. Resumindo:  as batalhas neste spin-off parecem mais travadas e datadas. 

Bom dentro do esperado, mas podia ser melhor! 

Além das batalhas, o visual do jogo precisaria de um verdadeiro polimento, pois por enquanto, tudo parece ultra rígido em certos momentos. A SEGA o vendeu para como um remake, mas na verdade tá mais pra um remaster, porque o jogo não é feio, mas só aplicar iluminação e chamar de remake não é nada legal. Não é mesmo? 

Like a Dragon Ishin consegue brilhar mesmo é na representação desse período Japão, sedutor por sua atmosfera e todas as nuances e detalhes que fazem deste jogo uma bela homenagem a um período que muitos gostariam de conhecer. O espírito Yakuza e seus mini jogos malucos são respeitados, tudo transposto para a era Edo, e jogar isso é puro prazer!

Revisão: Jason Ming Home

Cópia de Xbox Series X/S adquirida pelo autor

Like a Dragon: Ishin!

8

nota final

8.0/10

Prós

  • Imersão incrível
  • Jogabilidade boa apesar de tudo
  • Ótima trilha sonora
  • Enredo incrível
  • Mini-jogos podem divertir por horas

Contras

  • Mais parece um remaster
  • Personagens são duros por vezes
  • Combate datado
  • Muito filme